DA RESPONSABILIDADE DE JOGAR E FAZER GOL
Acabaram as eleições e dia 1° de janeiro os novos prefeitos e respectivas câmaras de vereadores tomam posse. Talvez seja para, como os dois candidatos a prefeito de Belo Horizonte, que vieram de futebol, o vencedor compreender que o jogo nem acabou e nem começou. O exercício do cargo do prefeito não é jogo de futebol e nem campeonato, é algo diferente. Nos próximos dois meses, o novo prefeito da Capital terá que aprender mais sobre gestão pública , o que inclui orçamento, e tudo o mais de que foi falado campanha e agora se transforma em realidade. Falar mal do adversário, encontrar seus erros do passado, dizer que não é politico, terá sido brincadeira quando assumir uma entidade sem dinheiro, cheia de compromissos financeiros, e sem recorrer aos padrinhos, porque eles também estão com os bolsos vazios. E como a prefeitura de Belo Horizonte é o maior empregador da cidade, terá ainda que pagar e administrar 135 mil funcionários públicos, cuja perspectiva de melhorar de vida, a médio prazo, é zero.
Aliás, está difícil de achar prefeitura que não esteja quebrada, e mais difícil ainda, de encontrar prefeito que tem algum plano para resolver essa situação. O repasse dos impostos estaduais para as prefeituras está atrasado, porque o governo do estado primeiro olha para as suas necessidades e depois para as prefeituras. E os repasses vindos de Brasília são como promessas do Papai Noel. Os prefeitos que se gabaram que conversaram com ministros e eles prometeram ajudar, ou são mentirosos ou não sabem nada, porque os ministros só podem ajudar se houver dinheiro em caixa. E os caixas estão vazios.
Muitos dos prefeitos foram eleitos com câmaras de vereadores gulosas por benefícios de cargos e, com a corda da guilhotina na mão, para puxar e declarar impeachment do prefeito se ele não der o que pedirem: empregos, cargos, bons salários e obras nas regiões deles que suplantam em imaginação as obras da Lava Jato.
Muita negociação ter que ser feita, incluindo os vereadores mais votados nos municípios. Mas, quem sabe se os eleitos, e em especial na Capital, fazem projetos de desenvolvimento. E para esses projetos, mais uma vez, as entidades empresariais têm que ter sugestões. Não reivindicações e pedidos pessoais, mas projetos que desenvolvam os municípios para o bem comum. Você lembra de alguma entidade que nessa hora foi chamada para contribuir e contribuiu? Nem os prefeitos as chamam. Com exceções honrosas, dão um cargo de secretário de desenvolvimento, e a situação continua ruim até a próxima eleição.
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