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Friday, 15 April 2016

DO BRASIL VISTO DE FORA

DO BRASIL VISTO DE FORA

O Brasil não é um país qualquer. Não só é antiga potência em futebol, mas ainda é grande celeiro de música, organizador  dos próximos Jogos Olímpicos e  Para –Olímpicos no Rio de Janeiro, pais de 200 milhões de habitantes e uma costa de mais 8 mil quilômetros e um território de 8.5 milhões de quilômetros quadrados. É a oitava economia do mundo, presente com suas representações diplomáticas em mais de 150  países. É uma terra que acolheu milhares de imigrantes do mundo inteiro, lar de milhares de empresas estrangeiras de todos os cantos do mundo. E o fornecedor de alimentos mais importante do mundo.

BRASIL  se escreve no mundo com letras maiúsculas, e se pronuncia com respeito! Em, tem zica, dengue, tuberculose, N1H1 e não sei mais o que, está  atrasado em competitvidade e vive uma das maiores crises da sua historia. A economia está despencando, as empresas, fechando, o número de desempregados,  aumentando, e os processos anti-corrupção aparecendo cada dia mais, com mais presos e mais acusações. Em resumo, um retrato difícil de dizer animador.

O sistema político está em polvorosa, tentando encontrar seus caminhos para a crise  que ele mesmo criou, nefasta em todos os setores. Um país  que, através de instrumentos constitucionais procura soluções dentro do regime democrático. Bonito, e creio verdadeiro, mas nem todos no mundo estão, como também não no Brasil, crentes que a solução através de impeachment, foi constitucional e democrática. O Brasil, com suas fraquezas, que vão desde zica até rebuliço político, é hoje noticia e preocupação de todos os governos do mundo. Todos estão preocupados, não só com o que acontece hoje no Congresso, mas qual é o futuro. O que os atores políticos vão fazer, que alianças serão feitas e quais reformas passarão pelo Congresso após o impeachment.

Algo que o mundo quer saber é se as pedaladas fiscais (algo totalmente incompreensível para qualquer economista de país  serio e um bom exemplo para os não sérios, onde não tem leis de responsabilidade fiscal) são o único pecado de política monetária. Se por acaso não estamos presenciando  o fenômeno argentino de falsificação de dados estatísticos. Temos mesmo as reservas que dizem que temos? O déficit é esse mesmo, ou foi maquiado?
O mundo inteiro quer que Brasil saia desse círculo vicioso e volte a se estabilizar, crescendo. BRASIL se escreve no mundo inteiro com letras maiúsculas. Agora, só falta ser um país  com letras maiúsculas.

STEFAN SALEJ

Sunday, 10 April 2016

DO IMPEACHEMENT, A FAVOR E CONTRA

As próximas semanas vão encher os nossos ouvidos e olhos com o processo de impeachment da Dilma Rousseff, Presidente ou Presidenta da República Federativa do Brasil. Por mais que nos isolemos, dedicarmos à família, futebol, música e negócios, esse é o assunto do dia, da semana e do mês. E com a queda da produção, o aumento do custo de vida, o desemprego, os juros e a falta de crédito para empresas, a queda do mercado, a instabilidade política que bate na porta de todos nós, não há como fugir, não há como se isolar. Todos estamos ansiosos para que essa agonia acabe, e os últimos três anos de desgoverno se transformem em uma nova perspectiva. Pelo menos, uma lanterna no fim do túnel da desgraça  econômica e social em que nos encontramos. Hoje essa lanterna fica piscando, sem sabermos se vai acender definitivamente ou não. Em resumo, tempo angustiante que nos leva a defender o nosso emprego, negócio é a nossa família. Em resumo, estamos todos na retranca.

Ampak, ou seja, mas, você tem seus papel nesses eventos. Aparentemente, são os deputados e senadores, coitados tiveram que trabalhar uma noite inteira e no fim de semana (algo que você como empresário faz 52 vezes por ano), que vão decidir o que vai acontecer. Pelo passado recente, só podemos desconfiar dessas decisões. E elas não nos dão nenhuma garantia, pelos discursos que vimos, de que as  mudanças que vêm garantem uma saída da crise, que consolide o crescimento do país, gerando emprego. Mas, eles são soberanos em sua decisão, como também os membros do judiciário. Uma vez entronizados no cargo, podem fazer o que quiserem, sem dar nenhuma satisfação a seja quem for. 

Isso é a verdade aparente. Numa democracia, a opinião pública pesa. E pesa muito para os políticos. Mesmo que, com a eleição, tenham ganho passe livre para tomarem decisões e agirem como quiserem, sabem que, dependendo de como votarem agora, podem ter ou não futuro político. No fundo, mesmo oferecidas as vantagens pessoais e cargos, se votarem diferentemente dos seus eleitores, perdem votos e perdem espaço político.

E aí mora perigo. Você eleitor sabe quem é seu deputado ou senador? Você, em especial empresário, expressou fora da gritaria na rua e na sua roda de amigos ou inimigos, sua indignação ou não, ao seu político? Provavelmente não. As pesquisas mostram que 95 % dos eleitores esqueceram o nome do político que elegeram.

Agora é a hora de se pronunciar. De dizer a ele o que você pensa, encher o telefone dele e  mail com sua opinião, ficar atento nos seus discursos, nas suas barganhas com cargos. Não basta criticar  e gritar, você tem que agir como cidadão. Porque se você não fizer isso, vai prevalecer o interesse individual, seja na sua entidade de classe, seja com seu político. Seja cidadão e exerça a cidadania. Simples, só isso. Aí sim, você pode influenciar e decidir.

Friday, 8 April 2016

DO PERU INQUEITO E DEMOCRÁTICO

DO PERU INQUEITO E DEMOCRÁTICO

Nosso vizinho amazônico passou 25 anos de relativa tranquilidade. Após  sangrenta luta contra a guerrilha Sandero Luminoso, não menos sanguinário, o democraticamente eleito presidente Fujimori foi preso por corrupção. Mas, o fujimorismo, que deu certa estabilidade econômica, continua vivo, aparecendo já pela segunda vez nas eleições presidenciais, com forte possibilidade de ganhar. A filha do Alberto, Keiko Fujimori, quase ganhou as eleições em 2011, e desta vez está com 45 % da intenções de votos.

Provavelmente, neste domingo, nas eleições gerais, a decisão irá para segundo turno. Há dois meses, havia candidatos muito fortes para derrotar Keiko, mas o Tribunal Eleitoral surpreendentemente cassou os dois: Guzman e Acuña. A cassação, do tipo latino-americano, sem ser compreendida por seja quem for, favoreceu Keiko e a outra candidata de esquerda, neo-chavista, Veronika Mendoza, que está ganhando nas pesquisas e, assim, é muito provável um segundo turno entre as duas.

Ou seja, fujimorismo, de direita, versus uma esquerda chavista, cujo modelo de gestão fracassou na América Latina. O Peru, que nos últimos 15  anos aumentou a renda per capita anualmente em 3 %, reduziu os níveis de  pobreza de 55 % em 2001 para 22 % em 2014, teve um crescimento bom e está enfrentando, com os preços baixos das matérias primas, um reajuste brutal da sua economia. Mesmo que as finanças públicas estejam em ordem, a dívida pública baixou de 37 % do PIB em  2000 para 3.6 % em 2014 ( para fazer inveja ao Brasil ), o país precisa de reformas e melhorar muito a saúde e a educação. E a infra-estrutura, que ainda anda atrasada, principalmente na integração física do país .

A eleição peruana tem ainda as características de instabilidade típicas dos países da região. Interferência  da Comissão Eleitoral na véspera de eleições com critérios dúbios,  e agressões dos candidatos (o ex- Presidente Alan Garcia xingou o candidato P.P.Kuscinsky, PPK, alegando que quem tem sangue judeu não pode ser presidente peruano), levaram a um duelo final de previsões incertas. O medo da volta do fujimorismo clássico ou da entrada do neo-chavismo, com Mendez, de 35 anos,  dão a dimensão do problema que a América do Sul vai enfrentar.

O Peru representa para Brasil um excelente mercado e, durante a campanha, as empresas de engenharia brasileiras foram acusadas, em função das investigações da Lava Jato, de financiarem a campanha presidencial. De que maneira essas investigações vão prosseguir e quais oportunidades vão se oferecer às  empresas brasileiras, só saberemos depois que as urnas abrirem.  Mas, só depois do segundo turno vamos saber qual será  a nossa nova relação com o vizinho amazônico na Costa Pacifica.

STEFAN SALEJ

8.4.2016.


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Monday, 4 April 2016

DOS START UP E DOWN

DOS START UP E DOWN


Nos dois primeiros dois meses deste ano, fecharam em Minas 5800 empresas, segundo a Junta Comercial do  Estado. E a FIEMG confirmou que o faturamento da indústria, no mesmo período, caiu 17 %. Quantos desempregados a mais há no Estado de Minas, não sabemos. Mas, se no país como um todo temos oito milhões de desempregados, nos Estados Unidos, que ainda possuem uma economia com crescimento, são adicionados 200 mil empregos por mês. Com muita alegria,  nós  vamos levar, se crescermos a partir do ano que vem a 5 %  ao ano, vinte anos para que essas pessoas  voltem a ser empregadas, sem falar nos jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Haja pedalada na vida de desempregado para conseguir emprego de novo!

Em todo esse tumulto econômico e buraco negro que os nossos políticos, com ajuda de alguns empresários, nos arrumaram, há de se reconhecer que muitos dos desempregados estão pegando na enxada do empreendedorismo e com muita energia começando a vida empresarial. É um movimento de resistência econômica, baseado no desespero, que apresenta a única alternativa para alguém que ainda tem algum recurso e conhecimento. Nesse segmento, o papel fundamental é do SEBRAE Minas. Deve estar de portas abertas e facilitar que esses novos empresários  tenham à sua disposição não só o conhecimento  para dirigir seus negócios, mas principalmente o mercado. E nesta área as oportunidades  digitais são de fundamental importância. O SEBRAE tem que aproximar mercados, começando pelo de Minas (o que alguém de Juiz de Fora vende em Diamantina) e os mercados no Brasil (quem vende no Piauí, mesmo?).

Mas a moda mesmo são as start up. Estão nascendo como cogumelos após a chuva nas florestas da Europa. Milhões de ideias, jovens entusiasmados e financiadores governamentais e similares, por todo lado. Nomes sofisticados, ideias sonhadores, e poucas empresas que nascem, das quais as melhores logos são  vendidas. Novos empregos? Quase nada. Ecossistemas de inovação e empreendedorismo, sem maiores influencias na economia do estado. Razões?

O suporte financeiro para start up não exige resultados, porque se vende a ilusão dos que os assistem de  que vale mais uma boa idéia do que uma boa idéia com boa colocação no mercado e boa gestão. Assistidos por entusiastas, até educados e com doutorado, mas que não seguem nenhuma metodologia e nunca produziram nada, além de emprego fixo na entidade pública ou privada.

Temos que apoiar sim os start up, mas com metodologia e com resultados. Parar de enganar os jovens com ajuda financeira sem resultados empresariais. Aliás, em São Paulo estão fazendo isso agora, com metodologia norte-americana  e o resultado é fantástico em termos de emprego e sucesso das start up. Em Minas, fica mais fácil distribuir dinheiro e enganar os jovens, do que organizar um ecosistema com metodologia, início, meio e fim. E o triste da história: o bom exemplo começou aqui, com a BIOMINAS e os clusters do projeto Cresce Minas.

Friday, 1 April 2016

DO TERRORISMO NUCLEAR

DO TERRORISMO NUCLEAR 

Na reunião dos 50 chefes de estado, liderada pelo Presidente dos Estados Unidos, sobre segurança nuclear, faltaram dois. Um, porque as relações com os Estados Unidos não andam bem, mesmo se contém, junto com os americanos, 90 % dos 7000 mísseis nucleares do mundo. Putin não veio. E a Presidente brasileira também não. Veio e participou ativamente outro membro dos BRICS, o presidente chinês Xi. A brasileira, que entre outras faltas de políticas, não tem nenhuma política referente ao uso de energia nuclear, não fez falta, mas só confirmou que o país, também nesse assunto, não é player internacional. E dos cinco membros dos BRICS, que estão como movimento moribundo, quatro são muito importantes na área nuclear. Três, India,China e Rússia, têm bomba atômica.

O grande problema hoje em dia nessa área é o chamado terrorismo nuclear. Aliás, pela quantidade de filmes norte-americanos sobre  assunto, a preocupação existe desde que bomba atômica foi criada. De um lado, os que a fizeram, em 1945 e depois, Estados Unidos e Rússia, Grã Bretanha e França, quiseram manter o clube fechado. A entrada posterior da Índia, China e Paquistão no clube desequilibrou o sistema. O Irã não chegou a entrar, e não foi convidado à Conferência de Washington.

Mas, o desequilíbrio e a preocupação cresceu mesmo com a reorganização geopolítica do Leste Europeu. Com o desaparecimento de União Soviética, o seu arsenal nuclear ficou à disposição de várias mãos e hoje não se tem dúvida de que os Estados Unidos e seus aliados, no afã de destruir União Soviética, não avaliaram todas as consequências nessa área e nem se prepararam para as consequências. O mundo ficou mais perigoso!

Hoje, sem diálogo entre os maiores donos de arsenal nuclear, não há paz, e o perigo continua grande. Por outro lado, diante da falta de cooperação entre agências de segurança, o banditismo nuclear representa sim um perigo para o mundo. Não apenas se os terroristas possuírem os artefatos nucleares, mas também se, como foi o caso na Bélgica, constituírem ameaça de atacar usinas nucleares. Esse  perigo é também real e não faz só  o imaginário do cinema.

Mas, o mais impressionante dessa história, é que só 4 % do urânio enriquecido no mundo, é usado para fins pacíficos. O Brasil abriu mão de ter a bomba atômica, apesar de ter condições tecnológicas e depósitos de urânio em condições de fazer. Mas, o pior, abriu mão de avançar muito no uso pacífico da energia nuclear, o que não aconteceu na Argentina, que teve  avanços significativos na área de uso pacífico. Medicina, agricultura, e outros, são campos fundamentais para o nosso futuro desenvolvimento. Aliás, Minas foi centro de pesquisas, com o IPR, Instituto de pesquisas radioativas e mineração de urânio, em Poços de Caldas. Ainda existe, mas não é  ator fundamental de nosso desenvolvimento. 

Monday, 28 March 2016

DO EMPREGO E DESEMPREGO

DO EMPREGO E DESEMPREGO

Não importa muito se temos dez milhões de desempregados, enquanto você, ou alguém muito próximo a você, não estiver desempregado.

Importa muito para todos nós, se temos dez milhões de desempregados. O número de pedintes nas ruas, sem casa, sem teto, e sem emprego, está aumentando a cada dia. E os desempregados não  são consumidores, não geram economia. A cada dia mais desempregados, mais empresas fechando, mais empresas desempregando.

Essa é a verdadeira crise brasileira. Não são estatísticas, trata-se de famílias, de pessoas, de jovens sem perspectiva, sem possibilidades de estudar, e muito menos com possibilidades encontrar um emprego.

E quem está preocupado com isso? Para começar, você sabe o nome do Ministro do Trabalho e Emprego do Governo  Dilma? Provavelmente não, porque no governo do Partido dos trabalhadores , esse ministério não tem nenhuma importância para criar empregos, mas muita importância para fortalecer sindicatos e administrar FGTS, cobrindo os déficits públicos. Cobrindo buracos das finanças públicas.

O mesmo vale para o governo estadual. Quem mesmo é responsável pela geração de empregos no Estado?

A situação é dramática, com grande perspectiva de piora. Mesmo com mudança de governo, ninguém dos que estão na fila para comandar o país  fala de emprego. Falam de mercado, de consolidação das finanças, leia dos bancos e públicas, déficit e não sei mais o que, mas como gerar mais emprego, como estancar desemprego, não.

Algumas soluções estão ao alcance da nossa mão. A primeira é os sindicatos dos trabalhadores e empregadores criarem condições de requalificação profissional. O mercado de trabalho mudou, precisa de outros profissionais e o papel dos Sistema S é esse. Em Minas, temos tecnologia alemã, usada na crise de desemprego que é a de empresas simuladas aplicada pelo SEBRAE. Ela tem que sair da escolas para criar condições de mercado de trabalho. Aliás, o número de pessoas que abrem seu próprio negocio está crescendo, mas a sua preparação para manter o negocio é ínfima. O mesmo vale para as start ups. Muita onda, alguns bons exemplos, muito dinheiro público, mas pouco resultado empresarial na criação de empregos.

De reforma de legislação trabalhista, ninguém fala. Qualquer que seja o governo, desemprego crescente, com alto custo de vida, é insustentável do ponto de vista social e econômico.
Criar empregos deve ser a prioridade número um de todos os políticos. E não é para ser para só para eles mesmo. Veja o exemplo do PROMINAS, onde o protesto do PC do B (partido que deveria cuidar de trabalhadores) é para manter cargos e empregos deles mesmo e não cuidar de interesses de todos. Se um partido marxista age assim, imagine os demais! Essa é triste realidade.

Thursday, 24 March 2016

DO TERROR NA BELGICA

DO TERROR NA BÉLGICA

Os belgicanos, como os chamava o lendário goleiro do Atlético mineiro e depois comentarista esportivo, Kafunga, foram vítimas de um torpe ataque terrorista, quatro dias após prenderem um dos líderes dos ataques em Paris de novembro passado. Mais de 200 feridos e 34 mortos em Bruxelas somam-se a um número cada vez de vítimas dos ataques do Estado Islâmico. Na Cidade Luz no ano passado, após os atentados de Londres há alguns anos, no metrô de Madrid, e mais alguns outros lugares que viveram mortes, sobram sobraram físicas e medo. Com todas as declarações dos políticos, Não vencerão, o Terror não vai ganhar e similares, o fato é que, mesmo com trégua temporária da guerra na Siria, onde foram mortas mais de 200 mil pessoas, e surgiram mais de 2 milhões de refugiados, a Europa está especificamente  sendo atacada.

O que aconteceu em Bruxelas, capital da União Européia, e sede da aliança militar OTAN, era esperado. O próprio primeiro-ministro do país disse isso. Os israelenses avisaram algum tempo atrás ao governo belga que as medidas de segurança no país não geram segurança. Há relaxamento, inclusive na segurança do aeroporto. O terrorista preso e responsável pelos ataques em Paris escondia-se há quatro meses numa cidade com um décimo da população de São Paulo, e a policia  não o achou. E a Bélgica é o pais que, com 4 % de sua população muçulmana, mais combatentes fornece para  a guerra na Síria.

Todos os analistas concordam que Bélgica está  desorganizada, relaxada e confusa quanto ao item segurança. A disputa entre os flamengos e francófonos dividiu o país, tornou-o ingovernável e enfraquecido na sua gestão publica. Quarenta por cento dos jovens entre 18 e 25 anos muçulmanos estão desempregados. E são belgas. O comércio de drogas e armas está sem controle. E isso só aumenta a possibilidades de terrorismo, que recentemente teve também o capítulo do ataque ao Museu Judaico, e outras manifestações ante semitas.

Se o país, que possui duas organizações internacionais de relevo, a União europeia e a OTAN, considerado capital  da Europa, não se re-estruturar e reorganizar, deixando de ser de forma involuntária um celeiro de terroristas, não há quem possa ajudar. Um dos terroristas do ataque ao aeroporto de Bruxelas foi devolvido pela Turquia à Bélgica e os belgas o deixaram solto, apesar do aviso turco.

A lição está clara: o país enfraquecido pelas lutas internas é um celeiro para os terroristas. E a Europa tem que acordar de vez e passar de bravatas, após as mortes, para uma análise da situação profunda e ação eficaz. Ou então, saber que vai perder mais batalhas, perdendo a guerra que começou quando permitiram o genocídio na Bósnia dos muçulmanos provocado pelos croatas e sérvios.
No Brasil temos que de vez entender que lá ha uma guerra em curso e que isso nos afeta, em muito.