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Friday, 31 January 2025

DO PRESENTE DO ANO NOVO CHINÊS

Tentei escrever um ensaio sobre um livro recém editado na Eslovênia a respeito da imigração eslovena no Brasil, que começou há 140 anos. E acordado pelo estrondo da bomba do lançamento da ferramenta de inteligência artificial Deep Seek chinesa, fiz um teste. Recebi em segundos um texto guia em inglês sobre como escrever com inúmeros links de subsídio e um texto em esloveno (língua falada por 2 milhões de pessoas, eslava, com dual e cujo primeiro documento foi escrito há mais de mil anos). O texto em esloveno é tão bem escrito que faria inveja a qualquer escritor.

Ai vieram as notícias sobre essa nova ferramenta. Que investimento foi de 6 milhões de dólares, enquanto os big tech americanos anunciavam investimentos de centenas de bilhões, e Trump se gabando que eles vão liderar o desenvolvimento de inteligência artificial no mundo. O choque foi de tal tamanho que as bolsas caíram, todo mundo se perguntando se os bilionários investimentos não foram para o brejo. Além dos aspectos econômicos, os analistas de IA começaram estudar o que é esse pacote do Ano Novo chinês, ano da cobra. E ainda vai se passar um tempo para termos uma resposta mais exata sobre essa cobra chinesa.

Insistimos em ignorar a capacidade chinesa de inovar. E não achamos um diálogo de cooperação, mas insisitmos, principalmente os Estados Unidos, em confronto. O fato é que, na área específica de IAEuropa está atrasada em relação aos Estados Unidos, e o choque do Deep Seek está questionando todo o modelo de desenvolvimento norte-americano na área. Isso inclui investimentos em pesquisa,para o que precisam dos melhores do mundo. E a política de imigração do governo Trump está anunciando que não vai permitir mais a vinda de estrangeiros sob regime especial.Não é só o visto, o ambiente de trabalho com discurso racista é agressivo, está contaminado. Os investidores estão descobrindo que os chineses conseguem melhores resultados com muito, mas muito menos dinheiro. E agora Trump?

Nesse episódio vale perguntar, como fica Brasil. Dúzias de pesquisadores de excelente qualidade podem produzir algo disruptivo? O caso chinês mostrou àprimeira vista que não é só o dinheiro que produz inovação e rompe fronteiras tecnológicas. Será que alguém vai se debruçar sobre a questão e procurar essa resposta ou temos um melhor futuro se continuarmos sendo grandes consumidores de inovações, agora também chinesas.Neste caso, não seria inútil nos prepararmos para usar IA de forma mais eficiente? E o que está sendo feito mesmo? Comece você mesmo, como pessoa física e na sua empresa. Mas cuidado com os aspectos éticos: vou ler o texto, mencionando que foi a cobra chinesa que fez.

 

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