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Monday, 27 February 2017

DOS BRASILEIROS NO MUNDO

DOS BRASILEIROS NO MUNDO

O carnaval brasileiro, que nos permite uma catarse nacional, também é comemorado nos 195 países  pelos mais de 3 milhões de brasileiros que saíram do país do futuro para se estabelecer, no futuro presente, em novas  terras. É  impressionante o número, que representa 1.5 % do total da população brasileira e certamente um número significativo quanto contamos apenas a população economicamente ativa. Foram-se embora para encontrar o que aqui está cada vez mais difícil: trabalho e emprego. Com ou sem família, legalmente ou  não, eventualmente com dupla cidadania e com ou sem dinheiro. Mas, se mandaram, como se diz no popular. A absoluta grande maioria é feita de jovens, até universitários, que sabem que, trabalhando muito, terão melhores chances nos países que teoricamente têm menos chances de crescer e menos futuro do que este imenso Brasil abençoado por Deus, como diz a canção País tropical.

Bem, neste mundo de fuga de cidadãos, a procura de emprego também tem duas outras classes que não podem ser subestimadas: a classe dos endinheirados, que estão à procura de mais segurança e estão se mudando em grande escala par Miami (onde tem até construtora mineira fazendo prédios para eles)  e a dos jovens profissionais. Enquanto a primeira fez de Miami a capital dos que ganham dinheiro no Brasil e o protegem em Miami, a segunda sim é preocupante. Estão saindo do país profissionais da melhor qualidade, que começam a carreira fora, em especial nos Estados Unidos, e não voltam mais. São pesquisadores, administradores, médicos, dentistas, gente que faz falta no Brasil.


Essa população de emigrantes também colabora hoje com a  economia brasileira. As remessas de recursos deles engordam o balanço de pagamentos. E não precisa ir longe: imagine o dia em que os valadarenses pararem de mandar dinheiro dos Estados Unidos, como vai ficar a cidade? Ou os que foram para o Japão e ainda mandam mais do que os que foram  para os Estados Unidos ou a Europa.

E quem cuida desta comunidade de nossos patrícios pelo mundo afora? Além do Itamaraty, que tem uma organização  bem engrenada, não há políticas do governo como um todo.  E agora, com o presidente dos Estados Unidos Trump ameaçando os imigrantes, o que vamos fazer se eles começarem a voltar humilhados e enxotados?

Sair do seu próprio país para começar a vida em outro não é para qualquer um. Tem que ter muita coragem, perseverança e desespero. Bem, passou da hora de nos perguntarmos por que tantos preferem sair do que ficar  batalhando por um Brasil com oportunidades de trabalho.

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