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Friday, 11 December 2015

DAS ÁGUAS E FLORESTAS EM PARIS

DAS ÁGUAS E FLORESTAS EM PARIS

Apesar de os olhos do mundo estarem focados na declaração final da Conferencia de Nações Unidas para a Mudança de Clima, COP 21, não foi este o evento mais importante na Franca nesta semana. Foi a vitória da extrema direita nas eleições estaduais, que reforçou a candidatura da Presidente da Frente Nacional, Marie Le Pen, para as próximas eleições presidenciais francesas. Mas, esse fato doméstico, vamos dizer assim, em nada diminui a importância da declaração  final da conferencia sobre o clima, ou eventos paralelos à conferência.

Aliás, dos eventos paralelos, sendo que nos oficiais participaram 195 países, o mais importante foi o organizado pelo ex-prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, que reuniu prefeitos de cidades importantes do mundo. Inclusive vieram os  chineses, que nesta semana não conseguiram nem respirar na sua capital, Beijing, de tão ruim que estava a qualidade do ar. E Bloomberg insiste que as prefeituras têm seu papel a cumprir. Antigamente existia a Agenda 21, que muitas prefeituras adotavam junto com a comunidade empresarial. Mas, hoje os planos são confusos e há muita gente envolvida sem ações com resultados correspondentes.

Independentemente dos resultados diplomáticos da Conferência em Paris, há de fato um trabalho a ser feito na área de mudanças climáticas no nível das empresas, o caso clamoroso agora é o da Samarco, das entidades empresariais e dos gestores locais, ou seja das prefeituras. Não consta em lugar algum que alguma prefeitura em Minas se gabe de dizer que cumpre com todos os níveis de sustentabilidade e que as empresas no município são campeãs de sustentabilidade. O programa que a FIEMG fez para ajudar as empresas a elevarem seus níveis de sustentabilidade esbarra na burocracia governamental, que emperra em vez de acelerar o desenvolvimento sustentável. Os governos,  sejam estadual ou municipal, sem falar do federal, têm políticas  regulatórias dissociadas dos anseios de todos os segmentos da sociedade. Ninguém está satisfeito com o status quo.

O acordo de Paris tem  uma parte pouco discutida, que se refere à preservação de florestas tropicais. O mundo poluidor, liderado pela China e pelos Estados Unidos, prefere que nós preservemos as florestas para eles, em vez de eles diminuírem a poluição. Essa briga ainda vai ser longa.

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