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Thursday, 19 June 2014

De Davos a Havana

Nos últimos dias, estava fervendo na gelada Suíça. Em Davos,  misturaram-se no Fórum Econômico Mundial mais de 40 chefes de governos, entre eles Dilma Roussef, com mais de 3000 empresários, políticos, formadores de opinião pública, contestadores da Ucrânia e Síria. Em mais de 300 eventos, foi debatido de tudo o que alguém possa imaginar. E muitos dos chefes de governos ou ministros, como o indiano das finanças, apresentaram  argumentos fortes para convencer os banqueiros a investir mais nos seus países. Alias,
o que o Brasil também fez. Com a cabeça erguida e argumentos fortes e espírito soberano, disse-se com todas as letras que o Brasil está no caminho certo. Mesmo que espionado pelos americanos, que ainda nos castigam com a valorização da sua moeda, o Brasil vai para a frente. Algo no estilo os cães ladram e a caravana passa. Se convenceu ou não, só saberemos no futuro. Mais prático e pé no chão foi o Governador Antonio Anastasia, que sabia o seu papel. E só manteve contatos para trazer investidores para Minas, que ficou muito mal no retrato com o episódio da Anglo American, tratada mais como inimiga do que como amiga ( a estrada pela qual deram 200 milhões para uma entidade governamental ainda não viu a cor de asfalto ). Contatos reais do mais alto nível.

Mas a efervescência continuou com os encontros no Comitê Olímpico Internacional e na FIFA. O Ministro dos Esportes deixou a própria Presidente tratar diretamente dos nossos
probleminhas. Para que temos ministro nessa área se ele, em vez de proteger a Presidente, a expõe, perguntaram uma vez já na antigüidade. Os presidentes das duas entidades são recebidos pelos chefes dos governos porque, independentemente de toda a retórica, as duas organizações cuidam mais de ganhar dinheiro do que de esporte. Que o digam os sul-africanos, que organizaram última Copa, e os russos que gastaram 51 bilhões para os jogos olímpicos de inverno, que começam em fevereiro.

E a outra reunião foi a sobre Síria. Quarenta chefes de diplomacia, entre os quais um representante brasileiro, tentarão mais uma vez encontrar uma solução para a tragédia que  passa ao vivo e a cores todo dia perante nossos olhos e nossa indiferença. Dois milhões de refugiados, mais de 200 mil mortos, crianças e mulheres, com famílias inteiras destruídas. Pela história e valores que Brasil representou no mundo e com a comunidade Síria no País que tanto contribui para o seu desenvolvimento, essa reunião não podia ser nada mais do que de importância primordial.

A numerosa  delegação brasileira seguiu da gelada Suíça para Havana. Do lugar onde o Brasil  era  um dos "convenci os outros"  para o lugar onde é venerado e querido. E pudera, com créditos  a longo prazo, Cuba deve aos países da União Européia há mais de 20 anos e não paga, enquanto médicos cubanos trabalhando no Brasil trazem divisas para o Pais. Do gelo para alegria tropical.


Stefan B. Salej
22.1.2014.







 

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