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Friday, 4 March 2016

DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO

DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO

As eleições presidências, e também para a Câmara e parte do Senado, nos Estados Unidos, têm hoje em dia mais cobertura da imprensa brasileira do que as nossas próximas eleições municipais. A cobertura, principalmente televisiva, das eleições norte-americanas, é bem mais divertida e colorida do que a das eleições municipais no Brasil. Além do mais, nós temos outras jabuticabas  para engolir, que quase nos obrigam a pensarmos mais no que acontece nos Estados Unidos do que no filme de horror que estamos assistindo no noticiário local.

Independentemente do show dos candidatos norte-americanos, é bom entender que o processo eleitoral nos EUA não é simples, é bem mais complicado do que o nosso. Simplificando, podemos dizer que primeiro se faz a escolha dos delegados pelas chamadas eleições primárias dos delegados dos partidos que escolhem seu candidato à presidência. Mas nesta fase, em que os adversários são do mesmo partido, já olham  também o adversário de outro partido. E quando estão escolhidos os candidatos nas convenções dos partidos, aí  sim começa o duelo.

Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado. Entre os republicanos, está na frente o famoso Trump, e, entre os democratas, a ex-primeira dama e Secretaria de Estado(Ministra de Relações Exteriores) Hillary Clinton. Os dois têm adversários nos seus próprios partidos, mas nas contas de hoje tudo indica que os dois serão indicados nas convenções partidárias e vão duelar pela presidência mais poderosa do planeta.

O mundo inteiro está acompanhando o processo. No final  das contas, o predomínio dos Estados Unidos nos dias de hoje  é  de tal tamanho que as políticas  americanas afetam países do mundo inteiro. Os dois candidatos podem ser mais ou menos do nosso agrado, podemos mais ou menos concordar com eles, ou até discordar totalmente, mas o fato é que quem os escolhe é o eleitor norte-americano.

Perguntar qual dos dois, Trump ou Hilarry,é melhor para mundo, é válido. Os dois têm atributos que os qualificam e também pontos que os desqualificam. O fato é que os dois não são candidatos que, se eleitos, nos deixam tranquilos quanto ao destino do mundo. Trump então deixa a maioria das pessoas no mundo com cabelo em pé.

Muita água ainda vai passar embaixo da  ponte até  a escolha dos candidatos e a apresentação de propostas mais concretas. Mas, fora da imigração latino-americana  para os Estados Unidos e mais o narcotráfico, o nosso continente não é sequer objeto de discussão nesta eleição. Portanto, calma até a convenção. Depois, vamos ver como vai ser de fato a campanha.

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