DO BEM ESTAR SEU E DA NAÇĀO
É mais do que justo que você acredite que, se o Brasil vai bem, você também vai bem ou até pode ir melhor. E por Brasil entende-se o governo ou governos e não necessariamente seus cidadãos. O governo nos diz através de suas centenas de instrumentos de gestão de dados e informações como anda o país e também como estamos nós, simples mortais, sem cartões corporativos do Palácio do Planalto ou dos palácios estaduais dos governos em dificuldades em pagar até os funcionários públicos. Bem, não podemos esquecer os governos municipais, aqueles mais próximos da gente e mais longe de nós atender nas nossas necessidades mais proeminentes de cada dia.
A avalanche de informações manipuladas e de publicidade governamental no Brasil, onde até recentemente tivemos ministro da comunicação, é incomum para um país democrático e desenvolvido. Desde o regime militar, quando tinha um general para relações públicas, para nos convencer das bondades dos porões da ditadura e do milagre econômico, que estamos à mercê de que está tudo bem e que o amanhã depois do carnaval será melhor, lembrando a música do premiado Orfeu Negro. E agora há uma onda ou um esforço extra de comunicação do governo. Divulgam que o pior passou e o melhor já está chegando. Fique à vontade para acreditar.
O fato é que essa avaliação para o empresário, ou o agora chamado empreendedor, tem dois ângulos: os fatores externos que influenciam seu negócio (como os juros que nos bancos, junto com as tarifas, não baixam nem por decreto e nem por boa vontade dos banqueiros) e os fatores inerentes ao seu próprio negócio. Para o empresário avaliar se está bem ou não, só tem um dado que vale e só num documento: no balanço, no item lucro liquido. O resto é conversa fiada para boi dormir. Simples assim. Sim, simples assim.
Porque é o lucro líquido que determina o retorno de capital, ajudado na análise pelo fluxo de caixa, agora chamado EBIT etc. Ou como diziam nossos avôs, na ponta do lápis tem que dar lucro. O período de carnaval é muito propício para os executivos, empreendedores e empresários, ao som do meu samba preferido, Cachaça não é agua não, fazerem essas contas. Leia menos sobre o governo, sobre grandes empreiteiras e políticos, porque todos eles vão se salvar (veja o caso do primeiro pilantra da Lava Jato que já está sem tornozeleira, na praia e usufruindo os milhos de dólares que roubou), e leia seu balanço.
Se o seu negócio vai bem, sua família e a dos seus funcionários vão bem. O governo e os políticos sempre vão bem e sempre se safam neste nosso país. As empresas sim que têm que ser cuidadosas para saber se vão bem. Olhe de novo para aquele item no balanço: lucro liquido, e seja feliz!
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