As próximas semanas vão encher os nossos ouvidos e olhos com o processo de impeachment da Dilma Rousseff, Presidente ou Presidenta da República Federativa do Brasil. Por mais que nos isolemos, dedicarmos à família, futebol, música e negócios, esse é o assunto do dia, da semana e do mês. E com a queda da produção, o aumento do custo de vida, o desemprego, os juros e a falta de crédito para empresas, a queda do mercado, a instabilidade política que bate na porta de todos nós, não há como fugir, não há como se isolar. Todos estamos ansiosos para que essa agonia acabe, e os últimos três anos de desgoverno se transformem em uma nova perspectiva. Pelo menos, uma lanterna no fim do túnel da desgraça econômica e social em que nos encontramos. Hoje essa lanterna fica piscando, sem sabermos se vai acender definitivamente ou não. Em resumo, tempo angustiante que nos leva a defender o nosso emprego, negócio é a nossa família. Em resumo, estamos todos na retranca.
Ampak, ou seja, mas, você tem seus papel nesses eventos. Aparentemente, são os deputados e senadores, coitados tiveram que trabalhar uma noite inteira e no fim de semana (algo que você como empresário faz 52 vezes por ano), que vão decidir o que vai acontecer. Pelo passado recente, só podemos desconfiar dessas decisões. E elas não nos dão nenhuma garantia, pelos discursos que vimos, de que as mudanças que vêm garantem uma saída da crise, que consolide o crescimento do país, gerando emprego. Mas, eles são soberanos em sua decisão, como também os membros do judiciário. Uma vez entronizados no cargo, podem fazer o que quiserem, sem dar nenhuma satisfação a seja quem for.
Isso é a verdade aparente. Numa democracia, a opinião pública pesa. E pesa muito para os políticos. Mesmo que, com a eleição, tenham ganho passe livre para tomarem decisões e agirem como quiserem, sabem que, dependendo de como votarem agora, podem ter ou não futuro político. No fundo, mesmo oferecidas as vantagens pessoais e cargos, se votarem diferentemente dos seus eleitores, perdem votos e perdem espaço político.
E aí mora perigo. Você eleitor sabe quem é seu deputado ou senador? Você, em especial empresário, expressou fora da gritaria na rua e na sua roda de amigos ou inimigos, sua indignação ou não, ao seu político? Provavelmente não. As pesquisas mostram que 95 % dos eleitores esqueceram o nome do político que elegeram.
Agora é a hora de se pronunciar. De dizer a ele o que você pensa, encher o telefone dele e mail com sua opinião, ficar atento nos seus discursos, nas suas barganhas com cargos. Não basta criticar e gritar, você tem que agir como cidadão. Porque se você não fizer isso, vai prevalecer o interesse individual, seja na sua entidade de classe, seja com seu político. Seja cidadão e exerça a cidadania. Simples, só isso. Aí sim, você pode influenciar e decidir.
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