Eu já tinha fugido da casa dos meus pais e passei a morar num quarto de fundo da casa do nosso patrício Eng. Janez Ložar no Bairro Floresta. E estava namorando a filha do Chefe do Gabinete do Prefeito de BH, um ex deputado federal. Aí, eu resolvi comprar um terreno para construir minha casa.
Queria num lugar alto porque tinha medo de enchente que nos pegou nos anos 50 na Eslovênia e foi um horror. Então meu então suposto sogro me apresentou a uns donos de loteamento e eu comprei meu terreno.Ele teoricamente também comprou uns lotes ao lado. E claro que loteamento foi aprovado pela prefeitura como manda o figurino. Dia 18. De março 1964., numa ebulição que enchia os ares de Minas, levei hum mil dólares verdes para o dono do loteamento.Fizemos contrato, subi o morro, Rua Carlos Peixoto, 775, Bairro Novo Lucas, sentei na grama e olhei morro abaixo a cidade de Belo Horizonte. Não sei se chorei, não sei qual sentimento além de começar pensar como vou construir a minha casa que passava por minha cabeça.
Nas duas semanas seguintes era um caos. Eu pensava até que Minas ia se separar do Brasil talvez juntasse com Espírito Santo e aí eu seria representante diretamente das empresas do exterior e não mais de São Paulo.
Militares assumiram, os negócios continuavam,até que 2. de abril me procurou o dono do loetamento pedindo pagamento de diferença ou devolução do lote. Quando comprei o dólar valia acho 35 cruzeiros, e com militares assumindo o governo dólar valia 18 cruzeiros. Claro que eu mesmo frágil, mal fazendo 20 anos, não sabendo bem das coisas, mandei ele as favas e fiquei com lote.
As histórias depois são outras histórias mas desde primeira paulada no meu primeiro emprego na Canitna Norbert Fonda na Mannesmann quando fui demitido de ser acusado de comunista até a hora que as chantagens e pressões me levaram quase a DOPS para me declarar que era comunista, começaram neste 31.de março 1964
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