DO EXPRESSO TURCO DA MEIA NOITE
Um dos filmes mais violentos que já vimos, mas ao mesmo tempo totalmente verídico, foi O Expresso da Meia-noite, que descreve a prisão de um casal de jovens americanos por tráfico de drogas na Turquia. Isso foi o filme. Agora, sob a presidência de Erdogan, e com base em leis de emergência promulgadas após a chamada tentativa de golpe militar há um mês, foram soltos 38 mil criminosos para dar lugar a 40 mil presos políticos, acusados de participar do golpe.
Mas, a lista continua; foram demitidos 15 mil diretores de faculdades, suspensos 80 mil funcionários públicos, 9000 policiais, 10 mil militares, 21 mil professores da rede privada de ensino, 2745 membros do judiciário, e mais e mais.
Foi dada ordem de fechamento de 29 editoras, 15 revistas e 45 jornais diários. E a destruição nas bibliotecas de todas as publicações dessas editoras. Jornalistas, ninguém sabe por onde andam.
Um processo de destruição de qualquer liberdade e o confronto com qualquer valor democrático ocidental estão em curso nesse país, meio Europa, meio Ásia. Um horror inaceitável para o mundo de hoje, mas aceitável pelas políticas de grandes potências, que já há um século atrás permitiram aos turcos, então donos do Império Otomano, matar centenas de milhares de armênios. A posição estratégica de Turquia, que recebeu três milhões de refugiados sírios, permite que os Estados Unidos mantenham no seu aliado na OTAN (a Turquia tem o segundo maior contingente militar nessa aliança militar após os Estados Unidos) uma base militar com ogivas nucleares.
O governo turco alega que o golpe militar foi organizado por um clérigo muçulmano chamado Gulen, que vive nos Estados Unidos, e cuja extradição está exigindo. Por outro lado, o governo turco, que enfrenta uma luta pela independência no norte do país, da minoria curda, está de bem de novo com a Rússia e, também, após o incidente com um barco turco levando material de apoio ao grupo terrorista Hamas na faixa de Gaza, se entendeu com Israel. O cachimbo da paz custou a Israel 20 milhões de dólares, pagos aos turcos pelos prejuízos que tiveram na empreitada.
Atentados recentes na Turquia e um estado absolutamente ditatorial nos levam a crer que o mundo prefere uma Turquia ditatorial, desde que ajude a manter certo equilíbrio no Oriente Médio, do que um país democrático. Assim vamos continuar em pleno 2016 a assistir uma tragédia de uma nação marchando para o abismo democrático e levando o seu povo n
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Friday, 19 August 2016
Sunday, 14 August 2016
DOS JOGOS OLÍMPICOS E DOS BENEFÍCIOS EXTERNOS
DOS JOGOS OLÍMPICOS E DOS BENEFÍCIOS EXTERNOS
Não há meio de comunicação algum hoje em dia que não traga notícias dos Jogos Olímpicos de verão que se desenrolam no Brasil. Bem, Rio 2016, especificamente. Mas, quanto as notícias são de esporte, e estritamente, chama-se Rio 2016. As notícias em torno dos Jogos Olímpicos, como acidentes, crimes, sempre se referem ao Brasil. E, na verdade, os jogos estão sendo realizados no Brasil, inclusive, no caso do futebol, em várias cidades brasileiras. E também a preocupação com a segurança nos jogos, é no final das contas , uma preocupação com a segurança no Brasil. Aliás, o Rio de Janeiro, com soldados e policiais armados nas ruas, rigoroso controle em todos os locais, inclusive nos hotéis, onde você só entra após passar por controles, parece mais um país em guerra do que um país em procura de paz.
Toda a mídia que está voltada para os jogos olímpicos, principalmente aquela que não tem correspondentes no Brasil, escreve sobre o Brasil. E aí a quantidade de besteirol que sai é inacreditável. Tem jornalista de jornal europeu que não leu nem livro de geografia do curso primário para se informar sobre o Brasil e escreve sobre o que está acontecendo no país, na política e na economia, com a maior desenvoltura. Mas, também é fato que muitos jornais transmitem aos seus leitores informações sobre o país, a língua e os costumes, extremamente interessantes. O New York times ensina um português mínimo para você sobreviver no Rio.
Em resumo, os Jogos Olímpicos, bem organizados até o final, dão um certificado de seriedade, capacidade de organizar e competir no cenário mundial, ao Brasil como um todo. Não menos relevante, as transmissões dos jogos atingem mais de 3 bilhões de pessoas em todos os continentes. Espera-se que as empresas brasileiras aproveitem bem esse mega marketing do país para que, lançando produtos e serviços, aumentem as vendas. E também que os turistas que visitam o Brasil, ao voltar, o recomendem para outros.
E há também o exercício diplomático chamado soft power. É o exercício que aumenta o poder de negociação do país através do esporte, cultura, educação. Os Jogos Olímpicos se enquadram nessa categoria e certamente nossa diplomacia aproveitou bem a visita de inúmeros chefes de governo e ministros de estado paras quebrar arestas, criar novas alianças e reforçar as antigas. Esta parte da agenda olímpica foi pouco divulgada, como a visita do Secretario do Estado dos Estados Unidos, o Presidente da França, o Primeiro Ministro da Itália, os Presidentes da Hungria e da Armênia, entre outros. Mas, foi eficiente e vai trazer resultados, sem dúvida alguma.
DOS CINCO Ss: SESC, SENAC, SENAR, SENAI , SESI
DOS CINCO Ss: SESC, SENAC, SENAR, SENAI , SESI
Na verdade, hoje há mais do que os cinco Ss mencionados. Tem mais o de transportes, o SENAT, e o SEBRAE e o das cooperativas. Todas essas siglas, muito conhecidas, arrecadam em Minas mais de 2 bilhões por ano, apesar de que ninguém sabe disso e nunca se divulga com transparência esses números. E de onde vem esse dinheiro, que é administrado pelas entidades empresariais? De um porcentual da folha de pagamento. Portanto, é dinheiro pago pelo assalariado e administrado pelos empresários. A favor de quem? Teoricamente, a favor dos funcionários. As entidades são controladas pelos Conselhos, que têm representantes dos trabalhadores e prestam suas contas ao Tribunal das Contas da União, o TCU.
Em várias gestões dessas entidades aconteceram, em graus diferentes, compreensões diferentes dos projetos que deveriam beneficiar os trabalhadores. Uma entidade do comércio adquiriu umas fazenda de 180 ha transformada, em parque temático com estrada de ferro e hotéis no Estado do Rio, longe do mar, para onde o trabalhador não pode ir porque não tem dinheiro para isso. Outra entidade está fazendo um laboratório de medições elétricas, que custará no mínimo 1 bilhão de reais, ao lado do seu único cliente: uma fábrica pertencente aos diretores da entidade. Claro que a justificativa para tanto é mais ampla. A compra de prédios e instalações, que nada têm a ver com o bem estar social e a educação dos trabalhadores, faz parte de uma lista tão longa que seria necessária uma edição especial do jornal.
Na crise, a arrecadação caiu em todos os setores. Os 12 milhões de desempregados não contribuem mais para o sistema S. E aí, começaram os ajustes, que levaram ao fechamento de várias unidades de educação, em especial no interior, inclusive nas terras do José Alencar, ex-Presidente da FIEMG, em Muriaé e Caratinga, mas não prejudicaram o projeto de laboratório de interesse especifico. Foram vendidas outras entidades para prefeituras, que já quebradas assumiram um ônus adicional, como é o caso de Poços de Caldas, mesmo que as indústrias continuem arrecadando e pagando serviços do sistema S.
Em resumo, não ha dúvida alguma de que o Sistemas S, mesmo assim, ainda é mais eficaz e eficiente do que alguns sistemas dirigidos pelo Estado. Por exemplo, as unidades móveis do SENAI, iniciadas na gestão do dr. Nansen Araújo na FIEMG e continuadas na atual, são belo exemplo dessa eficácia. Mas, a redefinição dos objetivos dessas entidades, em função dos novos tempos, inclusive da necessidade de reduzir custos sobre a folha de pagamento, da maior transparência e seguindo o exemplo do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde a arrecadação compulsória representa só 20 % da receita e há uma transparência que vai além da aliança dos objetivos de empresários e trabalhadores, pode ser a solução. Efetivamente, o corte horizontal proposto no governo anterior não é. Mas, também não é aceitável a situação que existe em algumas entidades. Seria até saudável para todos se os órgãos de fiscalização fossem mais ativos e não arquivassem os processos quando se referem a entidades que arrecadam dinheiro do trabalhador.
Sunday, 7 August 2016
DE BUENOS AIRES
DE BUENOS AIRES
Não há como não reconhecer que Buenos Aires é uma cidade sui generis na América Latina. Sua imponência arquitetônica, com largas avenidas e áreas verdes, com lojas elegantes e restaurantes excelentes, se sobrepõe a tudo o que se possa ver na periferia da cidade, onde mora a maioria das pessoas. Pessoas sofridas, com dificuldade de achar emprego, muitos pedindo esmola, e independentemente do inverno, frio, às vezes desagradável, mantendo o orgulho de ser argentino, uma maneira muito própria de ser, que poucos países têm.
Talvez essa argentinidade seja mais visível não só nos estádios de futebol, uma paixão nacional que chega a superar o nosso nacionalismo futebolístico, mas no seu centenário Teatro Colón, no centro da cidade. Renovado, concorrendo com seus oito andares de galerias só com o Teatro Lá Scala, em Milão, é lindo. E com uma programação, mesmo durante as férias, de fazer inveja a qualquer aficionado de música e opera. E sempre, todas as noites, lotado nos seus três mil lugares. A apresentação dos pianistas Daniel Barenboim (ele também regendo a Orquestra West-Eastern Divan) e Marta Argerich, além da apresentação de obras de compositores argentinos, valem uma visita a Buenos Aires. E mostram talvez o país que queria ser, mais do que o país que consegue ser.
A leitura dos jornais diários dá nítida impressão de que você esta lendo em espanhol, com nomes trocados, um jornal brasileiro. A semelhança termina no fato que Macri foi eleito e esta há sete meses no governo. Os escândalos de corrupção e quebra de caixa, aliados a todas as formas de má gestão deixada pelo governo anterior, são muito, mas muito parecidos com a situação brasileira. O kircherismo, com a manta do tradicional peronismo, se assemelha, por seus métodos de gestão pública, em muito com o período que vivemos no Brasil. A diferença com Brasil talvez esteja no fato de que a nossa justiça, em níveis de primeira instância, aquela que lidera o processo da Lava Jato, parece menos politizada do que a do país vizinho. E até no assassinato político somos similares: Celso Daniel aqui e procurador Nissman lá. Em nenhum dos dois casos descobriram os culpados, e nos dois casos se desconfia de que altas esferas do governo foram envolvidas.
Tão diferentes, tão semelhantes. A reconstrução da Argentina, apesar das enormes riquezas do país, vai levar décadas. A destruição feita, primeiro pelos militares, seguida pelos políticos irresponsáveis, é de tal tamanho que só a aliança com investidores estrangeiros não vai bastar. Pode ajudar, mas profundas mudanças terão que ser feitas pelos próprios argentinos, não com Messi, mas com Macri. Haja paciência para que isso aconteça, porque se a Argentina vai mal, o Brasil não vai melhor.
Não há como não reconhecer que Buenos Aires é uma cidade sui generis na América Latina. Sua imponência arquitetônica, com largas avenidas e áreas verdes, com lojas elegantes e restaurantes excelentes, se sobrepõe a tudo o que se possa ver na periferia da cidade, onde mora a maioria das pessoas. Pessoas sofridas, com dificuldade de achar emprego, muitos pedindo esmola, e independentemente do inverno, frio, às vezes desagradável, mantendo o orgulho de ser argentino, uma maneira muito própria de ser, que poucos países têm.
Talvez essa argentinidade seja mais visível não só nos estádios de futebol, uma paixão nacional que chega a superar o nosso nacionalismo futebolístico, mas no seu centenário Teatro Colón, no centro da cidade. Renovado, concorrendo com seus oito andares de galerias só com o Teatro Lá Scala, em Milão, é lindo. E com uma programação, mesmo durante as férias, de fazer inveja a qualquer aficionado de música e opera. E sempre, todas as noites, lotado nos seus três mil lugares. A apresentação dos pianistas Daniel Barenboim (ele também regendo a Orquestra West-Eastern Divan) e Marta Argerich, além da apresentação de obras de compositores argentinos, valem uma visita a Buenos Aires. E mostram talvez o país que queria ser, mais do que o país que consegue ser.
A leitura dos jornais diários dá nítida impressão de que você esta lendo em espanhol, com nomes trocados, um jornal brasileiro. A semelhança termina no fato que Macri foi eleito e esta há sete meses no governo. Os escândalos de corrupção e quebra de caixa, aliados a todas as formas de má gestão deixada pelo governo anterior, são muito, mas muito parecidos com a situação brasileira. O kircherismo, com a manta do tradicional peronismo, se assemelha, por seus métodos de gestão pública, em muito com o período que vivemos no Brasil. A diferença com Brasil talvez esteja no fato de que a nossa justiça, em níveis de primeira instância, aquela que lidera o processo da Lava Jato, parece menos politizada do que a do país vizinho. E até no assassinato político somos similares: Celso Daniel aqui e procurador Nissman lá. Em nenhum dos dois casos descobriram os culpados, e nos dois casos se desconfia de que altas esferas do governo foram envolvidas.
Tão diferentes, tão semelhantes. A reconstrução da Argentina, apesar das enormes riquezas do país, vai levar décadas. A destruição feita, primeiro pelos militares, seguida pelos políticos irresponsáveis, é de tal tamanho que só a aliança com investidores estrangeiros não vai bastar. Pode ajudar, mas profundas mudanças terão que ser feitas pelos próprios argentinos, não com Messi, mas com Macri. Haja paciência para que isso aconteça, porque se a Argentina vai mal, o Brasil não vai melhor.
MEUS JOGOS OLIMPICOS
MEUS JOGOS OLÍMPICOS
"A cerimonia da abertura dos Jogos Olímpicos no Rio foi majestosa, grandiosa, espirituosa, com ritmo dinâmico da vida brasileira, e mensagem clara ao mundo do Brasil. Os comentários invejosos e injustos antes da inauguração, a crise brasileira é um assunto interno dos brasileiros, foram sobrepostos pela cerimônia, que mandou uma mensagem inconfundível ao mundo: otimismo, solidariedade e a preocupação dramática com o meio ambiente".
Essas foram as palavras que enviou o Embaixador esloveno Zvone Dragan, logo após a cerimônia. A Eslovênia, membro da União Européia, comemora este ano 25 anos de independência e, com seus 80 representantes nos jogos, espera superar-se, pois, além de ser classificada pelos comentaristas da TV na hora do desfile como o país mais bonito do mundo, é o país com o maior número de medalhas per capita, entre os mais de 200 países que estão participando dos jogos, não só no Rio, mas no Brasil.
A cerimonia mostrou aos brasileiros um mundo de países cujos nomes nunca haviam sido ouvidos. E que representam mercados para nós. Mas, mostrou a excelência do Brasil. Por exemplo, até hoje há confusão se o inventor do avião foi o brasileiro Santos Dumont ou se foram os americanos. O Brasil, com o 14 Bis do mineiro Santos Dumont, assumiu, depois de mais de um século, que essa invenção é nossa! E a música? Uma das nossas excelências é a musica. Aí sim temos classe mundial, que encheu nossos corações de emoção e nossos olhos, de lágrimas.
Os jogos começaram e, até o término, pode acontecer muita coisa. Boa e imprevistos. E agora vamos ser torcedores e observadores. Cada apresentação de nossos atletas nos dá a oportunidade de torcer por eles e pelo país.
Mas, onde estão os aprendizados, para o empresário e os executivo destes jogos olímpicos? Primeiro, que para participar como desportista nos jogos, você tem que se preparar. Tem objetivo, medalha, e luta por ela. Se prepara, estuda, treina, vai suando e seus resultados são medidos em nano segundos. Dois, nada se faz sem equipe. Mesmo quando você é só atleta individual, tem sempre equipe. Equipe que o acompanha e da qual você faz parte, se o jogo for coletivo. E não no final, há leis, regras. Doping, faltas, lembra do mexicano que caiu na raia antes e foi desclassificado? E não vamos esquecer de acidentes, o francês que quebrou a perna na ginástica. E tem uma concorrência feroz!
O empresário tem jogos olímpicos todo santo dia, durante 365 dias por ano. Mas, será que tem preparo, planejamento e trabalha em equipe para ter resiliência como os esportistas? Vamos apreender com eles, observando bem o que acontece nos jogos. A cerimonia inicial foi uma excelente lição de nossa capacidade, agora você continua com ela.
"A cerimonia da abertura dos Jogos Olímpicos no Rio foi majestosa, grandiosa, espirituosa, com ritmo dinâmico da vida brasileira, e mensagem clara ao mundo do Brasil. Os comentários invejosos e injustos antes da inauguração, a crise brasileira é um assunto interno dos brasileiros, foram sobrepostos pela cerimônia, que mandou uma mensagem inconfundível ao mundo: otimismo, solidariedade e a preocupação dramática com o meio ambiente".
Essas foram as palavras que enviou o Embaixador esloveno Zvone Dragan, logo após a cerimônia. A Eslovênia, membro da União Européia, comemora este ano 25 anos de independência e, com seus 80 representantes nos jogos, espera superar-se, pois, além de ser classificada pelos comentaristas da TV na hora do desfile como o país mais bonito do mundo, é o país com o maior número de medalhas per capita, entre os mais de 200 países que estão participando dos jogos, não só no Rio, mas no Brasil.
A cerimonia mostrou aos brasileiros um mundo de países cujos nomes nunca haviam sido ouvidos. E que representam mercados para nós. Mas, mostrou a excelência do Brasil. Por exemplo, até hoje há confusão se o inventor do avião foi o brasileiro Santos Dumont ou se foram os americanos. O Brasil, com o 14 Bis do mineiro Santos Dumont, assumiu, depois de mais de um século, que essa invenção é nossa! E a música? Uma das nossas excelências é a musica. Aí sim temos classe mundial, que encheu nossos corações de emoção e nossos olhos, de lágrimas.
Os jogos começaram e, até o término, pode acontecer muita coisa. Boa e imprevistos. E agora vamos ser torcedores e observadores. Cada apresentação de nossos atletas nos dá a oportunidade de torcer por eles e pelo país.
Mas, onde estão os aprendizados, para o empresário e os executivo destes jogos olímpicos? Primeiro, que para participar como desportista nos jogos, você tem que se preparar. Tem objetivo, medalha, e luta por ela. Se prepara, estuda, treina, vai suando e seus resultados são medidos em nano segundos. Dois, nada se faz sem equipe. Mesmo quando você é só atleta individual, tem sempre equipe. Equipe que o acompanha e da qual você faz parte, se o jogo for coletivo. E não no final, há leis, regras. Doping, faltas, lembra do mexicano que caiu na raia antes e foi desclassificado? E não vamos esquecer de acidentes, o francês que quebrou a perna na ginástica. E tem uma concorrência feroz!
O empresário tem jogos olímpicos todo santo dia, durante 365 dias por ano. Mas, será que tem preparo, planejamento e trabalha em equipe para ter resiliência como os esportistas? Vamos apreender com eles, observando bem o que acontece nos jogos. A cerimonia inicial foi uma excelente lição de nossa capacidade, agora você continua com ela.
Monday, 1 August 2016
DOS 115 ANOS DE ENTIDADES EMPRESARIAIS
DOS 115 ANOS DE ENTIDADES EMPRESARIAIS
Esta difícil achar uma empresa centenária em Belo Horizonte. Cedro Cachoeira, centenária e ainda mineira. Diário do Comércio, 82 anos. Casa Artur Haas, não existe mais. Quem mais mesmo? Mas, os 115 anos da Associação Comercial e Empresarial de Minas, fundada junto com a nova capital, nos levam a reflexões sobre a perenidade empresarial e também a das entidades classistas. Como uma entidade que se sustenta com recursos voluntários dos associados consegue a renovação e mantém seu papel de aglutinar os empresários e empresas?
Aliás, despreza-se o papel de entidades empresariais voluntárias, como a ACM, em todo o estado. Há muito mais associações comerciais espalhadas no estado do que sindicatos filiados às federações de indústria, comércio, transportes, com exceção dos sindicatos rurais, que são os mais numerosos na área empresarial no estado. Como as entidades sindicais recebem recursos obrigatórios e têm por isso orçamentos gigantescos, incluído aí os orçamentos do sistema S, que inclui as ações sociais e educacionais, elas têm aparentemente uma força política impar. De um lado, seu nível de transparência, apesar de receber recursos, é basicamente interno, por outro lado algumas delas usam publicidade institucional bem pesada para mostrar uma imagem que esconde o que de fato acontece na gestão.
Em Minas, só a agricultura pode dizer que sua entidade corresponde ao seu tamanho na economia e a sua gestão não é caso de polícia ou justiça. Uma entidade está sob inquérito da Policia Federal e outra, na justiça estadual. E a terceira, das poderosas, politizou a tal ponto, que seu presidente nacional está sob vários inquéritos judiciais. Outra questão é o continuísmo. Numa entidade dessas, acham-se no direito sereno de simplesmente continuarem na presidência os sócios da mesma empresa, ou então proporem a mudança de estatuto, que prorroga a gestão dita democrática para sempre.
Se os empresários querem ter um papel de liderança no desenvolvimento do país, do seu estado e do seu município, têm que seguir no mínimo o exemplo centenário da ACM: objetivos claros, consensuais, transparência na gestão, democratização da gestão e sucessão com acesso dos sempre mais e mais jovens, e trabalho pelo associado e pela comunidade. A entidade empresarial existe para desenvolver a sociedade como um todo, através da ação empresarial. E não para desenvolver o interesse político ou a ambição financeira de indivíduos ou grupos dirigentes, usando todos os meios, inclusive a perseguição dos que não concordem com isso, para se manter no poder fictício, porém às vezes lucrativo.
Não faltam bons exemplos e esta comemoração dos 115 anos da ACM, como dos 60 anos da FAEMG recentemente, servem justamente para repensar o papel responsável que entidades empresariais têm na sociedade. Ou o irresponsável que possam ter.
Sunday, 31 July 2016
DA HILLARY RODHAM CLINTON
DA HILLARY RODHAM CLINTON
O show da Convenção do Partido Democrata dos Estados Unidos da América em Filadélfia, que escolheu a advogada formada na prestigiosa Universidade de Yale, ex-primeira dama do 42º Presidente dos EUA, Bill Clinton, e ex-Secretária de Estado do Governo Obama, como a primeira mulher candidata à presidência do país por um partido majoritário, foi impressionante, mas acabou. A moça pobre chegou lá endossada por seu marido, sua filha, os atuais presidente e vice-presidente dos Estados Unidos e pela popular atual Primeira Dama, Michelle Obama. E por seu adversário nas eleições preliminares chamadas de primárias, Senador Bernie Sanders, cujas propostas e ideais socialistas incorporou à sua campanha.
Agora começa a campanha para valer. Os discursos na Convenção Democrata de muitos republicanos, entre eles o ex-prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg e o General Allen, ex-comandante das forças americanas no Afeganistão, foram, ao lado do discurso do Presidente Obama, o endosso de sua capacidade para ser Comandante em Chefe da mais poderosa nação do mundo. Sua história, seja do episódio do marido que, por deslizes amorosos quase perdeu o cargo, ou seja do descuido com uso de celular não protegido quando Secretária de Estado, ou então da política americana no Oriente Médio, que está um caos total ou do conflito entre a Rússia e o Mundo Ocidental, foi reforçada com fatos que fortalecem sua capacidade de liderar.
O que oferecem os democratas aos Estados Unidos, após oito anos de governo Obama, que salvou o país de uma crise econômica sem precedentes? Um partido de trabalhadores, como disse ela (mas não o nosso PT), preocupado em fazer mais e melhor. Mais inovação, mais emprego, mais justiça social em todos os sentidos e mais integração, juntos seremos mais fortes. É a campanha da esperança contra a do medo que adversário republicano Trump advoga, é um país unido, versus o país dividido do adversário.
Os dois candidatos enfrentam problema de rejeição praticamente igual, ou seja 50 %. Hillary tem também alto grau de desconfiança do eleitorado: 67 % acham ela desonesta. Então, a eleição será difícil e sem dúvida não vai bastar ser a primeira mulher candidata, terá que mostrar que fará um governo melhor do que Obama, que será grande eleitor, com a sua popularidade em alta, e ser mais confiável do que o adversário republicano.
Em um mundo em que o terrorismo está crescendo, os conflitos regionais, como do Afeganistão, Oriente Médio e África, o crescimento da China e as tensões na Ásia não se acalmam, como não está em curso o crescimento da economia mundial, a presidência dos Estados Unidos nos afeta e muito. Mas, alea jacta est, a sorte está lançada. Só nos cabe torcer para que os eleitores americanos escolhem o melhor. Para eles e para o mundo.
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