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Thursday, 6 November 2014

DA DIFICULDADE EM TER EMPRESA

Da dificuldade em ter empresa No campeonato mundial de dificuldades para gerir uma empresa, o Brasil ocupa entre 189 países o desonroso 120° lugar. Ou seja, nós estamos entre os piores do mundo na área de facilitar os negócios. Mas isso qualquer um que trabalha na área empresarial no Brasil sabe. Do padeiro ao industrial, do biscate ao comerciante. Mas, os dados sobre essa situação insustentável foram publicados mais uma vez pelo Banco Mundial, do qual o Brasil faz parte. Um dos dados mais impressionantes é, que entre os dez países mais importantes do mundo, o Brasil no último ano foi o único que não fez nenhuma reforma para reduzir os custos de gestão dos negócios. No Brasil alguns chamam isso do custo Brasil, onde incluem também a questão dos impostos. A vergonhosa situação que se repete há anos é por demais conhecida por todos e, enquanto há um programa governamental e empresarial claro em outros países para reduzir isso, nos não temos simplesmente um agenda de desburocratização na área empresarial. Para abrir uma empresa no Brasil, segundo o estudo do Banco Mundial, precisa de 120 dias, e estamos em 167° lugar do mundo. Bem, nesta área, o governo federal, com adaptações do Simples, fez alguns avanços que regularizam a situação, em especial dos empreendedores individuais. E para fechar uma empresa, é um verdadeiro inferno, que dura às vezes mais do que a própria vida do empresário. A esses custos todos, deve-se somar um custo não só dos aborrecimentos que o empresário tem, mas a desfocalização das suas atividades. Em vez de focar na sua principal atividade empresarial, tem que estar atento a uma quantidade enorme de procedimentos burocráticos em todos os níveis, que levam não só ao aumento dos custos, mas principalmente à redução da produtividade empresarial. Simples, o padeiro, em vez de cuidar bem do cliente e fazer um pãozinho melhor e mais barato, tem que dar atenção aos inúmeros fiscais e procedimentos contábeis que infernizam a vida dele e consequentemente prejudicam o seu cliente. Para as grandes empresas, essa situação é administrado através de departamentos jurídicos e contábeis, mas a maior parte do setor empresarial no Brasil é constituído por pequenas empresas. E a tudo isso devemos adicionar que a complexidade da burocracia exige também uma qualificação melhor dos profissionais da área. E eles se chamam contadores. Agora, chique é estudar administração, não contabilidade. E então, de cursos médios de contabilidade e gerência, como escolas do SEBRAE, nem podemos falar, porque praticamente não existem. Um grande ilusão é que estas soluções só dependem de Brasília. Os municípios e estados são grandes responsáveis pela maior parte das dificuldades. As licenças de construção, por exemplo, são de responsabilidade dos municípios. Sem falar os impostos e controles municipais na área de serviços e saúde. Os estados são responsáveis pelos cartórios e juntas comerciais, como outro exemplo do que pode melhorar. Em Minas, nós últimos 12 anos, o atraso nessa área reduziu os níveis de competitividade das empresas de forma assustadora, tempo a ser recuperado rápido, antes que seja tarde. Stefan B. Salej 31.10.2014.

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