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Thursday, 14 May 2015
DA INTEGRAÇÃO SUL AMERICANA
DA INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA
Mais de 400 empresários ouviram na FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com muita atenção, o Secretario Geral da UNASUL, ex-Presidente da Colômbia, Ernesto Samper, falar sobre a integração sul-americana. Sete projetos que cruzam a América do Sul de norte a sul, de oeste a leste, foram apresentados como grandes oportunidades de desenvolvimento para a região. E não deixou de ser mencionado que a integração dos governos democráticos é a grande base do desenvolvimento da região.
União dos países da América do Sul, a UNASUL, com sede no Equador, é mais um organismo criado recentemente que está procurando o seu lugar ao sol. Aliás, o projeto de sua sede, que foi apresentada nas reunião, é de fazer inveja ao Niemeyer no capítulo da falta de modéstia. Mas, achar que vamos integrar a América do Sul com projetos sonháticos de ferrovias e rodovias e talvez hidrovias, enquanto outro organismo da região, o MERCOSUL, anda moribundo, é muita ousadia. E mais: como integrar mais a América do Sul, se a infra-estrutura brasileira compete para ser uma das piores do mundo. Então, se vamos falar em integrar a América do Sul, vamos primeiro arrumar o MERCOSUL e integrar os países de várias formas dentro desse conceito.
E nessa área vem primeiro a integração energética. Por diversas razões inexplicáveis, essa integração, mais especificamente entre Brasil-Argentina-Paraguai, anda abaixo da sua capacidade de atender as metas de desenvolvimento e competitividade das econômicas da região. A segunda integração em que poderíamos pensar é a de telecomunicações. Os países não têm um programa comum bem sucedido de lançamento de satélites de comunicações e infra-estrutura que diminua a importância dos Estados Unidos nas nossas comunicações.
O mesmo aliás vale para a integração do transporte aéreo. O melhor caminho para ir a qualquer país latino-americano é via Miami. E se Miami fecha os computadores pelos quais passa a internet e fecha o aeroporto, a América Latina volta para século do descobrimento. E como se isso não bastasse, a integração precisa de projetos e financiamentos. O governo que provocou a crise da PETROBRAS, provocou a crise das empresas de engenharia. E a crise do financiamento. A não ser que estejamos fazendo tudo isso para facilitar que o Cavalo de Tróia que os chineses estão trazendo na próxima semana realmente derrote a engenharia brasileira de vez. Nada ao acaso, tudo bem pensado!
Stefan Salej
14.5. 2015.
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