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Monday, 22 August 2016

DA NOSSA CAPACIDADE: PODEMOS

DA NOSSA CAPACIDADE: PODEMOS 

O show de encerramento dos Jogos Olímpicos, no domingo à noite, foi majestoso, simpático, lindo e não sei mais o que, como aliás foi a cerimonia inicial. Show de criatividade, mostra de cultura brasileira, tecnologia e simpatia do povo brasileiro, representado pelos cariocas. Aliás, eles que organizaram as olimpíadas e se fosse fracasso, seria deles, como foi sucesso, é de todos nos! Doze bilhões de dólares investidos na empreitada, recordes mundiais e olímpicos, 205 estados representados e mais e mais. O fechamento foi com chave de ouro e até os críticos permanentes, aqueles chatos que só procuram defeitos, tiveram que se render ao fato: deu certo e foi perfeito. Inclusive na área de segurança, onde morava o maior receio, além do mosquito da zika, que mudou com o mentiroso nadador americano Lochte para Miami.

Na verdade, as olimpíadas não terminaram. Terminou a primeira parte, que glorifica o corpo perfeito, quase a maquina humana que procura a perfeição para a gloria dos saudáveis e fortes. Começa a para olimpíada. Jogos olímpicos das pessoas com necessidades especiais, que têm que se superar em muito mais  do que os participantes dos jogos de beleza e perfeição. E nós os colocamos na prateleira abaixo, inclusive com falta de recursos. É o nosso discurso pelo diversidade, respeito e não sei mais o que, versus  a realidade que vivemos.

Os Jogos Olímpicos, que demonstraram não só a nossa capacidade de organizar um evento, lembre-se de quantas modalidades e com qual precisão foi tudo executado (sem esquecer que aconteceu dois anos após a Copa), mas também deram um recado para todos no Brasil: somos capazes. Podemos sim, sem nenhum ufanismo, conseguir resultados admiráveis e sermos respeitados. Até derrotar alemães no futebol, italianos no vôlei e mais e mais. Bem, como vamos pagar as dividas após os jogos e melhor aproveitar a infraestrutura,  deixamos um pouco para a frente.

E um povo que é capaz de tudo isso, que canta na alegria e na tristeza do desemprego, que luta (veja alguns de nossos medalhistas, de onde vieram e como chegaram lá), tem que aguentar esta situação de falência econômica e política? Porque? Tem que se submeter ao vexame de o Primeiro Ministro do Japão vir receber com o boné de Super Mario a bandeira olímpica, por ser organizador dos próximos jogos de verão, e o nosso Presidente não vai com receio de vaias? 

O Brasil é maior do que um evento, mas passou da hora de os políticos que nós  elegemos, entenderem a grandeza do povo que representam e do seu país . É chocante ver o contraste entre o que somos capazes como povo e o que fizeram as lideranças políticos do país. Triste. Mas, tem eleições daqui a pouco e ai começa a nova corrida para começar a mudança. E é com você no campo que isso vai acontecer!

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