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Sunday 16 October 2016

DO ESTUDO COM OU SEM EMPREGO

Os pais só podem deixar aos filhos e filhas um bem inalienável: a oportunidade de estudo. Claro que em um  sistema educacional público  tão falho como o nosso, onde os professores, aí vai a nossa homenagem pelo seu dia, como os alunos, são verdadeiros heróis, não é  fácil cumprir essa missão, principalmente quando se está desempregado ou com um salário que não cobre os custos de educação. Aliás, estudar não é só obter diploma, é aprender a estudar, é continuar estudando e se aperfeiçoando a vida toda. Imagine que há vinte anos não existia o computador de bolso chamado celular, e, para usá-lo hoje, você tem que simplesmente aprender, tem que estudar para poder usar.

Como o mundo evolui através de tecnologias, assim evolui também a grade profissional. Um bom exemplo desse questionamento começou esta semana na Grã Bretanha, país com um número invejável de melhores universidades do mundo. Pesquisadores chegaram à surpreendente conclusão que forçar através de políticas educacionais os jovens para concluirem a universidade, provocou um desastre profissional. Em outras palavras, pessoas com cursos universitários exercem funções que não exigem curso universitário e tomam o lugar dos formados em cursos técnicos. Cria-se um espaço de frustração profissional e o pior: o exercício inadequado das profissões.

No Brasil, estamos vivendo uma situação muito parecida, mas sem adequados estudos que comprovem a tese de excesso de estudantes sem possibilidade de emprego. Em todas as oportunidades, os empresários reclamam da falta  de mão de  obra qualificada. Ou seja mão de obra preparada para desempenhar as funções  de acordo com as suas necessidades. Mas aí nos tratamos mais de treinamento para o trabalho do que de educação. O fato, por outro lado é que o mercado não absorve no Brasil tantos formandos nas universidades, e endividados, quando frequentam universidades privadas, quantos formamos. É claro que sempre temos um desequilíbrio: uns anos formamos mais engenheiros do que precisamos, e nos anos seguintes não formamos o número suficiente de que precisamos. Além do mais, começamos a fatiar as profissões em tal nível de especialização (turismo logo é um exemplo), que os formandos simplesmente reduzem suas chances de emprego a um universo muito pequeno de oportunidades.
Urge rever, a reforma do ensino médio está na mesa como um primeiro passo, o sistema educacional como um todo. Dessa reforma ninguém fala porque as prioridade são fiscal, previdenciária, política, e a mãe de todas: educação, ficou onde sempre esteve: na boca de políticos durante as eleições, num jogo brutal de interesses  entre as entidades de ensino privadas (um dos negócios mais lucrativos no Brasil)  e públicas cada vez mais pobres, e jovens sem rumo e possibilidade de emprego, porque quem cria emprego não participa desta discussão.

Friday 14 October 2016

DAS ELEIÇÕES QUE SÃO E NÃO SÃO NOSSAS

DAS ELEIÇÕES QUE SÃO E NÃO SÃO NOSSAS

Exagerar que, para onde vão Estados Unidos, vai o Brasil, como aconteceu no regime militar, não vale mais hoje em dia. Mas, que as eleições no país do Tio Sam no dia 8 de novembro com os candidatos, Hillary Clinton pelos democratas e Donald  Trump pelos republicanos, chacoalham o mundo, não há nenhuma dúvida. A campanha à qual assistimos diariamente está a pleno vapor e mais quente do que nunca. Os debates na televisão são verdadeiro telecach, ou seja luta livre de palavras, acusações e agressões verbais, que milagrosamente ainda não levaram a socos e pontapés. Se alguém se espelha pelo padrão dessa campanha para melhorar a democracia no seu próprio país, creio que o eleitorado vai agradecer esse tipo de padrão democrático. No vale tudo só se procuram defeitos do adversário. Aliás, o campeonato está difícil porque os dois candidatos têm tantos que não dá para fazer a contabilidade.

É claro que a percepção da apresentação dos candidatos, fora dos Estados Unidos, está ligada aos padrões sociais de cada um no seu país. As mulheres do Brasil de classes sociais diferentes enxergam os dois candidatos diferente do que as mulheres, por exemplo, do Sudão. O mesmo vale para os homens da Alemanha ou do Japão. Mas, essas percepções nada têm que ver com o que percebem os candidatos eleitores nos Estados Unidos. E tem mais: mesmo lá, as percepções são mais variadas de região a região e, em especial, por gênero, raça e situação social. E o que vale é que é o voto dos norte-americanos vai eleger o presidente ou a presidente do país mais poderoso do mundo neste momento.

Aí é que começam nossas preocupações.Quais são as propostas que Hillary e Trump têm para melhorarem a economia dos Estados Unidos? O país saiu, na era do Obama, da grave crise de 2008, mas ainda não se recuperou totalmente. A valorização do dólar e a política de juros do país mais endividado do mundo nos afetam profundamente.E o que se ouve no debate entre os candidatos são disparates que não nos deixam dormir com tranquilidade. Os Estados Unidos vão continuar procurando tratados de livre comércio? E com quem?

Na política internacional, além da solução das crises correntes do Oriente Médio, o terrorismo do Estado Islâmico, a crise da Ucrânia e mais e mais, os Estados Unidos vão continuar sendo o gendarme do mundo, ou quem é hoje o inimigo como foi Sadam Hussein ou russos no passado? Qual é o próximo passo para paz ou guerra?

Esta eleição será, com sua escolha, o que em absoluto não abala o eleitor norte-americano, a definição do como será o resto do século. De paz e prosperidade, ou de guerras e volatilidades políticas e econômicas. Podemos torcer, discutir, ter preferências, mas a decisão será do cidadão norte americano. A sorte foi lançada.

Stefan Salej

Monday 10 October 2016

DA JUSTIÇA E INJUSTIÇA DO TRABALHO

DA JUSTIÇA E INJUSTIÇA DO TRABALHO

Não há um só empresário, empregador, neste nosso país(pode ter um desmentindo o que estou dizendo, para confirmar a regra) que não ache que o sistema de justiça do trabalho (composto pela justiça do trabalho e pelas delegacias do Ministério do Trabalho) é sempre contra o empregador e sempre a favor do trabalhador. Um sistema juridicamente complexo, que deixa na mão de indivíduos, sejam membro do judiciário ou de outros órgãos, mesmo colegiados, o exercício da justiça, da maneira que eles melhor entendem.

Mas, vamos por partes. Há sim empresários que burlam a legislação trabalhista e ferem direitos absolutamente básicos dos trabalhadores. Há sim empresários e empregadores, executivos, que ainda vivem no século retrasado e que acham que quem tem juízo obedece. São da turma do "sabe com quem esta falando! Eu mando e sou soberano". O fato é que toda nossa educação gerencial, mesmo nas universidades públicas, não é orientada nem para o respeito às pessoas e nem às leis. As escolas criam, junto com o ambiente de diferenciação social que existe no país, a formação de uma elite empresarial que manda mais do que lidera e que se acha impune e prejudicada pela legislação que seus pares da classe social fizeram para proteger os mais pobres e menos afortunados.

Nessa situação, o papel, não só do sistema de educação gerencial no país, mas das entidades de classe, é absolutamente fundamental. Começa pelas lideranças que devem dar o exemplo, mas principalmente pelo constante dialogo com todos os atores envolvidos: os próprios trabalhadores, sindicatos, associações e, não no final, a justiça e o Ministério do Trabalho. A pergunta é, quando e quantas vezes, a não ser em situação de crise, greve, as lideranças empresariais se reúnem com a justiça do trabalho para melhorar as relações entre os empregadores e trabalhadores? Há um plano com medição de resultados (reduzir o número de ações, corrigir os erros na aplicação das leis, reduzir o número de greves, melhorar as condições de trabalho, reduzir o número de acidentes etc.etc.) entre os parceiros envolvidos? Duvido. E se há, mostrem!

Por outro lado, quantos juízes de trabalho têm alguma experiência e entendem de dinâmica empresarial? Sabem distinguir os empresários e trabalhadores corretos dos  infratores? Há também trabalhadores, mesmo sendo a parte mais fraca, que provocam problemas e desrespeitam as leis.

Hoje, com 12 milhões de desempregados com carteira e outros 15 milhões sem carteira, a legislação, e sua aplicação pela justiça do trabalho, são de fato um empecilho para o aumento de emprego. Empresas têm passivos trabalhistas que nem sabem que existem e empresários têm pavor de aumentar o número de trabalhadores, porque isso aumenta sua vulnerabilidade financeira. Quebra a empresa.

Será que não esta na hora de a justiça do trabalho, os sindicatos, e os empresários dialogarem e acharem soluções? Porque do jeito que está, essa animosidade transformada em punições, só haverá menos emprego, mais infrações e um jogo que quem mais perde é a parte mais fraca desse elo: o trabalhador.

Paz e guerra na Colômbia

Paz e guerra na Colômbia

A festa de duas semanas atrás, selando a paz  entre o governo da Colômbia e as forças guerrilheiras, após 52 anos de conflitos, foi estragada com o resultado do referendo popular, que deveria homologar o documento assinado pelas partes, após ter sido aplaudido pelo mundo. Por margem mínima, o entendimento foi rejeitado. E no final da semana, o Presidente colombiano Santos recebeu assim mesmo o Prêmio Nobel da Paz, como reconhecimento do seu trabalho para conseguir terminar com a guerra. Ou seja, uma semana e tanto para a Colômbia, que deixou até os opositores ao acordo liderados, pelo ex-presidente Uribe, surpresos com o resultado de urnas.

A primeira observação que cabe é que não se vai para referendum se não tiver certeza de seu resultado. Tivemos dois casos recentes na política internacional, quando resultados inesperados  mudaram o rumo : Brexit, a saída da Grã Bretanha da União Europeia e, agora, na Colômbia. Nos dois casos, os governos e a opinião pública não só ficaram surpresos mas chocados com os resultados. O instrumento democrático do referendum, tão usado na Europa, deve ser cuidadosamente avaliado.

O  segundo ponto é que deram o prêmio Nobel da paz para Santos, algo que o Marechal Tito e Presidente Lula, ambos metalúrgicos queriam tanto, mas ele não foi dividido com outros atores, como os próprios líderes guerrilheiros. E isso vai criar novas dificuldades na procura de uma solução pós- referendum. As negociações recomeçaram agora, com a participação da oposição colombiana, liderada pelo ex-presidente Uribe e, se não está tudo na estaca zero, sem dúvida os avanços serão mais lentos e difíceis. Aliás, é incrível que o Presidente Santos não tenha costurado um acordo entre todas as forças políticas colombianas durante as negociações,  e tenha desprezado a força da oposição às negociações. Neste caso, parece que  os guerrilheiros fizeram trabalho melhor, mesmo sendo uma população numericamente muito menor, e foram para a mesa de negociações bem mais unidos. E continuam unidos.

Prever o que vai acontecer adiante, mesmo com as declarações e análises de que não há volta, de que o mundo não aceita, de que tem que honrar os compromissos já firmados etc., é cair no mesmo erro que trouxe Colômbia a este impasse. Tem que ter muita paciência, muita negociação e muita esperança. A volta à guerra, com uma reviravolta no meio guerrilheiro, não é algo que não possa acontecer.

Mas, no fundo, todos envolvidos sabem que paz é a melhor opção. Agora precisam construí-la, porque às vezes é mais difícil do que guerrear.

Monday 3 October 2016

DO DIA APÓS AS ELEIÇÕES

DO DIA APÓS AS ELEIÇÕES 
Faltam alguns segundos turnos para acontecer, mas na absoluta maioria dos municípios, as câmaras de vereadores e prefeitos foram eleitos. As contas das eleições, provavelmente as mais baratas de todos os tempos, serão feitas, e os prefeitos eleitos vão agora pensar em como ficaram as câmaras de vereadores e o que fazer após a posse. Os ré-eleitos já sabem. Foram novamente escolhidos porque fizeram um bom trabalho. Mas não custa nada perguntar se esse trabalho será tão bom também nos próximos quatro anos, quando ainda teremos um ajuste na economia, que está em uma queda sem precedentes. Nada há á vista para ter dinheiro mais fácil, nem sinal de que as atividades econômicas vão aumentar.

Para os novatos, muitos deles já bem antigos na política, assumir uma prefeitura será uma aventura sem precedentes. Primeiro porque em raros momentos temos na nossa cultura política uma passagem de poder responsável. Se é o adversário que ganhou, então não precisa saber nada. Se é sucessor ungido pelas urnas, a esse vamos dizer só quando precisar, porque ele vai fazer o que queremos. Em qualquer circunstância, a situação real só vai saber quando sentar na cadeira e receber a chave do cofre.

Mas, a realidade bate em um outro lado: campanha é campanha, e administrar o município é outra coisa. No primeiro caso, você angaria votos. No segundo caso, você gerencia as situações, problemas e, no fundo, o desenvolvimento social e econômico. Precisa ter sonhos, objetivos e saber gerenciar uma entidade pública, governamental, que, quando os candidatos são empresários, têm que entender que empresa  é empresa, governo é governo. São coisas muito diferentes.

Ninguém governa município  sozinho. Em primeiro lugar, há câmara de vereadores. Os eleitores devem manter contato com eles, já que os vereadores às vezes se esquecem deles. Vereador é aquele que está mais perto, em nosso nome, da máquina do poder.

Mas, mais importante é a organização da sociedade civil para participar constantemente da política. E nisso as entidades empresariais têm papel fundamental. Desde já, devem se organizar com propostas, cobrar as promessas e antes de mais nada e, principalmente, oferecer soluções. E nossos sindicatos da indústria, filiados à FIEMG, por exemplo, têm  essas propostas? Não são reivindicações individuais, mesmo que elas sejam importantes, mas projetos que criam mais e melhores empregos, que melhoram a educação e a saúde.

Querem mudar os políticos? Mudem primeiro as atitudes dos eleitores, para se tornarem atores políticos ativos, com propostas. O relógio já começou a contar o tempo. E comecem a pedir planos de desenvolvimento econômico e social do município. O que vamos atingir em quatro anos? Em números. 

Thursday 29 September 2016

DA PAZ NO ORIENTE MÉDIO E SHIMON PERES

DA PAZ NO ORIENTE MÉDIO E SHIMON PERES

A morte do Shimon Peres, ex-Primeiro-Ministro de Israel, várias  vezes ministro, inclusive de Relações Exteriores, Presidente do país e Prêmio  Nobel da Paz, traz reflexões profundas a respeito não só de seu papel na política israelense mas mundial, e especialmente do Oriente Médio.

Nascido na hoje Bielorrússia, emigrou com a família, ainda jovem, para a terra ocupada pelo britânicos. Lutou pela independência de Israel e foi considerado um dos pais fundadores do país. Da luta de resistência para estadista, o caminho foi longo, árduo e persistente. Foi aluno de Ben Gurion, pai do estado de Israel, companheiro de Golda Meir e Yitzhak Rabin, tragicamente assassinado e ganhador junto com ele do Prêmio Nobel da Paz.

Peres é mundialmente identificado pelo seu esforço pela promoção de paz na região e em especial pela costura diplomática dos chamados acordos de Oslo, assinados também pelo então líder palestino Yasser Arafat. Até o último dia da sua vida, lutou pelas paz na região, mesmo sendo pouco compreendido nos últimos tempos, tanto pelos políticos israelenses no poder, como pelos radicais árabes. O seu sucessor na presidência do pais, apesar de ser um homem digno, tem posições políticas a respeito da paz entre israelenses e árabes totalmente contrarias às de Peres. Mas nunca desistiu na sua luta.

Provavelmente, a face menos conhecida do Shimon Peres seria a de visionário e realizador de sonhos na construção de Israel. Ele tinha visão clara de qual Israel queria e como construir o país. Aí a construção da paz passa a ser um componente importante, mas o fundamental era consolidar na opinião dele Israel como um país de conhecimento e tecnologia, através da educação. Implementar os valores básicos de judaísmo, o povo do livro, na construção do país. Ele foi fundador da indústria aeronáutica, IAI, hoje grande disseminador de tecnologia mais avançada da área no mundo. Foi pai do programa nuclear israelense, que permitiu não a construção de bombas nucleares (sempre negado pelo Israel), mas a absorção do uso pacífico da energia nuclear na medicina e na agricultura. E além disso, de forma discreta e eficaz, estruturou o sistema de segurança e defesa de Israel, que permitiu que o país  sobreviva como democracia no meio de 33 países basicamente contrários à sua existência.

Foi-se o homem, ficou a visão e a construção dessa visão. Foi se um dos últimos lideres do século passado, mas depende dos atuais lideres o aprendizado dessas lições. Pela extensão das condolências e presenças no enterro em Jerusalém, alguma reflexão para o bem da humanidade deve ter ficado. Essa seria a melhor homenagem que se poderia prestar a ele.

Stefan Salej

Sunday 25 September 2016

DO ENSINO MEDIO MEDÍOCRE

DO ENSINO MEDIO MEDÍOCRE

Doutor, por que meu filho, depois de terminar o curso primário, pode carregar um revolver, trabalhar para traficantes e não ir para escola e arrumar emprego?


Essa pergunta emblemática de uma mãe ao candidato a deputado federal está sem resposta até  hoje. Na região em que a família mora havia cinco escolas primárias  com boa qualidade de ensino. E para ir para colégio, tinha que pegar dois ônibus (cadê dinheiro para isso) e a capacidade de receber os alunos era de para cada 5 alunos de primário, 1 para o curso médio.

A reforma proposta na semana passada pelo Ministério da Educação é resultado de uma discussão sem fim dos especialistas, que se arrastava e não chegava a lugar algum. É positivo que o governo Temer lance a discussão sobre um tema que interessa a todos e desvia a atenção dos processos de corrupção e das medidas econômico-fiscais que não consegue aprovar. Se medida provisória é a maneira certa para aprovar a proposta, há divergências. Mas, este Congresso é capaz de discutir algum tema e chegar a alguma conclusão que é de interesse da nação, como a reforma educacional? Duvido.

Na discussão sobre o tema, que independentemente de sua promulgação, será longa e quente,  há alguns pontos a considerar. Um é  o tempo integral, com ajuda do governo federal aos estados de 2 mil reais por aluno. Primeiro, para tempo integral precisa-se de instalações, professores, e há que organizar o tempo integral de estudos e atividades. Dois, os estados estão quebrados para investir, começando pelos investimentos em professores, cujos salários em media são miseráveis. Então como fazer essa reforma com a União sem dinheiro e Estados sem recursos?

Em seguida, temos que pensar em um  currículo que permita continuar estudos e empregabilidade. Mas, os que geram a empregabilidade foram consultados sobre o currículo? O sistema S tem especialistas em educação que podem colaborar ? Ou seja, de quais profissionais vamos precisar  para qual estrutura econômica? Se 50 % da nossa economia  é  agro, então o que esse setor tem a dizer? Espalhamos dezenas de universidades, públicas e privadas, e elas, estão integradas nessa reforma? Cada estado tem suas características e, esse debate, está sendo feito nos estados pelas assembléias legislativas, governos, técnicos e a sociedade?

Com centenas de perguntas sem respostas, o trem tem que andar, mas com rumo e prumo. Para avaliar quanto vale a educação para nós, único caminho que leva ao desenvolvimento, é só olhar para os debates dos candidatos nestas eleições municipais, onde em lugar nenhum há qualquer proposta realizável e inovadora. A educação lamentavelmente não é prioridade da nossa sociedade. Pode ser que essa brusca proposta, onde mais tempo se perde discutindo se vamos ter educação artística e esportes (porque  só conseguimos enxergar isso, mas nada mais além), comece um debate tardio porém absolutamente necessário.