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Friday, 21 November 2014

DA ESCOLA TÉCNICA DE FORMAÇÃO GERENCIAL

Da Escola Técnica de Formação Gerencial

Há vinte anos começou em Belo Horizonte, pelo SEBRAE Minas, um projeto ousado e inovador: uma escola de nível médio para gerentes. A necessidade de educar quadros gerenciais para as empresas em crescimento e dar também oportunidade a jovens que queriam ser empresários é que moveu os fundadores para estabelecerem esse projeto. Buscou-se um exemplo no mundo que poderia ser adaptado às condições sócio-econômicas e culturais do Brasil. Após uma minuciosa pesquisa, optou-se pelo modelo austríaco, já em atividade desde 1852, e com enorme sucesso, em especial quanto à longevidade das empresas.

O projeto recebeu entusiástico apoio do então Secretário de Educação de Minas, Walfrido dos Mares Guia, e das lideranças empresariais que faziam parte do Conselho Deliberativo do SEBRAE Minas. De minucioso planejamento passou-se à execução, e então o projeto recebeu apoio técnico inestimável da equipe pedagógica do Colégio Pitágoras, de onde também vieram seus primeiros diretores: professor Clemenceau e professora Dayse. Os austríacos colaboraram, o pessoal do SEBRAE nacional olhava com desconfiança, mas após quatro anos formou-se a primeira turma.

Começaram escolas em vários outros lugares de Minas, formou-se uma metodologia própria e adotou-se a metodologia de empresas simuladas de forma pioneira na América Latina. Nestes vinte anos, as ETFG's em Minas formaram mais de 8.000 alunos, dos quais a absoluta maioria continuou a sua carreira acadêmica na universidade e muitos, mas muitos deles, não só exercem cargos executivos nas empresas como se tornaram empresários. E o modelo de tutores e outros instrumentos que foram introduzidos no projeto pedagógico garantiram uma relação proveitosa entre a realidade empresarial e o ensino.

O projeto foi adaptado aos novos tempos, não só de uso de tecnologias, mas também de inovações na  área  de gestão de empresas e também de empreendedorismo. De um lado, educar  gerentes inovadores e com visão, e de outro lado, empresários ou empreendedores com bons conhecimentos de técnicas de gerência. Duas faces de uma moeda só: sucesso da empresa mineira, seja do ponto de vista do mercado financeiro, seja do ponto de vista social.

Novos cursos, como o Projeto Plug, destinado em especial aos alunos das escolas públicas, cursos noturnos, ampla divulgação de matérias ligadas a gerência e empreendedorismo nas escolas públicas, projeto Vitrine e mais e mais, firmaram um projeto de sonho daquela época em uma realidade que provocou efetivamente melhoria de desempenho das empresas mineiras e aumentou a sua vida. E mais: trouxe para o mercado uma leva de profissionais-empreendedores de qualidade internacional, que estão mudando a face da economia mineira.

Exemplos disso não faltam. É só olhar e ver empresas novas bem sucedidas e seus profissionais oriundos das hoje chamadas Escolas de Formação Gerencial. Mudou o nome, mas agora cabe preservar o conceito bem sucedido e que faz de Minas um lugar especial.

Stefan B. Salej
20.11.2014.

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