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Friday, 1 August 2025

 DO DAY AFTER  DO TARIFAÇO

 

Do ponto de vista popular, esta situação nos lembra  uma anedota da política mineira: quando um jovem pede, surpreso pelo fato de que sua mulher está, após nove meses, prestes a dar à luz, ajuda urgente a um político,  este responde: se você está surpreso após nove meses, imagina eu, que fiquei sabendo agora. Na ponta racional, estamos tratando de fenômeno conhecido nas teorias de jogos como o Dilema do prisioneiro(https://maisretorno.com/portal/termos/d/dilema-dos-prisioneiros), de  difícil de solução, mas não impossível . A fila andou, com maior ou menor satisfação das partes,  acordos foram fechados com o Japão, Vietnam,UE, Indonésia, Filipinas, as negociões com a China estão em curso e a nossavizinha Argentina recebeu desde visita do Secretário de Tesouro norte-americano até generais e a Secretária de SegurançaNenhum castigo tarifário e uma conversa sobre eliminação de visto para os portenhos.

 

 

 

 

Uma hora vamos achar uma solução, ou seja, na hora que convier aos EUA. Até lá vamos ter um abalo na nossa economia como um todo e nas empresas, em especial as que têm negócios lá, muito forte. Reduzir em público o tamanho do prejuízo e inverter a ordem de grandeza do problema do econômico para nos embrulharmos na bandeira nacional não resolve nada. Ao contrário, dificulta as soluções nas empresas e, o pior de tudo : o Governo tem que tomar todas e quaisquer medidas agora, o mesmo vale para o Congresso, em função desta situação. De fato, nem do ponto de vista tributário, trabalhista e de gestão de financas públicas está acontecendo isso. Veja só a carta das maiores montadoras no Brasil ao governo sobre facilitação da importação dos carros chineses. Parece que certas medidas do Governo estão mais para enfraquecer as empresas do que para fortalecê-las paraenfrentar a situação. Aliás, não se tem notícia de que, fora das intermináveis conversas no MDIC, o setor empresarial tenha participação no plano de contingência saindo em 1° de agosto. E francamente, ajudar as empresas com osjuros que o governo está oferecendo, é enterrar as empresas ao invés de salvá-las. 

No processo de negociação, as entidades empresariais, que não organizaram no passado a sua presença nos EUA, fora das festas em NY da Câmara Brasil-EUA, com o STF e políticos presentes, terão que correr atrás do prejuízo e contratar lobistas e escritórios de advocacia competentes. Setor por setor, como a ABIMAQe a EMBRAER fizeram. E mais, preparar para os negociadores brasileiros umalista do que oferecer em troca. Terras raras, que desconhecemos porque não investimos em pesquisa e tecnologia e que já têm predomínio chinês, será um dos itens. Apesar de que temos muitos investimentos lá, JBS tem 80 mil funcionários nas suas fábricas , este pode ser outro item. E etanol, sem dúvida. Ferro, aço, alumínio, auto-peças, celulose. Quem está disposto a perder os anéis para que o país seja salvo? Pelo histórico de relações intra-empresariais no Brasil, o maior inimigo está em casa não lá fora. Precisamos de união nos objetivos econômicos para negociar bem.

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