DO SER ÚTIL E FELIZ
ESCOLA SEBRAE EM BELO HORIZONTE
Jovens , 17, 18 anos,125 formandos, de beca, solenes, cantando o hino nacional com um sorriso, acompanhados pelos namorados, namoradas, pais, irmãos e avós. Tudo no horário. Discursos com início, meio e fim. Consistentes. Paraninfo, professor. Só moças de oradoras de turma. Torcida da família na hora da entrega de diploma. Um dia solene e feliz. Não por terminar o curso, ficar livre da escola, mas pelo aprendizado, pelo futuro. Nada de celular piscando a não ser pelas fotos. Uma seriedade feliz. Quem é Galo?Quem é Cruzeiro? E América, Coelho, cuja torcida cabe numa Kombi? Mas, todos somos SEBRAE, todos somos Minas e todos somos Brasil. A galera aplaudindo veio abaixo.
Há 29 anos o SEBRAE Minas fundou a ETFG, Escola técnica de formação gerencial, quatro anos, formando técnico em administração. Um projeto para formar profissionais para empresas de porte médio, empresários, cidadãos. Com estudos de Cláudio Moura Castro, apoio do então Secretário de Educação de Minas, Walfrido Mares Guia, e empresários começou uma caminhada abençoada por D.Luciano de Almeida, um bispo progressista. A base tecnológica foi o sistema de educação empresarial da Áustria e modelos em escola bilíngue, esloveno alemão em Klagenfurt / Celovec que acabava de transferir a tecnologia para arecém independente Eslovénia.
Formidável não foi só começar o projeto, que acabou nestes 29 anos formandomais de treze mil alunos e mudou o perfil das empresas mineiras, mas a sua continuidade e sua atualização pedagógica. A hoje chamada Escola do SEBRAE é paradigma para um ensino de alta qualidade e praticamente todos os seus alunos passam no vestibular, até no mais exigente como do Itamaraty, se tornam empresários, empreendedores como são chamados hoje em dia, continuem as empresas familiares, em resumo ninguém está desempregado, ninguém está mal navida, mesmo sendo formados numa escola de nível médio com carteira de técnico em administração.
No currículo tem empresa simulada, um projeto de requalificação de mão de obra, que se tornou um modelo de aprendizado muito bem sucedido. E os mineiros competem com empresas simuladas do mundo inteiro, ganhando primeiros lugares várias vezes.
Mas, a evolução mais interessante foi o núcleo de jovens empreendedores, que é a introdução de materiais gerencias no último ano do colégio público. Milhares de jovens assim saem da escola com profissão e projeto, tornando-se empreendedores.
Como o projeto sobreviveu, evoluiu estes anos, onde há muito discurso sobre a educação e pouca evolução? Simplesmente porque os educadores que o levaram adiante conseguiram se isolar da politicagem empresarial e governamental. O nível de ensino se impôs com os pedagogos e profissionais da entidade num nível que no final todos entenderam que a melhor coisa é levar o projeto adiante e deixar a educação para os profissionais. A ausência de terceiros e o respeito aos profissionais foi uma atitude sábia dos que passaram por lá. O projeto não foi adotado pela entidade nacional simplesmente porque a preferência é pelo curto prazo e não construir os fundamentos através de educação.
É emocionante acompanhar essa evolução que acima de tudo mostra que somos capazes e que temos futuro.
( Tive muitos privilégios na vida e um deles foi ter participado do início deste projeto que vai celebrar no próximo setembro 30 anos)