DO TERROR NA BÉLGICA
Os belgicanos, como os chamava o lendário goleiro do Atlético mineiro e depois comentarista esportivo, Kafunga, foram vítimas de um torpe ataque terrorista, quatro dias após prenderem um dos líderes dos ataques em Paris de novembro passado. Mais de 200 feridos e 34 mortos em Bruxelas somam-se a um número cada vez de vítimas dos ataques do Estado Islâmico. Na Cidade Luz no ano passado, após os atentados de Londres há alguns anos, no metrô de Madrid, e mais alguns outros lugares que viveram mortes, sobram sobraram físicas e medo. Com todas as declarações dos políticos, Não vencerão, o Terror não vai ganhar e similares, o fato é que, mesmo com trégua temporária da guerra na Siria, onde foram mortas mais de 200 mil pessoas, e surgiram mais de 2 milhões de refugiados, a Europa está especificamente sendo atacada.
O que aconteceu em Bruxelas, capital da União Européia, e sede da aliança militar OTAN, era esperado. O próprio primeiro-ministro do país disse isso. Os israelenses avisaram algum tempo atrás ao governo belga que as medidas de segurança no país não geram segurança. Há relaxamento, inclusive na segurança do aeroporto. O terrorista preso e responsável pelos ataques em Paris escondia-se há quatro meses numa cidade com um décimo da população de São Paulo, e a policia não o achou. E a Bélgica é o pais que, com 4 % de sua população muçulmana, mais combatentes fornece para a guerra na Síria.
Todos os analistas concordam que Bélgica está desorganizada, relaxada e confusa quanto ao item segurança. A disputa entre os flamengos e francófonos dividiu o país, tornou-o ingovernável e enfraquecido na sua gestão publica. Quarenta por cento dos jovens entre 18 e 25 anos muçulmanos estão desempregados. E são belgas. O comércio de drogas e armas está sem controle. E isso só aumenta a possibilidades de terrorismo, que recentemente teve também o capítulo do ataque ao Museu Judaico, e outras manifestações ante semitas.
Se o país, que possui duas organizações internacionais de relevo, a União europeia e a OTAN, considerado capital da Europa, não se re-estruturar e reorganizar, deixando de ser de forma involuntária um celeiro de terroristas, não há quem possa ajudar. Um dos terroristas do ataque ao aeroporto de Bruxelas foi devolvido pela Turquia à Bélgica e os belgas o deixaram solto, apesar do aviso turco.
A lição está clara: o país enfraquecido pelas lutas internas é um celeiro para os terroristas. E a Europa tem que acordar de vez e passar de bravatas, após as mortes, para uma análise da situação profunda e ação eficaz. Ou então, saber que vai perder mais batalhas, perdendo a guerra que começou quando permitiram o genocídio na Bósnia dos muçulmanos provocado pelos croatas e sérvios.
No Brasil temos que de vez entender que lá ha uma guerra em curso e que isso nos afeta, em muito.
Tanto lá como cá temos pessoas não adequadas exercendo o poder. E parece que o não se importar com o que realmente ocorre junto à população é um "modus operandi" global!
ReplyDeleteAS CRISES SAO DIFERENTES, MAS TEM SIM COMO V.DISSE UM DENOMINADOR COMUN INTERESSANTE:AS ELITES POLITICAS CUJO PODER EMANA DO POVO, NAO SE IMPORTAM COM O POVO.MAS COM ELES MESMO.
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