DO EMPREGO E DESEMPREGO
Não importa muito se temos dez milhões de desempregados, enquanto você, ou alguém muito próximo a você, não estiver desempregado.
Importa muito para todos nós, se temos dez milhões de desempregados. O número de pedintes nas ruas, sem casa, sem teto, e sem emprego, está aumentando a cada dia. E os desempregados não são consumidores, não geram economia. A cada dia mais desempregados, mais empresas fechando, mais empresas desempregando.
Essa é a verdadeira crise brasileira. Não são estatísticas, trata-se de famílias, de pessoas, de jovens sem perspectiva, sem possibilidades de estudar, e muito menos com possibilidades encontrar um emprego.
E quem está preocupado com isso? Para começar, você sabe o nome do Ministro do Trabalho e Emprego do Governo Dilma? Provavelmente não, porque no governo do Partido dos trabalhadores , esse ministério não tem nenhuma importância para criar empregos, mas muita importância para fortalecer sindicatos e administrar FGTS, cobrindo os déficits públicos. Cobrindo buracos das finanças públicas.
O mesmo vale para o governo estadual. Quem mesmo é responsável pela geração de empregos no Estado?
A situação é dramática, com grande perspectiva de piora. Mesmo com mudança de governo, ninguém dos que estão na fila para comandar o país fala de emprego. Falam de mercado, de consolidação das finanças, leia dos bancos e públicas, déficit e não sei mais o que, mas como gerar mais emprego, como estancar desemprego, não.
Algumas soluções estão ao alcance da nossa mão. A primeira é os sindicatos dos trabalhadores e empregadores criarem condições de requalificação profissional. O mercado de trabalho mudou, precisa de outros profissionais e o papel dos Sistema S é esse. Em Minas, temos tecnologia alemã, usada na crise de desemprego que é a de empresas simuladas aplicada pelo SEBRAE. Ela tem que sair da escolas para criar condições de mercado de trabalho. Aliás, o número de pessoas que abrem seu próprio negocio está crescendo, mas a sua preparação para manter o negocio é ínfima. O mesmo vale para as start ups. Muita onda, alguns bons exemplos, muito dinheiro público, mas pouco resultado empresarial na criação de empregos.
De reforma de legislação trabalhista, ninguém fala. Qualquer que seja o governo, desemprego crescente, com alto custo de vida, é insustentável do ponto de vista social e econômico.
Criar empregos deve ser a prioridade número um de todos os políticos. E não é para ser para só para eles mesmo. Veja o exemplo do PROMINAS, onde o protesto do PC do B (partido que deveria cuidar de trabalhadores) é para manter cargos e empregos deles mesmo e não cuidar de interesses de todos. Se um partido marxista age assim, imagine os demais! Essa é triste realidade.
politica internacional, visao de Europa,America Latina,Africa, economia e negocios international politics, business, Latin America-Europa-Africa
Monday, 28 March 2016
Thursday, 24 March 2016
DO TERROR NA BELGICA
DO TERROR NA BÉLGICA
Os belgicanos, como os chamava o lendário goleiro do Atlético mineiro e depois comentarista esportivo, Kafunga, foram vítimas de um torpe ataque terrorista, quatro dias após prenderem um dos líderes dos ataques em Paris de novembro passado. Mais de 200 feridos e 34 mortos em Bruxelas somam-se a um número cada vez de vítimas dos ataques do Estado Islâmico. Na Cidade Luz no ano passado, após os atentados de Londres há alguns anos, no metrô de Madrid, e mais alguns outros lugares que viveram mortes, sobram sobraram físicas e medo. Com todas as declarações dos políticos, Não vencerão, o Terror não vai ganhar e similares, o fato é que, mesmo com trégua temporária da guerra na Siria, onde foram mortas mais de 200 mil pessoas, e surgiram mais de 2 milhões de refugiados, a Europa está especificamente sendo atacada.
O que aconteceu em Bruxelas, capital da União Européia, e sede da aliança militar OTAN, era esperado. O próprio primeiro-ministro do país disse isso. Os israelenses avisaram algum tempo atrás ao governo belga que as medidas de segurança no país não geram segurança. Há relaxamento, inclusive na segurança do aeroporto. O terrorista preso e responsável pelos ataques em Paris escondia-se há quatro meses numa cidade com um décimo da população de São Paulo, e a policia não o achou. E a Bélgica é o pais que, com 4 % de sua população muçulmana, mais combatentes fornece para a guerra na Síria.
Todos os analistas concordam que Bélgica está desorganizada, relaxada e confusa quanto ao item segurança. A disputa entre os flamengos e francófonos dividiu o país, tornou-o ingovernável e enfraquecido na sua gestão publica. Quarenta por cento dos jovens entre 18 e 25 anos muçulmanos estão desempregados. E são belgas. O comércio de drogas e armas está sem controle. E isso só aumenta a possibilidades de terrorismo, que recentemente teve também o capítulo do ataque ao Museu Judaico, e outras manifestações ante semitas.
Se o país, que possui duas organizações internacionais de relevo, a União europeia e a OTAN, considerado capital da Europa, não se re-estruturar e reorganizar, deixando de ser de forma involuntária um celeiro de terroristas, não há quem possa ajudar. Um dos terroristas do ataque ao aeroporto de Bruxelas foi devolvido pela Turquia à Bélgica e os belgas o deixaram solto, apesar do aviso turco.
A lição está clara: o país enfraquecido pelas lutas internas é um celeiro para os terroristas. E a Europa tem que acordar de vez e passar de bravatas, após as mortes, para uma análise da situação profunda e ação eficaz. Ou então, saber que vai perder mais batalhas, perdendo a guerra que começou quando permitiram o genocídio na Bósnia dos muçulmanos provocado pelos croatas e sérvios.
No Brasil temos que de vez entender que lá ha uma guerra em curso e que isso nos afeta, em muito.
Os belgicanos, como os chamava o lendário goleiro do Atlético mineiro e depois comentarista esportivo, Kafunga, foram vítimas de um torpe ataque terrorista, quatro dias após prenderem um dos líderes dos ataques em Paris de novembro passado. Mais de 200 feridos e 34 mortos em Bruxelas somam-se a um número cada vez de vítimas dos ataques do Estado Islâmico. Na Cidade Luz no ano passado, após os atentados de Londres há alguns anos, no metrô de Madrid, e mais alguns outros lugares que viveram mortes, sobram sobraram físicas e medo. Com todas as declarações dos políticos, Não vencerão, o Terror não vai ganhar e similares, o fato é que, mesmo com trégua temporária da guerra na Siria, onde foram mortas mais de 200 mil pessoas, e surgiram mais de 2 milhões de refugiados, a Europa está especificamente sendo atacada.
O que aconteceu em Bruxelas, capital da União Européia, e sede da aliança militar OTAN, era esperado. O próprio primeiro-ministro do país disse isso. Os israelenses avisaram algum tempo atrás ao governo belga que as medidas de segurança no país não geram segurança. Há relaxamento, inclusive na segurança do aeroporto. O terrorista preso e responsável pelos ataques em Paris escondia-se há quatro meses numa cidade com um décimo da população de São Paulo, e a policia não o achou. E a Bélgica é o pais que, com 4 % de sua população muçulmana, mais combatentes fornece para a guerra na Síria.
Todos os analistas concordam que Bélgica está desorganizada, relaxada e confusa quanto ao item segurança. A disputa entre os flamengos e francófonos dividiu o país, tornou-o ingovernável e enfraquecido na sua gestão publica. Quarenta por cento dos jovens entre 18 e 25 anos muçulmanos estão desempregados. E são belgas. O comércio de drogas e armas está sem controle. E isso só aumenta a possibilidades de terrorismo, que recentemente teve também o capítulo do ataque ao Museu Judaico, e outras manifestações ante semitas.
Se o país, que possui duas organizações internacionais de relevo, a União europeia e a OTAN, considerado capital da Europa, não se re-estruturar e reorganizar, deixando de ser de forma involuntária um celeiro de terroristas, não há quem possa ajudar. Um dos terroristas do ataque ao aeroporto de Bruxelas foi devolvido pela Turquia à Bélgica e os belgas o deixaram solto, apesar do aviso turco.
A lição está clara: o país enfraquecido pelas lutas internas é um celeiro para os terroristas. E a Europa tem que acordar de vez e passar de bravatas, após as mortes, para uma análise da situação profunda e ação eficaz. Ou então, saber que vai perder mais batalhas, perdendo a guerra que começou quando permitiram o genocídio na Bósnia dos muçulmanos provocado pelos croatas e sérvios.
No Brasil temos que de vez entender que lá ha uma guerra em curso e que isso nos afeta, em muito.
Monday, 21 March 2016
DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS E DAS MUDANÇAS POLÍTICAS
DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS E DAS MUDANÇAS POLÍTICAS
Um conhecido colunista econômico mineiro colocou na mesa a discussão sobre a atitude da Federação das Indústrias de São Paulo , FIESP, quanto à iluminação verde amarela da sua sede e o escrito "Renuncia já!". E perguntou por que essa entidade industrial mor não expulsa dos seus quadros as empresas que estão envolvidas na Lava Jato.
Bem, se isso vale para São Paulo, deve valer para o todo país, e notadamente para Minas! O Ex-Presidente da Andrade Gutierrez foi escolhido alguns anos atrás Industrial do Ano. O Mesmo título recebeu Eike Batista, que logou depois deixou de longe de ser modelo exemplar. E vários outros industriais que podiam gerar encomendas para uma ou duas empresas de interesse de chamadas lideranças empresarias. Claro que há exceções, mas elas só confirmam a regra. E mais: como ficam as lideranças empresariais nacionais envolvidas em processos judicias. Ou então, entidades que são alvo de inquéritos da Polícia Federal e do Ministério Público, seja federal ou estadual. Ou como o SESI, impregnado de políticos dos partidos no poder para gerar mais poder para alguns empresários, mas não para os trabalhadores.
As entidades empresariais têm, entre outras missões, também a de representar os empresários na vida política. Os empresários são cidadãos e têm obrigação e direito de se pronunciar. A atitude da FIESP, e da congênere carioca, condizem com essa missão. A situação social e econômica requer uma posição, aliás também tomada pela centenária Associação Comercial de Minas. O silêncio nesta hora conduz à piora de situação deveras grave tanto para trabalhadores como para empresas, entre outros atores da sociedade.
Mas, também não basta ter só atitude contra ou favor. Precisamos de projetos, articulações e participação ativa. No momento grave como o que vivemos, as entidades deveriam se unir, mesmo ao nível regional, e trazer propostas concretas para saída da crise. É absolutamente incrível e inaceitável que as maiores lideranças políticas de Minas, e a presidência do maior partido de oposição do país está em Minas, com o senador Aécio Neves como presidente, não se reúnam também com lideranças empresariais e colham os subsídios para a nova fase que virá após o vendaval!
Não há propostas para reformas como a tributaria, de saúde, do comércio exterior, trabalhista e mais e mais. E nem programas alternativos das entidades para seus associados saírem da crise. Ouvir palestrantes que no passados e presente ajudaram criar essa situação de hoje e ainda pagarmos a peso de ouro, sem ter projetos alternativos e dialogar, é no mínimo inútil e irresponsável. Alias, qual foi a entidade empresarial que se reuniu com os sindicatos para discutir este imbróglio em que estamos?
Pelo menos a FIESP, a FIRJAN e a ACM tomaram atitude. Ficar em cima do muro que esta caindo é deixar que o destino leve você, mas você não determina o destino. Você permanece ator politico marginal. Pode até se salvar da Lava Jato e ganhar dinheiro, mas continua sem liderança.
Um conhecido colunista econômico mineiro colocou na mesa a discussão sobre a atitude da Federação das Indústrias de São Paulo , FIESP, quanto à iluminação verde amarela da sua sede e o escrito "Renuncia já!". E perguntou por que essa entidade industrial mor não expulsa dos seus quadros as empresas que estão envolvidas na Lava Jato.
Bem, se isso vale para São Paulo, deve valer para o todo país, e notadamente para Minas! O Ex-Presidente da Andrade Gutierrez foi escolhido alguns anos atrás Industrial do Ano. O Mesmo título recebeu Eike Batista, que logou depois deixou de longe de ser modelo exemplar. E vários outros industriais que podiam gerar encomendas para uma ou duas empresas de interesse de chamadas lideranças empresarias. Claro que há exceções, mas elas só confirmam a regra. E mais: como ficam as lideranças empresariais nacionais envolvidas em processos judicias. Ou então, entidades que são alvo de inquéritos da Polícia Federal e do Ministério Público, seja federal ou estadual. Ou como o SESI, impregnado de políticos dos partidos no poder para gerar mais poder para alguns empresários, mas não para os trabalhadores.
As entidades empresariais têm, entre outras missões, também a de representar os empresários na vida política. Os empresários são cidadãos e têm obrigação e direito de se pronunciar. A atitude da FIESP, e da congênere carioca, condizem com essa missão. A situação social e econômica requer uma posição, aliás também tomada pela centenária Associação Comercial de Minas. O silêncio nesta hora conduz à piora de situação deveras grave tanto para trabalhadores como para empresas, entre outros atores da sociedade.
Mas, também não basta ter só atitude contra ou favor. Precisamos de projetos, articulações e participação ativa. No momento grave como o que vivemos, as entidades deveriam se unir, mesmo ao nível regional, e trazer propostas concretas para saída da crise. É absolutamente incrível e inaceitável que as maiores lideranças políticas de Minas, e a presidência do maior partido de oposição do país está em Minas, com o senador Aécio Neves como presidente, não se reúnam também com lideranças empresariais e colham os subsídios para a nova fase que virá após o vendaval!
Não há propostas para reformas como a tributaria, de saúde, do comércio exterior, trabalhista e mais e mais. E nem programas alternativos das entidades para seus associados saírem da crise. Ouvir palestrantes que no passados e presente ajudaram criar essa situação de hoje e ainda pagarmos a peso de ouro, sem ter projetos alternativos e dialogar, é no mínimo inútil e irresponsável. Alias, qual foi a entidade empresarial que se reuniu com os sindicatos para discutir este imbróglio em que estamos?
Pelo menos a FIESP, a FIRJAN e a ACM tomaram atitude. Ficar em cima do muro que esta caindo é deixar que o destino leve você, mas você não determina o destino. Você permanece ator politico marginal. Pode até se salvar da Lava Jato e ganhar dinheiro, mas continua sem liderança.
Friday, 18 March 2016
DO OBAMA NA AMERICA LATINAS
DO OBAMA NA AMÉRICA LATINA
Primeiro uma visita com família a Havana Vieja, depois, também com a família, a Bariloche, na Argentina. E, no meio, um programa em Cuba, visitada pela primeira vez em 88 anos por um presidente dos Estados Unidos, e depois a Argentina, após dez anos sem nenhuma visita de dignitário norte-americano. Bem, a América Latina, de Havana a Bariloche, está no radar dos Estados Unidos.
Em Cuba, haverá discursos públicos, transmitidos pelos meios de comunicação, bandeiras norte-americanas no caminho (como nos tempos da amizade com os soviéticos que já eram russos), e conversas políticas. E nessa conversas não vai faltar a questão dos direitos humanos e a base militar de Guantánamo, hoje prisão para os terroristas islâmicos. Os discursos de Obama têm como objetivo atingir os cubanos dos dois lados, seja em Cuba, seja nos Estados Unidos, que têm, junto com outros hispânicos, um poder de voto nada desprezível. A conversa com Raul Castro, não vai se encontrar com irmão mais velho e legendário Fidel ( pelo menos não consta da agenda oficial ), vai ser amável e dura.
Os Estados Unidos iniciam a primeira parte do seu projeto Cuba, cujos passos seguintes incluem a sucessão dos irmãos Castro. Ou seja, as facilidades que estão sendo oferecidas hoje, normais para o resto do mundo, como fluxo livre de dinheiro (o que vai ajudar enormemente Cuba, com envio de dinheiro dos cubanos norte-americanos para as sua famílias), comunicações e vôos (que eram limitados), mas ainda com restrições que são impostas pelo Congresso norte-americano, são mais para cimentar o futuro do que para facilitar o presente. Isto é, qualquer que seja o novo governo dos Estados Unidos, a política de aproximação entre os dois países é um fato irreversível.
Obama não deixará de se encontrar com os dissidentes e com o Cardeal de Havana, já que o Vaticano teve papel fundamental nesta fase de reaproximação.
As conversas em Buenos Aires são outra história. O Governo do presidente Macri limpou a área, com o acordo com os credores, afundou um barco pesqueiro chinês para dizer que a base militar chinesa e os grandes investimentos deles no país não se sobrepõe à soberania argentina e à amizade com os Estados Unidos. Obama chega nos dias do 40º aniversário do golpe militar de 1976, que começou uma guerra suja sem precedentes na história do país vizinho. E aí a liberação dos documentos secretos sobre o assunto nos Estados Unidos e os atos terroristas do Irã e ataques às entidades judaicas, não poderão deixar de ser parte da conversa. Mas, seja como for, Obama será recebido com flores e música, como aliás em Cuba, ao contrário que aconteceu com Bush em Mar del Plata, durante a Cúpula das Américas, que enterrou a ALCA.
Com essa exibição de soft power norte-americano, voltamos, mesmo com a crise interna sem precedentes no Brasil, a ser parte do hemisfério americano.
Primeiro uma visita com família a Havana Vieja, depois, também com a família, a Bariloche, na Argentina. E, no meio, um programa em Cuba, visitada pela primeira vez em 88 anos por um presidente dos Estados Unidos, e depois a Argentina, após dez anos sem nenhuma visita de dignitário norte-americano. Bem, a América Latina, de Havana a Bariloche, está no radar dos Estados Unidos.
Em Cuba, haverá discursos públicos, transmitidos pelos meios de comunicação, bandeiras norte-americanas no caminho (como nos tempos da amizade com os soviéticos que já eram russos), e conversas políticas. E nessa conversas não vai faltar a questão dos direitos humanos e a base militar de Guantánamo, hoje prisão para os terroristas islâmicos. Os discursos de Obama têm como objetivo atingir os cubanos dos dois lados, seja em Cuba, seja nos Estados Unidos, que têm, junto com outros hispânicos, um poder de voto nada desprezível. A conversa com Raul Castro, não vai se encontrar com irmão mais velho e legendário Fidel ( pelo menos não consta da agenda oficial ), vai ser amável e dura.
Os Estados Unidos iniciam a primeira parte do seu projeto Cuba, cujos passos seguintes incluem a sucessão dos irmãos Castro. Ou seja, as facilidades que estão sendo oferecidas hoje, normais para o resto do mundo, como fluxo livre de dinheiro (o que vai ajudar enormemente Cuba, com envio de dinheiro dos cubanos norte-americanos para as sua famílias), comunicações e vôos (que eram limitados), mas ainda com restrições que são impostas pelo Congresso norte-americano, são mais para cimentar o futuro do que para facilitar o presente. Isto é, qualquer que seja o novo governo dos Estados Unidos, a política de aproximação entre os dois países é um fato irreversível.
Obama não deixará de se encontrar com os dissidentes e com o Cardeal de Havana, já que o Vaticano teve papel fundamental nesta fase de reaproximação.
As conversas em Buenos Aires são outra história. O Governo do presidente Macri limpou a área, com o acordo com os credores, afundou um barco pesqueiro chinês para dizer que a base militar chinesa e os grandes investimentos deles no país não se sobrepõe à soberania argentina e à amizade com os Estados Unidos. Obama chega nos dias do 40º aniversário do golpe militar de 1976, que começou uma guerra suja sem precedentes na história do país vizinho. E aí a liberação dos documentos secretos sobre o assunto nos Estados Unidos e os atos terroristas do Irã e ataques às entidades judaicas, não poderão deixar de ser parte da conversa. Mas, seja como for, Obama será recebido com flores e música, como aliás em Cuba, ao contrário que aconteceu com Bush em Mar del Plata, durante a Cúpula das Américas, que enterrou a ALCA.
Com essa exibição de soft power norte-americano, voltamos, mesmo com a crise interna sem precedentes no Brasil, a ser parte do hemisfério americano.
Monday, 14 March 2016
Da imigração na Europa, de novo
Da imigração na Europa, de novo
As multidões de refugiados sírios,
desesperados, com crianças no colo, na sua maioria jovens, batendo com força na grade da
fronteira da Macedônia, ex-república Iugoslava, viraram rotina. Via Turquia, entraram na Grécia e daí,
querendo passar a Macedônia, Servia, Croácia, Eslovênia e, finalmente, através da Áustria,
entrar na prometida Alemanha. No ano passado, um milhão e meio de
refugiados passou por esse caminho que às vezes incluía a Hungria.
Depois, a Hungria fechou com arame farpado e forte policiamento as suas
fronteiras, e agora fizeram isso a Macedônia, Eslovênia e Áustria e,
antes ainda, a Croácia. Os refugiados, que não vêm só da Síria, mas também do
Paquistão e Afeganistão, ficaram presos na Turquia e na cambaleada Grécia. Esta mesma Grécia que já sofreu
tanto em termos econômicos e sociais, está
agora de novo sob uma tremenda pressão e sem dinheiro.
E não podemos esquecer o caminho do Mediterrâneo, que é usado
pelos refugiados do Norte da África que
atravessam o mar em condições ainda piores e desembarcam na maioria das vezes na Itália.
Em resumo, a Europa não consegue mais
receber tantos refugiados. Simplesmente não os absorve, mesmo que a sua população não cresça e
as vezes falte mão de obra. O problema também é cultural. De diferenças religiosas e culturais, de falta de condições para a integração que,
pelas experiências do passado, nem os novos emigrantes e nem os habitantes dos
lugares da Europa que habitam por lá há milhares dos anos querem. E a
Europa já viveu as invasões muçulmanas, viveu sob domínio muçulmano, combateu e ajudou há um século atrás a
desmoronar o império otomano. E com isso redesenhou de uma forma artificial o Oriente Médio. E
essa reorganização geopolítica, que ainda se agravou com o valor do petróleo na região, só piorou.
Os conflitos permanentes se tornaram guerras que batem bem na porta da Europa.
O recém iniciado acordo de cessar fogo na Síria deve diminuir
o fluxo de refugiados, se ele não diminuir apenas o ritmo da guerra, como também manter a paz.
Mas um importante acordo também é o que foi conseguido entre a União Européia e Turquia, para
que esta receba os refugiados sem os enviar para a Europa. A Europa vai pagar
para os turcos receberem os refugiados, montarem os campos e darem pelo menos uma condição um
pouco mais digna a eles. O caminho dessa operação foi feito pelo
bloqueio da rota via Bálcãs, que obrigou a Macedônia a fechar a
fronteira e também pela força que a Turquia fez para obrigar a União Européia a
negociar e pagar a conta.
Principalmente, não está resolvida
a questão do livre trânsito, do chamado acordo de Schengen, na Europa. Os refugiados
obrigaram a novos controles nas fronteiras, e isso traz prejuízos enormes
à economia européia. Assim, tudo ainda pode acontecer nesse xadrez que começou a ser
jogado pelas potências européias, e agora com a ajuda dos Estados Unidos, há cem anos.
Stefan Salej
11.3.2016.
DAS MANIFESTAÇÕES E DO FUTURO
DAS MANIFESTAÇÕES E DO FUTURO
As manifestações do último domingo não foram só dos 3 milhões de pessoas que foram às ruas. Mexeram com todo o Brasil, com todos os brasileiros. Mexeram com todos os lados. Mostraram um Brasil ordeiro, pacífico, porem revoltado com a situação em que o país se encontra. Total caos econômico, com alta taxa de desemprego e custo de vida, independente da inflação oficial, que cresce e cresce. A revolta contra esses elementos essencialmente econômicos, aliados à exposição de uma parte ínfima da corrupção que domina as relações de negócios no país, formaram uma mistura explosiva que ontem se mostrou pacífica, mas que nada terá de pacifico se não houver uma solução.
Todos estamos com medo da incerteza dessa situação. Por quanto tempo ainda vai durar a crise que está derrubando o consumo e o emprego, corroendo os salários, enquanto descobrindo dia a dia que o número de envolvidos no sistema de corrupção parece infinito? Ninguém sabe, porque todos estão se protegendo, todos estão jogando na defensiva, para não levar um gol a mais, mas sem construir o futuro. E alguns ainda se perguntam, como aconteceu isso e porquê.
Simplesmente, o empresariado deu aval ao governo Lula e foi seu grande aliado nos dois mandatos. E alguns poucos ganharam mais dinheiro durante esse período do que em qualquer outro período da sua vida empresarial. E entraram em uma aliança de negócios escusos, que estão sendo hoje descobertos em investigações de vários processos, dos quais a Lava Jato é a mais notória. Mas, ainda tem a Zelotes, a manipulação de obrigações fiscais, empréstimos subsidiados, que ainda não entrou na pauta, o setor elétrico, que espera a sua vez, etc.etc. A fila é longa e não se sabe onde termina.
Dessa aliança nasceu um poder politico que gerou uma situação econômica insustentável. Simplesmente, o dinheiro acabou, o estado quebrou, o poder político se esfacelou, sem capacidade de reagir, e aí estão os resultados. Não há como continuar com esse modelo. E qual é o modelo novo?
Os políticos, que estão se protegendo para preservar o seu poder, terão que aceitar que seu eleitorado não aceita mais o status quo. E os empresários têm que também aceitar que não basta tirar o governo e o seu partido do poder, sem reformas fundamentais como a da previdência, trabalhista, fiscal, do judiciário e do estado. Em resumo: se a próxima aliança entre políticos e empresários não se organizar em torno de reformas estruturais e for como foi com o PT, para benefícios de alguns, a minoria na Lava Jato e Zelotes, e não para um Brasil melhor, nada muda, tudo piora!
E pelo jeito, as entidades empresariais não trouxeram até agora qualquer projeto nessa transição que o povo exigiu domingo nas ruas. Ou então, mudam-se os figurantes e a peça continua a mesma? A rua já derrubou muitos mitos políticos e mudou as realidades em vários países, e, se não atendida, volta a ferver. Vamos então nós preparar para mais do que uma mudança de pessoas e grupelhos políticos, para uma mudança para valer.
As manifestações do último domingo não foram só dos 3 milhões de pessoas que foram às ruas. Mexeram com todo o Brasil, com todos os brasileiros. Mexeram com todos os lados. Mostraram um Brasil ordeiro, pacífico, porem revoltado com a situação em que o país se encontra. Total caos econômico, com alta taxa de desemprego e custo de vida, independente da inflação oficial, que cresce e cresce. A revolta contra esses elementos essencialmente econômicos, aliados à exposição de uma parte ínfima da corrupção que domina as relações de negócios no país, formaram uma mistura explosiva que ontem se mostrou pacífica, mas que nada terá de pacifico se não houver uma solução.
Todos estamos com medo da incerteza dessa situação. Por quanto tempo ainda vai durar a crise que está derrubando o consumo e o emprego, corroendo os salários, enquanto descobrindo dia a dia que o número de envolvidos no sistema de corrupção parece infinito? Ninguém sabe, porque todos estão se protegendo, todos estão jogando na defensiva, para não levar um gol a mais, mas sem construir o futuro. E alguns ainda se perguntam, como aconteceu isso e porquê.
Simplesmente, o empresariado deu aval ao governo Lula e foi seu grande aliado nos dois mandatos. E alguns poucos ganharam mais dinheiro durante esse período do que em qualquer outro período da sua vida empresarial. E entraram em uma aliança de negócios escusos, que estão sendo hoje descobertos em investigações de vários processos, dos quais a Lava Jato é a mais notória. Mas, ainda tem a Zelotes, a manipulação de obrigações fiscais, empréstimos subsidiados, que ainda não entrou na pauta, o setor elétrico, que espera a sua vez, etc.etc. A fila é longa e não se sabe onde termina.
Dessa aliança nasceu um poder politico que gerou uma situação econômica insustentável. Simplesmente, o dinheiro acabou, o estado quebrou, o poder político se esfacelou, sem capacidade de reagir, e aí estão os resultados. Não há como continuar com esse modelo. E qual é o modelo novo?
Os políticos, que estão se protegendo para preservar o seu poder, terão que aceitar que seu eleitorado não aceita mais o status quo. E os empresários têm que também aceitar que não basta tirar o governo e o seu partido do poder, sem reformas fundamentais como a da previdência, trabalhista, fiscal, do judiciário e do estado. Em resumo: se a próxima aliança entre políticos e empresários não se organizar em torno de reformas estruturais e for como foi com o PT, para benefícios de alguns, a minoria na Lava Jato e Zelotes, e não para um Brasil melhor, nada muda, tudo piora!
E pelo jeito, as entidades empresariais não trouxeram até agora qualquer projeto nessa transição que o povo exigiu domingo nas ruas. Ou então, mudam-se os figurantes e a peça continua a mesma? A rua já derrubou muitos mitos políticos e mudou as realidades em vários países, e, se não atendida, volta a ferver. Vamos então nós preparar para mais do que uma mudança de pessoas e grupelhos políticos, para uma mudança para valer.
Monday, 7 March 2016
DA CRISE POLITICA E SUA EMPRESA
DA CRISE POLÍTICA E SUA EMPRESA
Calma e muita calma: o noticiário político que está anunciando prisões, processos, reações, manifestações, indignação, agressões verbais e físicas, e todos os atos similares, não terminou. O clima politico tenso está esquentando ou a pressão está aumentando e nós ainda vamos viver momentos muito interessantes e muitas surpresas virāo. Em termos gerais, não fica mal que o empresário esteja informado (mas nem tanto como o grupo de empresários mineiros que segundo o jornal O Tempo já sabia na quanta-feira passada que Lula ia depor), mas tem que analisar a pressão e o momento político também do angulo dos seus interesses empresariais.
Em primeiro lugar, pouco se pode fazer para mudar o clima. Seus representantes na Câmara dos Deputados e Senado sumiram, seu prefeito está preocupado com as contas e as próximas eleições municipais, e suas entidades de classe estão mudas, com exceção da Associação Comercial de Minas, porque, ou estão muito ligadas ao governo (por exemplo tanto indústria como agricultura têm seus representantes no governo Dilma), ou acham que mexer com política não é função deles.
Em seguida, a conclusão de que você nem sabe quem é Delcidio e João Santana e que Marcelo Odebrecht está mais longe de você do que a lua é certa. E provavelmente, como empresário, você não votou nem no Lula e nem no PT. Eles também não o conhecem, não compram seus produtos (pergunte se na adega de algum politico tem vinho mineiro e queijos de Minas?) e só querem que você pague as campanhas (agora também não pode mais) e os impostos. Portanto, se eles não se preocupam com você, você não se preocupe com eles.
Para passar esse tsunami politico, tem que acreditar que vai demorar aparecer luz no final do túnel. Nenhuma solução está à vista e todos os analistas que falam e dizem sempre terminam com a frase que a política é como as nuvens: uma hora assim, outra hora diferente. Sem previsão.
Não se assuste novamente, mas se não reduziu os custos, e achou novos produtos para novos mercados, não perdeu todas a oportunidades. Diminui a possibilidade maior do sucesso, mas ainda há tempo. Salve-se enquanto ainda pode. Salve suas empresa, antes que esses políticos que criaram essa situação levem você junto. Ou melhor só, vão levar você para buraco, porque no final de contas eles sempre se salvam.
E um lembrete final: definitivamente, não se assuste com Operação Lava Jato, ela é só uma ínfima parte do que está sendo mostrado. Os ladrões menores, alguns você conhece e já viu atuar, vão escapar, porque a justiça não tem a capacidade de julgar e prender todo mundo. E nem tão assustados alguns deles estão.
Calma e muita calma: o noticiário político que está anunciando prisões, processos, reações, manifestações, indignação, agressões verbais e físicas, e todos os atos similares, não terminou. O clima politico tenso está esquentando ou a pressão está aumentando e nós ainda vamos viver momentos muito interessantes e muitas surpresas virāo. Em termos gerais, não fica mal que o empresário esteja informado (mas nem tanto como o grupo de empresários mineiros que segundo o jornal O Tempo já sabia na quanta-feira passada que Lula ia depor), mas tem que analisar a pressão e o momento político também do angulo dos seus interesses empresariais.
Em primeiro lugar, pouco se pode fazer para mudar o clima. Seus representantes na Câmara dos Deputados e Senado sumiram, seu prefeito está preocupado com as contas e as próximas eleições municipais, e suas entidades de classe estão mudas, com exceção da Associação Comercial de Minas, porque, ou estão muito ligadas ao governo (por exemplo tanto indústria como agricultura têm seus representantes no governo Dilma), ou acham que mexer com política não é função deles.
Em seguida, a conclusão de que você nem sabe quem é Delcidio e João Santana e que Marcelo Odebrecht está mais longe de você do que a lua é certa. E provavelmente, como empresário, você não votou nem no Lula e nem no PT. Eles também não o conhecem, não compram seus produtos (pergunte se na adega de algum politico tem vinho mineiro e queijos de Minas?) e só querem que você pague as campanhas (agora também não pode mais) e os impostos. Portanto, se eles não se preocupam com você, você não se preocupe com eles.
Para passar esse tsunami politico, tem que acreditar que vai demorar aparecer luz no final do túnel. Nenhuma solução está à vista e todos os analistas que falam e dizem sempre terminam com a frase que a política é como as nuvens: uma hora assim, outra hora diferente. Sem previsão.
Não se assuste novamente, mas se não reduziu os custos, e achou novos produtos para novos mercados, não perdeu todas a oportunidades. Diminui a possibilidade maior do sucesso, mas ainda há tempo. Salve-se enquanto ainda pode. Salve suas empresa, antes que esses políticos que criaram essa situação levem você junto. Ou melhor só, vão levar você para buraco, porque no final de contas eles sempre se salvam.
E um lembrete final: definitivamente, não se assuste com Operação Lava Jato, ela é só uma ínfima parte do que está sendo mostrado. Os ladrões menores, alguns você conhece e já viu atuar, vão escapar, porque a justiça não tem a capacidade de julgar e prender todo mundo. E nem tão assustados alguns deles estão.
Friday, 4 March 2016
DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO
DO PROCESSO ELEITORAL AMERICANO
As eleições presidências, e também para a Câmara e parte do Senado, nos Estados Unidos, têm hoje em dia mais cobertura da imprensa brasileira do que as nossas próximas eleições municipais. A cobertura, principalmente televisiva, das eleições norte-americanas, é bem mais divertida e colorida do que a das eleições municipais no Brasil. Além do mais, nós temos outras jabuticabas para engolir, que quase nos obrigam a pensarmos mais no que acontece nos Estados Unidos do que no filme de horror que estamos assistindo no noticiário local.
Independentemente do show dos candidatos norte-americanos, é bom entender que o processo eleitoral nos EUA não é simples, é bem mais complicado do que o nosso. Simplificando, podemos dizer que primeiro se faz a escolha dos delegados pelas chamadas eleições primárias dos delegados dos partidos que escolhem seu candidato à presidência. Mas nesta fase, em que os adversários são do mesmo partido, já olham também o adversário de outro partido. E quando estão escolhidos os candidatos nas convenções dos partidos, aí sim começa o duelo.
Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado. Entre os republicanos, está na frente o famoso Trump, e, entre os democratas, a ex-primeira dama e Secretaria de Estado(Ministra de Relações Exteriores) Hillary Clinton. Os dois têm adversários nos seus próprios partidos, mas nas contas de hoje tudo indica que os dois serão indicados nas convenções partidárias e vão duelar pela presidência mais poderosa do planeta.
O mundo inteiro está acompanhando o processo. No final das contas, o predomínio dos Estados Unidos nos dias de hoje é de tal tamanho que as políticas americanas afetam países do mundo inteiro. Os dois candidatos podem ser mais ou menos do nosso agrado, podemos mais ou menos concordar com eles, ou até discordar totalmente, mas o fato é que quem os escolhe é o eleitor norte-americano.
Perguntar qual dos dois, Trump ou Hilarry,é melhor para mundo, é válido. Os dois têm atributos que os qualificam e também pontos que os desqualificam. O fato é que os dois não são candidatos que, se eleitos, nos deixam tranquilos quanto ao destino do mundo. Trump então deixa a maioria das pessoas no mundo com cabelo em pé.
Muita água ainda vai passar embaixo da ponte até a escolha dos candidatos e a apresentação de propostas mais concretas. Mas, fora da imigração latino-americana para os Estados Unidos e mais o narcotráfico, o nosso continente não é sequer objeto de discussão nesta eleição. Portanto, calma até a convenção. Depois, vamos ver como vai ser de fato a campanha.
As eleições presidências, e também para a Câmara e parte do Senado, nos Estados Unidos, têm hoje em dia mais cobertura da imprensa brasileira do que as nossas próximas eleições municipais. A cobertura, principalmente televisiva, das eleições norte-americanas, é bem mais divertida e colorida do que a das eleições municipais no Brasil. Além do mais, nós temos outras jabuticabas para engolir, que quase nos obrigam a pensarmos mais no que acontece nos Estados Unidos do que no filme de horror que estamos assistindo no noticiário local.
Independentemente do show dos candidatos norte-americanos, é bom entender que o processo eleitoral nos EUA não é simples, é bem mais complicado do que o nosso. Simplificando, podemos dizer que primeiro se faz a escolha dos delegados pelas chamadas eleições primárias dos delegados dos partidos que escolhem seu candidato à presidência. Mas nesta fase, em que os adversários são do mesmo partido, já olham também o adversário de outro partido. E quando estão escolhidos os candidatos nas convenções dos partidos, aí sim começa o duelo.
Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado. Entre os republicanos, está na frente o famoso Trump, e, entre os democratas, a ex-primeira dama e Secretaria de Estado(Ministra de Relações Exteriores) Hillary Clinton. Os dois têm adversários nos seus próprios partidos, mas nas contas de hoje tudo indica que os dois serão indicados nas convenções partidárias e vão duelar pela presidência mais poderosa do planeta.
O mundo inteiro está acompanhando o processo. No final das contas, o predomínio dos Estados Unidos nos dias de hoje é de tal tamanho que as políticas americanas afetam países do mundo inteiro. Os dois candidatos podem ser mais ou menos do nosso agrado, podemos mais ou menos concordar com eles, ou até discordar totalmente, mas o fato é que quem os escolhe é o eleitor norte-americano.
Perguntar qual dos dois, Trump ou Hilarry,é melhor para mundo, é válido. Os dois têm atributos que os qualificam e também pontos que os desqualificam. O fato é que os dois não são candidatos que, se eleitos, nos deixam tranquilos quanto ao destino do mundo. Trump então deixa a maioria das pessoas no mundo com cabelo em pé.
Muita água ainda vai passar embaixo da ponte até a escolha dos candidatos e a apresentação de propostas mais concretas. Mas, fora da imigração latino-americana para os Estados Unidos e mais o narcotráfico, o nosso continente não é sequer objeto de discussão nesta eleição. Portanto, calma até a convenção. Depois, vamos ver como vai ser de fato a campanha.
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