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Monday, 14 March 2016

Da imigração na Europa, de novo

Da imigração na Europa, de novo

As multidões de refugiados sírios, desesperados, com crianças no colo, na sua maioria jovens, batendo com força na grade da fronteira da Macedônia, ex-república Iugoslava, viraram rotina. Via Turquia, entraram na Grécia e daí, querendo passar a Macedônia, Servia, Croácia, Eslovênia e, finalmente, através da Áustria, entrar na prometida Alemanha. No ano passado, um milhão e meio de refugiados passou por esse caminho que às vezes incluía a Hungria. Depois, a Hungria fechou com arame farpado e forte policiamento as suas fronteiras, e agora fizeram isso a Macedônia, Eslovênia e Áustria e, antes ainda, a Croácia. Os refugiados, que não vêm só da Síria, mas também do Paquistão e Afeganistão, ficaram presos na Turquia e na cambaleada Grécia. Esta mesma Grécia que já sofreu tanto em termos econômicos e sociais, está agora de novo sob uma tremenda pressão e sem dinheiro. E não podemos esquecer o caminho do Mediterrâneo, que é usado pelos refugiados do Norte da  África que atravessam o mar em condições ainda piores e desembarcam na maioria das vezes na Itália.

Em resumo, a Europa não consegue mais receber tantos refugiados. Simplesmente não os absorve, mesmo que a sua população não cresça e as vezes falte mão de obra. O problema também é cultural. De diferenças religiosas e culturais, de falta de condições para a integração que, pelas experiências do passado, nem os novos emigrantes e nem os habitantes dos lugares da Europa que habitam por lá há milhares dos anos querem. E a Europa já viveu as invasões muçulmanas, viveu sob domínio muçulmano, combateu e ajudou há um século atrás a desmoronar o império otomano. E com isso redesenhou de uma forma artificial o Oriente Médio. E essa reorganização geopolítica, que ainda se agravou com o valor do petróleo na região, só piorou. Os conflitos permanentes se tornaram guerras que batem bem na porta da Europa.

O recém iniciado acordo de cessar fogo na Síria deve diminuir o fluxo de refugiados, se ele não diminuir apenas o ritmo da guerra, como também manter a paz. Mas um importante acordo também é o que foi conseguido entre a União Européia e Turquia, para que esta receba os refugiados sem os enviar para a Europa. A Europa vai pagar para os turcos receberem os refugiados, montarem os campos  e darem pelo menos uma condição um pouco mais digna a eles. O caminho dessa operação foi feito pelo bloqueio da rota via Bálcãs, que obrigou a Macedônia a fechar a fronteira e também pela força que a Turquia fez para obrigar a União Européia a negociar e pagar a conta.

Principalmente, não está resolvida a questão do livre trânsito, do chamado acordo de Schengen, na Europa. Os refugiados obrigaram a novos controles nas fronteiras, e isso traz prejuízos enormes à economia européia. Assim, tudo ainda pode acontecer nesse xadrez que começou a ser jogado pelas potências européias, e agora com a ajuda dos Estados Unidos, há cem anos.

Stefan Salej

11.3.2016.  

DAS MANIFESTAÇÕES E DO FUTURO

DAS MANIFESTAÇÕES E DO FUTURO


As manifestações do último domingo não foram só dos 3 milhões de pessoas que foram às ruas. Mexeram com todo o Brasil, com todos os brasileiros. Mexeram com  todos os lados. Mostraram um Brasil ordeiro, pacífico, porem revoltado com a situação em que o país se encontra. Total caos econômico, com alta taxa de desemprego e custo de vida, independente da inflação oficial, que cresce e cresce. A revolta contra esses elementos  essencialmente econômicos, aliados à exposição de uma parte ínfima da corrupção que domina as relações de negócios no país, formaram uma mistura explosiva que ontem se mostrou pacífica, mas que nada terá de pacifico se não houver uma solução.

Todos estamos com medo da incerteza dessa situação. Por quanto tempo ainda vai durar a crise que está derrubando o consumo e o emprego, corroendo os salários, enquanto descobrindo dia a dia que o número de envolvidos no sistema de corrupção parece infinito? Ninguém sabe, porque todos estão se protegendo, todos estão jogando na defensiva, para não levar um gol a mais, mas sem construir o futuro. E alguns ainda se perguntam, como aconteceu isso e porquê.

Simplesmente, o empresariado deu aval ao governo Lula e foi seu grande aliado nos dois mandatos. E alguns poucos ganharam mais dinheiro durante esse período do que em qualquer outro período da sua vida empresarial. E entraram em uma aliança de negócios escusos, que estão sendo hoje descobertos em investigações de vários processos, dos quais a  Lava Jato é a mais notória. Mas, ainda tem a Zelotes, a manipulação de obrigações fiscais, empréstimos subsidiados, que ainda não entrou na pauta, o setor elétrico, que espera a sua vez, etc.etc. A fila é longa e não se sabe onde termina.

Dessa aliança nasceu um poder politico que gerou uma situação econômica insustentável. Simplesmente, o dinheiro acabou, o estado  quebrou, o poder político se esfacelou, sem capacidade de reagir, e aí estão os resultados. Não há como continuar com esse modelo. E qual é o modelo novo?

Os políticos, que estão se protegendo para preservar o  seu poder, terão que aceitar que seu eleitorado não aceita mais o status quo. E os empresários têm que também aceitar que não basta tirar o governo e o seu partido do poder, sem reformas fundamentais como a da previdência, trabalhista, fiscal, do judiciário e do estado. Em resumo: se a próxima aliança entre políticos e empresários não se organizar em torno  de reformas estruturais e for como foi com o PT, para benefícios de alguns, a minoria na Lava Jato e Zelotes, e não para um Brasil melhor, nada muda, tudo piora!

E pelo jeito, as entidades empresariais não trouxeram até agora qualquer projeto nessa transição que o povo exigiu domingo nas ruas. Ou então, mudam-se os figurantes e a peça continua a mesma? A rua já derrubou muitos mitos políticos e mudou as realidades em vários países, e, se não atendida, volta a ferver. Vamos então nós preparar para mais do que uma mudança de pessoas e grupelhos políticos, para uma mudança para valer.

Monday, 7 March 2016

DA CRISE POLITICA E SUA EMPRESA

DA CRISE POLÍTICA  E SUA EMPRESA

Calma e muita calma: o noticiário político que está anunciando prisões, processos, reações, manifestações, indignação, agressões verbais e físicas, e todos os atos similares, não terminou. O clima politico tenso está esquentando ou a pressão está aumentando e nós ainda vamos viver momentos muito interessantes e muitas surpresas virāo. Em termos gerais, não fica mal que o empresário esteja informado (mas nem tanto como o grupo de empresários mineiros que segundo o jornal O  Tempo já  sabia na quanta-feira passada que Lula ia depor), mas tem que analisar a pressão e o momento político também do angulo dos seus interesses empresariais.

Em primeiro lugar, pouco se pode fazer para mudar o clima. Seus representantes na Câmara dos Deputados e Senado sumiram, seu prefeito está preocupado com as contas e as próximas eleições municipais, e suas entidades de classe estão mudas, com exceção da Associação Comercial de Minas, porque, ou estão muito ligadas ao governo (por exemplo tanto indústria como agricultura têm  seus representantes no governo Dilma), ou acham que mexer com política não é função deles. 

Em seguida, a conclusão de que você nem sabe quem é Delcidio e João Santana e que Marcelo Odebrecht está mais longe de você do que a lua é certa. E provavelmente, como empresário, você não votou nem no Lula e nem no PT. Eles também não o conhecem, não compram seus produtos (pergunte se na adega de algum politico tem vinho mineiro e queijos de Minas?) e só querem que você pague as campanhas (agora também não pode mais) e os impostos. Portanto, se eles não se preocupam com você, você não se preocupe com eles.

Para passar esse tsunami politico, tem que acreditar que vai demorar aparecer luz no final do túnel. Nenhuma solução está à vista e todos os analistas que falam e dizem sempre terminam com a frase que a política é como as nuvens: uma hora assim, outra hora diferente. Sem previsão.

Não se assuste novamente, mas se não reduziu os custos, e achou novos produtos para novos mercados, não perdeu todas a oportunidades. Diminui a possibilidade maior do sucesso, mas ainda há tempo. Salve-se enquanto ainda pode. Salve suas empresa, antes que esses políticos que criaram essa situação levem você junto. Ou melhor só, vão levar você para buraco, porque no final de contas eles sempre se salvam.

E um lembrete final: definitivamente, não se assuste com Operação Lava Jato, ela é só uma ínfima parte do que está sendo mostrado. Os ladrões menores, alguns você conhece e já viu atuar, vão escapar, porque a justiça não tem a capacidade de julgar e prender todo mundo. E nem tão assustados alguns deles estão.

Friday, 4 March 2016

DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO

DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO

As eleições presidências, e também para a Câmara e parte do Senado, nos Estados Unidos, têm hoje em dia mais cobertura da imprensa brasileira do que as nossas próximas eleições municipais. A cobertura, principalmente televisiva, das eleições norte-americanas, é bem mais divertida e colorida do que a das eleições municipais no Brasil. Além do mais, nós temos outras jabuticabas  para engolir, que quase nos obrigam a pensarmos mais no que acontece nos Estados Unidos do que no filme de horror que estamos assistindo no noticiário local.

Independentemente do show dos candidatos norte-americanos, é bom entender que o processo eleitoral nos EUA não é simples, é bem mais complicado do que o nosso. Simplificando, podemos dizer que primeiro se faz a escolha dos delegados pelas chamadas eleições primárias dos delegados dos partidos que escolhem seu candidato à presidência. Mas nesta fase, em que os adversários são do mesmo partido, já olham  também o adversário de outro partido. E quando estão escolhidos os candidatos nas convenções dos partidos, aí  sim começa o duelo.

Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado. Entre os republicanos, está na frente o famoso Trump, e, entre os democratas, a ex-primeira dama e Secretaria de Estado(Ministra de Relações Exteriores) Hillary Clinton. Os dois têm adversários nos seus próprios partidos, mas nas contas de hoje tudo indica que os dois serão indicados nas convenções partidárias e vão duelar pela presidência mais poderosa do planeta.

O mundo inteiro está acompanhando o processo. No final  das contas, o predomínio dos Estados Unidos nos dias de hoje  é  de tal tamanho que as políticas  americanas afetam países do mundo inteiro. Os dois candidatos podem ser mais ou menos do nosso agrado, podemos mais ou menos concordar com eles, ou até discordar totalmente, mas o fato é que quem os escolhe é o eleitor norte-americano.

Perguntar qual dos dois, Trump ou Hilarry,é melhor para mundo, é válido. Os dois têm atributos que os qualificam e também pontos que os desqualificam. O fato é que os dois não são candidatos que, se eleitos, nos deixam tranquilos quanto ao destino do mundo. Trump então deixa a maioria das pessoas no mundo com cabelo em pé.

Muita água ainda vai passar embaixo da  ponte até  a escolha dos candidatos e a apresentação de propostas mais concretas. Mas, fora da imigração latino-americana  para os Estados Unidos e mais o narcotráfico, o nosso continente não é sequer objeto de discussão nesta eleição. Portanto, calma até a convenção. Depois, vamos ver como vai ser de fato a campanha.

Monday, 29 February 2016

DA EXTINCAO DO PROJETO ECONOMICO EM MINAS

DA EXTINCAO DO PROJETO ECONOMICO


Imagine que temos um governo que o governador é  medico, seus principais auxiliares são médicos e o secretario de planejamento, é economista. E ai fazem a reforma do governo e os médicos sugerem para economizar, acabem com  nada menos que a Secretaria de Saúde. Surreal.

Mas, aconteceu agora em Minas. O governo dos economistas, que estudaram economia e possuem ate pôs  graduação sugeriram através de Secretario do Planejamento, que é medico, suprimir a Secretaria de Desenvolvimento econômico do Estado. Fazer reforma, alias a segunda em menos de um ano e meio do governo, é louvável e reduzir os gastos  ainda mais. Politicamente toda reforma que corta é difícil e requer muitas negociação politica para atingir seus objetivos. Mesmo quando o caixa  esta a zero e  não ha dinheiro para ninguém.

Qual é a logica de desparecimento proposta da referida secretaria que esta na boca do povo no Café Nice na Praça Sete? Simplesmente, que a Secretaria não  funciona, que secretario é inoperante e fraco, que o assunto é tão importante que o próprio Governador lida com ele, que a situação financeira requer todos os cuidados, e lãs buta nota least que o modelo proposto, Codemig comandando a politica econômica do estado já esta em curso e mostrando resultados. Porque lá tem dinheiro, tem INDI também que esta separado, assim tudo bem.

Bem, se Secretaria e o Secretario estão inoperantes, cabe perguntar Governador aceitou uma indicação da FIEMG para Secretario quem não recebe a meses e não faz parte da sua equipe?  Porque de vez não escolheu o Presidente da CODEMIG para as duas funções fazendo o sistema operacional?

O problema não esta em pessoas, mas no fato que também este governo de Minas, não tem nenhuma visão, objetivo e politica econômica. Espremido pela crise fiscal, não justifica que um estado como Minas, não tem politica econômica. Estamos atrasando o nosso futuro porque não queremos saber para onde vamos. Quebra de mineração, siderurgia, indústria automobilística, confusões fiscais com vários setores inclusive atacadistas, e concessões mais pessoais do que institucionais de incentivos fiscais, entre outros, não vão levar o Estado a aumentar arrecadação para cumprir seus fins sociais e nem desenvolver. Ou então as viagens dos próceres do Estado em busca do investimento sempre em Paris, Portugal e agora Uruguai.

O fim da Secretaria de desenvolvimento econômico, ínfima por exemplo em gastos comparada com alguns marajás no estado, é o pá de cal no futuro de estado. E pior, sem nenhum protesto de entidades empresariais que indicaram seu titular. Sem falar que isso é feito por aqueles que a  vida inteira estudaram economia. Para que serve mesmo esta ciência quando eles estão no poder?






Friday, 26 February 2016

DA BOLÍVIA ESTENDIDA

DA BOLÍVIA  ESTENDIDA


Quantas pessoas você conhece que já estiveram em Paris? E quantas dessas pessoas já visitaram a Bolívia? Simples: a Bolívia, para o brasileiro médio, está mais longe do que Paris. Mas, se Bolívia parar de nos fornecer gás natural ou se os seus preços aumentaram além do que podemos aceitar, o nosso desastre econômico  só vai aumentar. Olhar par a Bolívia com mais atenção é absolutamente do interesse de todos nós e, em especial, os exportadores. Esse país  andino ainda é um bom mercado para nossos produtos. 

Assim, o referendum de última semana, que propunha em termos gerais uma mudança constitucional permitindo, em 2019, a ré-eleição do atual presidente Evo Morales, é de fundamental importância para o Brasil. Morales perdeu o direito de se candidatar mais uma vez, mas seu mandato vai até 2020. Governante que reduziu a pobreza no país , descendente de índios Aymara, manteve sólida gestão financeira na Bolívia. Mas, não só nacionalizou refinaria da Petrobras, declarou o cultivo da folhada coca, que os índios mascam normalmente, como algo de bom, e brigou com os Estados Unidos, e sempre foi aliado do Chávez na Venezuela.

A idéia de quarto mandato, independente da qualidade de gestão nos dias de hoje do seu governo, caiu no referendum por varias razões. De um lado, um escândalo amoroso aliado a uma corrupção de fazer inveja à Lava jato (sua amante  de 26 anos  é  representante de empresas chinesas que ganharam sem licitação contratos bilionários), de outro lado, às vésperas do referendum um ataque de seus militantes a uma prefeitura do interior, onde morreram várias pessoas, e finalmente um simples recado da população: você esta ótimo, mas queremos mudança.

Os bolivianos cansaram-se de um governo só e não querem mais, mesmo com a pequena margem que ganhou o não no referendum, os mesmo para sempre. Parece que as esquerdas na América Latina não diferem em muito dos caudilhos clássicos que se perpetuaram no poder no passado, tipo Stroessner no Paraguai. A diferença é só pelo método chamado democrático, mais sofisticado, mas que os mantém no poder assim mesmo. Os Kirchner na Argentina, o chavismo na Venezuela, Morales na Bolívia, Correa no Equador, lulismo no Brasil e os Castro, em Cuba. 

Poder pelo poder. Caudilhos de esquerda que na sua essência não se distanciam dos de direita. É um problema que a América Latina enfrenta e que as constituições feitas pelos professores espanhóis para  a maioria desses países, não resolveram. A democracia é a alternância no poder.

Monday, 22 February 2016

DA USI E MINAS


DA USI E MINAS

No final dos anos sessenta, um grupo de jovens economistas mineiros, abrigados nas FIEMG, Federação das Indústrias de Minas Gerais, e liderados pelo Jayme Peconick, elaboraram um projeto ousado de nova siderúrgica em Minas. O lugar escolhido para implementá-lo era no meio do nada, mas perto da estrada de ferro Vitória-Minas e das minas de minério de ferro. Faltavam o capital e a tecnologia. O capital foi fornecido pelo Governo Federal e a tecnologia, foram buscar no outro lado do Pacifico, no Japão. Este país se recuperava da aventura da Segunda Guerra Mundial e começava a estudar investimentos fora da ilha. A Nippon Steel aceitou o convite e assim a nova siderúrgica denominada USIMINAS  virou o primeiro investimento japonês após a guerra no exterior.

O projeto foi liderado pelo legendário dr. Lanari e técnicos dos dois países  construíram uma cidade e uma usina. Moderna, produzindo com qualidade superior aos seus concorrentes, um exemplo de responsabilidade técnica e social. Competência total. Os diretores de origem política, como Rondon Pacheco, Francelino Pereira, e outros da casa, como o dr. Adhemar e posteriormente também o legendário dr. em metalurgia Rinaldo Campos, elevaram, com os funcionários, a empresa para ser um exemplo de gestão, que culminou, com a obtenção do certificado ISO 18000, como a primeira usina siderúrgica do mundo.

Após o  Rinaldo, já  na  fase da privatização, a USIMINAS, símbolo de capacidade de gestão dos mineiros, foi dirigida pelo ex-presidente da Vale, Brumer, que também foi secretário de desenvolvimento de Minas no governo do Aécio, e pelo Castelo Branco, atual Presidente da CODEMIG,  tzar da economia mineira  e ex-presidente da Mannesmann. Mais recentemente, o controle acionário passou para o grupo argentino Techint, por recomendação de nada menos do que Dilma e seu Ministro de Desenvolvimento, na época, Pimentel.

A situação da empresa hoje, pré-falimentar, é dramática. Como os dirigentes  pós- Rinaldo Campos, e em especial os atuais, conseguiram isso, esta difícil de entender. A crise do setor é parte da história, a incapacidade de liderar uma empresa dos que nela tiveram participação, ou fizeram até de propósito, para reduzir o valor dela, é impressionante. E a passividade dos governos mineiros, desde Aécio até o atual, é outra parte difícil de entender.

A crise da Usiminas é crise de Minas, de sua capacidade de empreender, compreender, conciliar e gerenciar, tudo o que foi o inicio da própria empresa, criada com os valores mineiros. Hoje eles estão no CTI  e a fila dos empreendimentos que Minas está perdendo só esta aumentando. A quebra da USIMINAS, suas consequências (aliás, sem ninguém apontar as verdadeiras razões e incompetências, sob o manto de interesses pessoais dos que a dirigiram mais recentemente, ganhando inclusive títulos pomposos das entidades empresariais) inclusive no campo social ultrapassam  a compreensão de gente normal. Com a USIMINAS quebrando, está quebrando Minas. Acordem!