politica internacional, visao de Europa,America Latina,Africa, economia e negocios international politics, business, Latin America-Europa-Africa
Thursday 25 December 2014
DO MUNDO QUE NOS ESPERA EM 2015
A percepção do que aconteceu de mais importante no ano 2014 varia de país para país, de pessoa para pessoa. Podemos concordar porém que alguns eventos atingiram o mundo inteiro. Mas, antes disso não há dúvida alguma, em termos internacionais, a realização da Copa no Brasil e a nossa vexaminosa derrota para Alemanha é para cada um dos brasileiros um fato inesquecível e marcante. Por outro lado, o aumento de desastres naturais, mudança de clima e de temperaturas afetaram o mundo como um todo. E o Ebola, que provocou a morte de mais de dez mil pessoas e está longe de ser dominado. Os terroristas islâmicos, a guerra interminável na Síria, com milhões de refugiados e os ataques de grupos palestinos a Israel também marcaram a presença no cenário mundial. A guerra no Afeganistão que não acaba, e o conflito na Ucrânia que começou, teve lances trágicos de derrubada de avião civil e continua.
A isso tudo e muito mais pode-se adicionar o descongelamento de relações entre Estados Unidos e Cuba, a perversa situação política na Venezuela, onde a situação econômica está se deteriorando e as dificuldades sempre presentes na vizinha Argentina. E mais, a queda vertiginosa do preço das matérias primas, onde só o café se salvou. A China diminuindo o seu ritmo, a Europa engatinhando e Estados Unidos dominando novamente o desenvolvimento mundial.
O que passou, alguns dizem que é um ano para esquecer, passou e nos deixou algumas lições para 2015. O novo ano traz mais incertezas do que tranqüilidade. Está porém claro que as políticas de baixar os preços de petróleo e aproveitar o conflito entre Rússia e Ucrânia para castigar o urso russo estão desenhando um mundo novo, diferente daquele que vimos 25 anos após a queda do muro. As potências mundiais estão redesenhando o mapa, mas com a presença da China, que se tornou número dois no cenário econômico. Os conflitos regionais, como do Oriente Médio, e o crescimento do poderio nuclear do Irã ainda dominado pelos clérigos muçulmanos radicais, provavelmente vão continuar. O da Ucrânia, também e nada mostra o fim do conflito da Síria ou a derrota dos radicais islâmicos. O terrorismo islâmico radical continuará sendo um dos nossos inimigos globais mais perigosos e que vai afetar a vida de cada um de nós.
Mudanças climáticas, mesmo com alguns acordos pífios conseguidos nós últimos tempos, são desprezados em função de interesses individuais de grandes jogadores no tabuleiro mundial.O mesmo vale para os acordos comerciais patrocinados pela Organização Mundial do Comércio.Prevalecem os interesse de grandes países em total detrimento da maioria do mundo. Na base simples: manda que pode e obedece quem tem juízo.
Onde fica o Brasil, com o cambaleante Mercosul e outras alianças na América Latina, cabe a cada um de nós avaliar e ao governo determinar o rumo do país no mundo.
Stefan Salej
25.12.2014.
Friday 19 December 2014
DA CUBA VIVA ou VIVA CUBA
De Cuba viva ou viva Cuba
Foi o adorado Presidente Kennedy que, em 1962, rompeu as relações diplomáticas dos Estados Unidos com Cuba. De um lado enfrentou Fidel Castro, com mísseis russos virados para os Estados Unidos, e de outro lado tentou invadir Cuba através da Baia dos Porcos, em um dos maiores fracassos militares norte-americanos. E agora, 52 anos depois, outro democrata na presidência norte-americana declara que todo esse bloqueio foi em vão, os cubanos não mudaram, continuam comunistas e os Estados Unidos só perderam. Realmente um jogo perde-perde no lugar de ganha -ganha.
Um ano e meio de negociações, com a ajuda do Canadá e da Santa Sé, resultaram em uma abertura entre os dois países, que veio seis anos após a eliminação das sanções européias contra Cuba, processo que aconteceu durante a Presidência da Eslovênia do Conselho Europeu. Troca de espiões, estabelecimento de embaixadas nos dois países, novas medidas para a remessa de dinheiro e mais uma série de outras são importantes, mas ainda há um caminho longo a ser percorrido. E as razões do lado dos norte-americanos são claras: Cuba estava estreitando cada vez mais suas relações com a China, estavam perdendo mercado e os latino-americanos estavam se afastando deles por causa dessa situação perversa. E mais: dois milhões de cubanos na Florida, um dos colégios eleitorais que pode decidir as próximas eleições, almejavam uma mudança dessa política que só prejudicava a todos e não mudava nada.
Agora o processo de mudança começou e as negociações para resolver tudo vão ser difíceis e demoradas. Mas, a principal mudança, que é que os Estados Unidos aceitam o modelo chinês em Cuba, ou seja o regime comunista com liberdade de mercado, começou. E com isso as empresas norte-americanas terão um novo lugar de investimentos, verdadeiro maná a 150 km de Miami, não só para grandes corporações mas também para as pequenas e médias empresas. E em especial as dos descendentes de imigrantes cubanos, hoje já cidadãos americanos, que têm conhecimento da cultura e da língua e têm capital. Cuba será invadida pelo capital cubano-americano. Na ilha tem espaço para a expansão, mão de obra qualificada e de baixo custo e não tem nem CUT para promover greve.
Muda também toda a relação dos Estados Unidos com os países da América Latina. Como vai ficar agora Organização dos Estados Americanos, da qual Cuba não participava? E os outros novos organismos regionais como UNASUL e CELAC? E como fica o Brasil nessa história?
Talvez com a nova prosperidade ficaremos mais tranqüilos de que os cubanos vão ter dinheiro para pagar os empréstimos do BNDES. Mas, vamos enfrentar uma concorrência das empresas do Tio Sam para as quais não temos cacife. Nem capital, nem agilidade empresarial e agora os cubanos tem novos amigos velhos. Ainda temos um pouco de tempo para ganharmos espaço, mas não muito. Senão, perdemos tudo o que já investimos e não aproveitamos bem a oportunidade. Tempos novos.Viva Cuba.Viva os Estados Unidos.
Stefan Salej
18.12.2014.
Saturday 13 December 2014
DOS HUMANOS E SERVIÇOS
Dos humanos e serviços
Quem é o mais importante num negócio: o cliente ou o empresário? O ovo ou a galinha? Esta discussão nunca terminou e nunca vai terminar. Sem empresário não há oferta de serviços ou produtos e sem cliente não há quem compre. Mas, vamos ver primeiro como é ser cliente no Brasil, claro que sempre com exceções que confirmam a regra. Ser cliente no Brasil é ter enorme paciência com os serviços que lhe são oferecidos. Seja de grande empresas, seja de serviços mais simples como reparos domésticos. Você ser rejeitado na recepção de um banco porque estamos com clientes demais e não podemos, atendê-lo, é brincadeira. Os serviços de telefonia, a não ser de telemarketing, onde lhe despejam aos ouvidos centenas de palavras com rapidez de serra elétrica para lhe vender algo mais caro, são piores do que no pior país do continente africano. E qualquer comunicação que você faz com os fornecedores é o tal de apertar um, depois cinco, depois três e depois esperar para que alguém na Bahia atender alguém do Rio Grande do Sul, de uma coisa chamada call center, sem saber de que se trata e lhe ameaçar que está gravando tudo para lhe processar se você perder paciência e reclamar mais.
Reclamar na loja ou diretamente, este pão de queijo está frio e salgado demais, é uma ofensa pessoal.Imagina, reclamar de mim que trabalho dez horas por dias, viajo duas horas para chegar e voltar do serviço e ganho salário mínimo e tenho chefe me enervando o tempo todo e agora vem você o cliente chato? Qual é! Eu também sou humano, ora bolas!
Essa relação tem que mudar e é a grande chance de pequenos empresários e novos empreendedores a mudarem. E com isso ganharem um espaço econômico-financeiro. O contato do proprietário da empresa, que cuida diretamente do cliente, pode ser um adicional importante nos ganhos da empresa. Mas, para atingir esse objetivo, o empresário precisa de treinamento específico. Deve entender que essa percepção da qualidade lhe trará dados importantes sobre os produtos e serviços que oferece. Alguém que se aventura a ser empresário e acha que o cliente é a coisa mais chata do negócio tem mais é que procurar outra coisa a fazer. O cliente pode não ter sempre razão, mas com certeza é ele que paga pelos produtos e serviços.
E mais, essa mentalidade deve ser transmitida através de orientação, treinamento e boas condições de trabalho a todos os funcionários. Mas, fato é que se o dono não pensa assim, você não pode esperar que os funcionários ajam diferentemente.
Nas grandes empresas, onde os executivos e mesmo os donos se afastam cada vez mais dos clientes, deixando tudo por conta do marketing, vendas e outras engenhocas, o problema ainda é mais sério. Duvido que o Presidente da uma telefônica brasileira tentou alguma vez reclamar dos serviços da própria empresa. Ou que os executivos dos grandes mercados enfrentem filas. Ou os diretores de bancos entrem sequer nas agências mal enjambradas e conversem com clientes e funcionários.
Então, vamos mudar isso. Para simpatia com sorriso e jeitinho, para simpatia da eficiência e respeito. Os dois ganham, o cliente e fornecedor, seja quem for.
Stefan SALEJ
12.12.2014.
Quem é o mais importante num negócio: o cliente ou o empresário? O ovo ou a galinha? Esta discussão nunca terminou e nunca vai terminar. Sem empresário não há oferta de serviços ou produtos e sem cliente não há quem compre. Mas, vamos ver primeiro como é ser cliente no Brasil, claro que sempre com exceções que confirmam a regra. Ser cliente no Brasil é ter enorme paciência com os serviços que lhe são oferecidos. Seja de grande empresas, seja de serviços mais simples como reparos domésticos. Você ser rejeitado na recepção de um banco porque estamos com clientes demais e não podemos, atendê-lo, é brincadeira. Os serviços de telefonia, a não ser de telemarketing, onde lhe despejam aos ouvidos centenas de palavras com rapidez de serra elétrica para lhe vender algo mais caro, são piores do que no pior país do continente africano. E qualquer comunicação que você faz com os fornecedores é o tal de apertar um, depois cinco, depois três e depois esperar para que alguém na Bahia atender alguém do Rio Grande do Sul, de uma coisa chamada call center, sem saber de que se trata e lhe ameaçar que está gravando tudo para lhe processar se você perder paciência e reclamar mais.
Reclamar na loja ou diretamente, este pão de queijo está frio e salgado demais, é uma ofensa pessoal.Imagina, reclamar de mim que trabalho dez horas por dias, viajo duas horas para chegar e voltar do serviço e ganho salário mínimo e tenho chefe me enervando o tempo todo e agora vem você o cliente chato? Qual é! Eu também sou humano, ora bolas!
Essa relação tem que mudar e é a grande chance de pequenos empresários e novos empreendedores a mudarem. E com isso ganharem um espaço econômico-financeiro. O contato do proprietário da empresa, que cuida diretamente do cliente, pode ser um adicional importante nos ganhos da empresa. Mas, para atingir esse objetivo, o empresário precisa de treinamento específico. Deve entender que essa percepção da qualidade lhe trará dados importantes sobre os produtos e serviços que oferece. Alguém que se aventura a ser empresário e acha que o cliente é a coisa mais chata do negócio tem mais é que procurar outra coisa a fazer. O cliente pode não ter sempre razão, mas com certeza é ele que paga pelos produtos e serviços.
E mais, essa mentalidade deve ser transmitida através de orientação, treinamento e boas condições de trabalho a todos os funcionários. Mas, fato é que se o dono não pensa assim, você não pode esperar que os funcionários ajam diferentemente.
Nas grandes empresas, onde os executivos e mesmo os donos se afastam cada vez mais dos clientes, deixando tudo por conta do marketing, vendas e outras engenhocas, o problema ainda é mais sério. Duvido que o Presidente da uma telefônica brasileira tentou alguma vez reclamar dos serviços da própria empresa. Ou que os executivos dos grandes mercados enfrentem filas. Ou os diretores de bancos entrem sequer nas agências mal enjambradas e conversem com clientes e funcionários.
Então, vamos mudar isso. Para simpatia com sorriso e jeitinho, para simpatia da eficiência e respeito. Os dois ganham, o cliente e fornecedor, seja quem for.
Stefan SALEJ
12.12.2014.
Thursday 11 December 2014
DAS TORTURAS LÁ E CÁ
Das torturas lá e cá
Três eventos históricos marcaram a semana: a divulgação do relatório da Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos sobre o uso de tortura pela CIA, principal agência de espionagem norte-americana, a divulgação do relatório final da Comissão da Verdade no Brasil, sobre os crimes cometidos pelos governos militares, e a chegada ao Uruguai de quatro prisioneiros terroristas islâmicos da prisão de segurança máxima Guantanamo, em Cuba.
Onde os três eventos se cruzam e que eles têm de comum? Primeiro, os quatro terroristas que foram ao Uruguay fazem parte integrante do que está descrito nas 6000 páginas do relatório norte-americano. A equipe sob presidência da senadora democrata da Califórnia, Dianne Feinstein, descreve com base em milhares de documentos os detalhes sórdidos do que acontecia com os presos deslocados para 54 países que colaboraram com as prisões secretas. E os quatro passaram por isso tudo e mais alguma coisa não descrita. Acontece que quem os acolhe é o antigo prisioneiro político hoje Presidente do Uruguay José Mujica, que vai entregar o governo ao igual antigo opositor ao regime militarTabaré Vasquez, cujo Vice-Presidente é Raul Sendic, nada mais e nada menos que líder dos Tupamaros, guerrilheiros uruguaios que seqüestravam, roubavam bancos e eram exemplo para os Montoneros argentinos e grupos armados de oposição no Brasil.
E aí, o relatório da Comissão da Verdade, presidida pelo professor Pedro Dallari, divulga também os detalhes de como funcionava a ditadura militar no Brasil, identificando 377 torturadores e 434 mortos. O relatório brasileiro também descreve os métodos de tortura usados na repressão brasileira. Mas, onde está linha que liga os torturados no Uruguai, terroristas islâmicos da Al Qaida e similares, e os brasileiros mencionados no relatório da Comissão da Verdade? Simples: em Belo Horizonte existia uma rua com nome de Dan Mitrione, que, na década de 60, assessorava os policiais mineiros em como obter as confissões dos presos políticos através de tortura. E ele era funcionário de quem? Da CIA que, junto com os militares brasileiros e uruguaios, sem falar nos chilenos e argentinos, promovia, com uso intenso de tortura e outros métodos, o combate ao chamado terrorismo de esquerda. A bem da verdade, não foi só Mitrione, foi todo um processo com escola no Panamá e mais vinda de policiais ingleses, que trouxeram as tecnologias experimentadas na Irlanda de Norte.
A questão básica dos relatórios em questão, não é só a discussão do uso de tortura, se é ou não permitido e em que grau, é como funcionam as comunidades de informações ou espionagem nos regimes democráticos. O relatório da Senadora Feinsten, disponível na internet, mostra que a CIA fazia o que bem entendia em nome da segurança dos cidadãos americanos. O mesmo diziam os militares brasileiros. Os sistemas de repressão ou de tortura funcionam à margem do governos, se internacionalizam e são poder acima de poder. E a democracia se torna assim mesmo com seus defeitos o único sistema que ainda controla um pouco isso. Na ditaduras, nem isso.
Stefan Salej
11.12.2014.
Três eventos históricos marcaram a semana: a divulgação do relatório da Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos sobre o uso de tortura pela CIA, principal agência de espionagem norte-americana, a divulgação do relatório final da Comissão da Verdade no Brasil, sobre os crimes cometidos pelos governos militares, e a chegada ao Uruguai de quatro prisioneiros terroristas islâmicos da prisão de segurança máxima Guantanamo, em Cuba.
Onde os três eventos se cruzam e que eles têm de comum? Primeiro, os quatro terroristas que foram ao Uruguay fazem parte integrante do que está descrito nas 6000 páginas do relatório norte-americano. A equipe sob presidência da senadora democrata da Califórnia, Dianne Feinstein, descreve com base em milhares de documentos os detalhes sórdidos do que acontecia com os presos deslocados para 54 países que colaboraram com as prisões secretas. E os quatro passaram por isso tudo e mais alguma coisa não descrita. Acontece que quem os acolhe é o antigo prisioneiro político hoje Presidente do Uruguay José Mujica, que vai entregar o governo ao igual antigo opositor ao regime militarTabaré Vasquez, cujo Vice-Presidente é Raul Sendic, nada mais e nada menos que líder dos Tupamaros, guerrilheiros uruguaios que seqüestravam, roubavam bancos e eram exemplo para os Montoneros argentinos e grupos armados de oposição no Brasil.
E aí, o relatório da Comissão da Verdade, presidida pelo professor Pedro Dallari, divulga também os detalhes de como funcionava a ditadura militar no Brasil, identificando 377 torturadores e 434 mortos. O relatório brasileiro também descreve os métodos de tortura usados na repressão brasileira. Mas, onde está linha que liga os torturados no Uruguai, terroristas islâmicos da Al Qaida e similares, e os brasileiros mencionados no relatório da Comissão da Verdade? Simples: em Belo Horizonte existia uma rua com nome de Dan Mitrione, que, na década de 60, assessorava os policiais mineiros em como obter as confissões dos presos políticos através de tortura. E ele era funcionário de quem? Da CIA que, junto com os militares brasileiros e uruguaios, sem falar nos chilenos e argentinos, promovia, com uso intenso de tortura e outros métodos, o combate ao chamado terrorismo de esquerda. A bem da verdade, não foi só Mitrione, foi todo um processo com escola no Panamá e mais vinda de policiais ingleses, que trouxeram as tecnologias experimentadas na Irlanda de Norte.
A questão básica dos relatórios em questão, não é só a discussão do uso de tortura, se é ou não permitido e em que grau, é como funcionam as comunidades de informações ou espionagem nos regimes democráticos. O relatório da Senadora Feinsten, disponível na internet, mostra que a CIA fazia o que bem entendia em nome da segurança dos cidadãos americanos. O mesmo diziam os militares brasileiros. Os sistemas de repressão ou de tortura funcionam à margem do governos, se internacionalizam e são poder acima de poder. E a democracia se torna assim mesmo com seus defeitos o único sistema que ainda controla um pouco isso. Na ditaduras, nem isso.
Stefan Salej
11.12.2014.
Wednesday 10 December 2014
Saturday 6 December 2014
DO FINAL DO ANO E PREVISÕES PARA O PRÓXIMO!
Do balanço e das previsões do final de ano
No final do ano corremos para fechar todos os balanços. Fiscais, dos impostos, das empresas e entidades, balanço de felicidades, de experiências, das formaturas, sejam das crianças ou dos universitários. Em resumo, puxamos a linha mais próxima do que aconteceu. O balanço da experiência que passou, às vezes comemorada com cachaça ou vinho. Mas, o relógio de tempo continua batendo as horas e o mundo continua girando. Efetivamente, final do ano é para fazer balanço, mas principalmente repensar o que nos espera nos próximos anos, não só no próximo ano.
Começamos pelo mundo que anda às turras com o terrorismo islâmico, os preços baixos do petróleo, o que não quer dizer no Brasil gasolina mais barata, desastres naturais e guerras violentas, como da Síria e, em grau nada menor da Ucrânia. Os Estados Unidos saindo da crise, a Europa se recuperando muito devagar, e a África e a Ásia, crescendo. E na América Latina, uns, como o Peru, Chile, Colômbia e até Bolívia e Ecuador crescendo, o México com problemas de criminalidade, e, na América Central, uns melhores e outros piores.
Como estão o Brasil e Minas, o leitor conhece melhor do que o comentarista. Não há dúvida de que, com o ano Novo, renovam-se as esperanças, sempre pensando que algo deve mudar para melhor. Almejamos que os novos governantes, ou os velhos re-eleitos, mudem as situações e, pelo menos por uns tempos, viveremos aguardando que as coisas melhorem, para quem sabe chegarmos à conclusão de que mudaram mesmo ou que tudo continua como d'antes no quartel de Abranches. E, nesse cenário de muito mais notícias ruins do que boas, como enfrentar o próximo ano após as festas, férias e carnaval?
Primeiro, enquanto você está festejando, comemorando, dançando e de férias, seus concorrentes não estão! Perder três meses de negócios, por mais que aleguemos que é preciso, não dá! Então tem que fazer um planejamento para reduzir os prejuízos nesse período. Em seguida, há que rever o que aprendemos no ano que passou e como vamos fazer no próximo ano. Pode chamar de planejamento estratégico, ir para um SPA em Ouro Fino, frequentar os cursos e workshop que quiser, mas se você, seus sócios e seus funcionários não souberem o que querem, nada disso vai ajudar muito. E nisso se inclui o planejamento familiar. O filho mais novo entra no jardim da infância ou está saindo da faculdade e vai trabalhar onde? Tem casamento à vista? Reforma da casa?E mais e mais. Folha de papel, lápis (pode ser tablet) e começar com seus sonhos, objetivos e custos.Seja na empresa, seja na família.
E em qualquer situação, e muito mais em época de crise, o negócio requer ainda mais dedicação ao cliente, produtos e serviços melhores e mão firme no caixa. Prumo e rumo e você chegará lá.
Stefan SALEJ
5.12.2014.
No final do ano corremos para fechar todos os balanços. Fiscais, dos impostos, das empresas e entidades, balanço de felicidades, de experiências, das formaturas, sejam das crianças ou dos universitários. Em resumo, puxamos a linha mais próxima do que aconteceu. O balanço da experiência que passou, às vezes comemorada com cachaça ou vinho. Mas, o relógio de tempo continua batendo as horas e o mundo continua girando. Efetivamente, final do ano é para fazer balanço, mas principalmente repensar o que nos espera nos próximos anos, não só no próximo ano.
Começamos pelo mundo que anda às turras com o terrorismo islâmico, os preços baixos do petróleo, o que não quer dizer no Brasil gasolina mais barata, desastres naturais e guerras violentas, como da Síria e, em grau nada menor da Ucrânia. Os Estados Unidos saindo da crise, a Europa se recuperando muito devagar, e a África e a Ásia, crescendo. E na América Latina, uns, como o Peru, Chile, Colômbia e até Bolívia e Ecuador crescendo, o México com problemas de criminalidade, e, na América Central, uns melhores e outros piores.
Como estão o Brasil e Minas, o leitor conhece melhor do que o comentarista. Não há dúvida de que, com o ano Novo, renovam-se as esperanças, sempre pensando que algo deve mudar para melhor. Almejamos que os novos governantes, ou os velhos re-eleitos, mudem as situações e, pelo menos por uns tempos, viveremos aguardando que as coisas melhorem, para quem sabe chegarmos à conclusão de que mudaram mesmo ou que tudo continua como d'antes no quartel de Abranches. E, nesse cenário de muito mais notícias ruins do que boas, como enfrentar o próximo ano após as festas, férias e carnaval?
Primeiro, enquanto você está festejando, comemorando, dançando e de férias, seus concorrentes não estão! Perder três meses de negócios, por mais que aleguemos que é preciso, não dá! Então tem que fazer um planejamento para reduzir os prejuízos nesse período. Em seguida, há que rever o que aprendemos no ano que passou e como vamos fazer no próximo ano. Pode chamar de planejamento estratégico, ir para um SPA em Ouro Fino, frequentar os cursos e workshop que quiser, mas se você, seus sócios e seus funcionários não souberem o que querem, nada disso vai ajudar muito. E nisso se inclui o planejamento familiar. O filho mais novo entra no jardim da infância ou está saindo da faculdade e vai trabalhar onde? Tem casamento à vista? Reforma da casa?E mais e mais. Folha de papel, lápis (pode ser tablet) e começar com seus sonhos, objetivos e custos.Seja na empresa, seja na família.
E em qualquer situação, e muito mais em época de crise, o negócio requer ainda mais dedicação ao cliente, produtos e serviços melhores e mão firme no caixa. Prumo e rumo e você chegará lá.
Stefan SALEJ
5.12.2014.
DO NELSON MANDELA UM ANO DEPOIS
Do Nelson Mandela um ano depois
Há exatamente um ano, faleceu na África do Sul o ex-Presidente daquele país que faz parte do grupo dos países BRICS, junto com Brasil, Rússia, China e Índia. Por 67 anos Nelson Mandela, que ganhou junto com seu adversário político, Frederik De Klerk, o Prêmio Nobel da Paz, lutou contra a opressão dos brancos contra os negros, contra a injustiça social e, ao sair da prisão após 27 anos, promoveu uma transição pacífica para um país democrático e socialmente menos injusto. Mandela, que casou após a saída de prisão com a viúva do ex-Presidente do Moçambique Samorá Machel, Graça, que esteve recentemente no Brasil, deixou um legado incomparável para a humanidade. Apesar de que muitos poucos lembraram nestes dias do aniversário da morte dele, o seu exemplo é seguido pelo mundo afora e os valores que ele preconizava são mencionados por milhares de pessoas diariamente.
A primeira pergunta é, como está África do Sul hoje, comparando com o que Mandela imaginava, e o que país se tornou. Essa discussão está hoje em pauta em toda África do Sul e as opiniões variam em muito. Claro que as análises levam em conta principalmente os interesses políticos e econômicos de diversos grupos. Mas, o fato inegável é que a África do Sul, sobre a qual caíram todas as mazelas do mundo, desde Aids até crise financeira, é um país em transição democrática normal. Ou seja, não virou um feudo como alguns de seus vizinhos, onde os líderes da resistência ao colonialismo se perpetuaram no poder com todos os benefícios financeiros, ou então as lutas tribais ou os interesses econômicos criaram estados em constante estado de matanças e guerras internas, além de golpes militares. A África do Sul não é nada disso e é um exemplo de exercício democrático, não só no continente como no mundo.Mas, isso não exclui as dificuldades, ajustes e desacertos e acertos nas políticas públicas e na condução do país.
A transição sul-africana também deixa algumas outras questões, como o que acontece quando um grupo revolucionário assume o poder e, como os sonhos, as suas lutas se tornam projeto do governo. Veja o que acontece em Cuba, Angola, Zimbábue e outros. A luta armada se esgota em um projeto político, e começa uma nova era. E fazer essa transição, mesmo para Congresso Nacional Africano, o partido centenário que, por intermédio do Madiba, como os Sul africanos chamam carinhosamente Mandela, chegou ao poder, não é fácil.
O fato é que muitos dos valores que Mandela pregava tornaram-se valores universais e exemplos de governança. E aí que entra também a questão de aliança brasileira com a África do Sul. Os dois países não só colaboram junto com a Índia dentro de uma aliança chamada IBSA, que tem ótima cooperação na área militar, especialmente naval, mas também na área de investimentos, comércio, ciência e tecnologia, educação, entre outros.E em tudo isso, nesse enorme potencial, Minas está mais ausente do que água em São Paulo. Perdendo oportunidades.
Stefan Salej
5.12.2014.
Há exatamente um ano, faleceu na África do Sul o ex-Presidente daquele país que faz parte do grupo dos países BRICS, junto com Brasil, Rússia, China e Índia. Por 67 anos Nelson Mandela, que ganhou junto com seu adversário político, Frederik De Klerk, o Prêmio Nobel da Paz, lutou contra a opressão dos brancos contra os negros, contra a injustiça social e, ao sair da prisão após 27 anos, promoveu uma transição pacífica para um país democrático e socialmente menos injusto. Mandela, que casou após a saída de prisão com a viúva do ex-Presidente do Moçambique Samorá Machel, Graça, que esteve recentemente no Brasil, deixou um legado incomparável para a humanidade. Apesar de que muitos poucos lembraram nestes dias do aniversário da morte dele, o seu exemplo é seguido pelo mundo afora e os valores que ele preconizava são mencionados por milhares de pessoas diariamente.
A primeira pergunta é, como está África do Sul hoje, comparando com o que Mandela imaginava, e o que país se tornou. Essa discussão está hoje em pauta em toda África do Sul e as opiniões variam em muito. Claro que as análises levam em conta principalmente os interesses políticos e econômicos de diversos grupos. Mas, o fato inegável é que a África do Sul, sobre a qual caíram todas as mazelas do mundo, desde Aids até crise financeira, é um país em transição democrática normal. Ou seja, não virou um feudo como alguns de seus vizinhos, onde os líderes da resistência ao colonialismo se perpetuaram no poder com todos os benefícios financeiros, ou então as lutas tribais ou os interesses econômicos criaram estados em constante estado de matanças e guerras internas, além de golpes militares. A África do Sul não é nada disso e é um exemplo de exercício democrático, não só no continente como no mundo.Mas, isso não exclui as dificuldades, ajustes e desacertos e acertos nas políticas públicas e na condução do país.
A transição sul-africana também deixa algumas outras questões, como o que acontece quando um grupo revolucionário assume o poder e, como os sonhos, as suas lutas se tornam projeto do governo. Veja o que acontece em Cuba, Angola, Zimbábue e outros. A luta armada se esgota em um projeto político, e começa uma nova era. E fazer essa transição, mesmo para Congresso Nacional Africano, o partido centenário que, por intermédio do Madiba, como os Sul africanos chamam carinhosamente Mandela, chegou ao poder, não é fácil.
O fato é que muitos dos valores que Mandela pregava tornaram-se valores universais e exemplos de governança. E aí que entra também a questão de aliança brasileira com a África do Sul. Os dois países não só colaboram junto com a Índia dentro de uma aliança chamada IBSA, que tem ótima cooperação na área militar, especialmente naval, mas também na área de investimentos, comércio, ciência e tecnologia, educação, entre outros.E em tudo isso, nesse enorme potencial, Minas está mais ausente do que água em São Paulo. Perdendo oportunidades.
Stefan Salej
5.12.2014.
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