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Friday 27 September 2024

DE SETEMBRO EM NOVA IORQUE:O N U

 DE SETEMBRO EM NOVA IORQUE: ONU

 

Todo ano é igual em setembro em Nova Iorque: tem Assembleia Geral das Nações Unidas, Brasil é primeiro orador e para isso acompanham o Presidente da República não só os do ramo, ou seja, diplomatas, mas um sem-fim de ministros, assessores e uma quantidade significativa de parlamentares, também com assessores, e mais todos os que têm  chance de estar lá, com moreolesss de inglês,para fazer compras de fim de ano e passar sem pagar impostos.

Isso nada tem que ver com a importância política do evento, porque o evento é sim importante. De certa maneira, o discurso brasileiro dá o tom aos debates. Este ano foi um discurso claro sobre como o mundo não está bem, com mudanças climáticas batendo à porta de todo mundo e de três conflitos, Ucrânia, Oriente Médio e Sudão, sem perspectiva de solução à vista. E o questionamento do Brasil sobre a eficácia do multilateralismo para resolver esses conflitos é real e ao mesmo assustador. 

Essa ONU dirigida pelo português Gutterez realmente não resolve nada. Declarações desastradas, ações que não solucionam os conflitos armados nemdesarmam os outros, desmoralização dos capacetes azuis e vai aí a lista, longe de ser curta. Mas, a culpa disso tudo é só dos executivos da ONU ou dos países membros, em especial os membros permanentes do órgão político mais importante,que é Conselho de Seguraça? Um pouco de cada, mas sem dúvida dos membros do CS, com direito a veto. No mundo faltam líderes que queiram paz sobram os que adotaram a doutrina de que conflito armado lhes traz mais benefícios. Simples assim. E com liderança fraca do Gutterez, quem sabe ele foi colocado lájustamente por isso, as coisas só pioram.

Colocar no cesto de roupa suja toda a organização, que já teve um papel importante e ainda o tem e funciona bem em áreas específicas, como saúde, desenvolvimento, direitos humanos, não é justo. Mas também não é justo que a organização não seja renovada, seja no Conselho de Segurança, seja nos outros organismos. Ou será que vamos precisar uma outra guerra como foi a última guerra mundial para criar um fórum para solução de conflitos. Há inúmeros fóruns regionais, mas também há os BRICS, ou seja procura de entidades que através ddiversidade geográfica e até ideológica procuram um canal de diálogo. Mas nada substitui a velha, desgastada e hoje quase inoperante ONU. Então é certo sim, Brasil se pronunciar e dizer de bom tom e voz alta altiva, a situação é grave, vamos trabalhar para as soluções. E não é certo tirar a legitimidade do Brasil se expressar na ONU e pela ONU, se algumas questões internas, mesmo no campo do meio ambiente, não estão resolvidas. Uma coisa é uma coisa, outra é outra.

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