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Friday, 24 October 2025

 DOS VIZINHOS SULAMERICANOS E SEUS PROBLEMAS

 

Os conflitos de Gaza e da Ucrânia nos afetam, mas estão longe. Masos ataques aos barcos de suposto narcotráfico na costa venezuelana e a concentração de tropas dos EUA no Caribe, é na fronteira do Brasil. A decisão norte-americana de romper com ajuda para combater produção de coca na Colômbia, éde novo, na nossa fronteira. A troca de Presidente no Peru, já se perdeu a conta de quantos, também é na vizinhança. A eleição do novo Presidente, de direita, após 20 anos de socialismo, na Bolívia, também é. E a injeção de nada menos do que 20 bilhões de dólares pelos EUA no caixa do governo argentino na véspera de eleições intermediárias do parlamento, que vão definir a governabilidade de Millei, nos afeta diretamente e muito. E tem mais as eleições em novembro no Chile, grande investidor no Brasil, a luta entre direita e esquerda.

Todos esses eventos são relacionados com os EUA e sua nova política em relação à América do Sul. Fazem parte da competição com China, que acabou através de investimentos e empréstimos, comércio aberto, e expansão de seus centros de cultura, além da base militar no extremo sul da Argentina, se tornando principal parceiro, substituindo EUA. Os chineses hoje não só sustentam com suas importações de minerais e commodities os balanços de pagamentos da maioria dos países sul-americanos, em especial Brasil e Argentina, mas são os principais investidores e criadores de empregos. Os norte-americanos perderam o mercado chinês para suas commoditiessubstuidos por soja brasileira e argentinamas também para seus produtos industrializados.

Sobrou a produção de coca e bandos de narcotraficantes, em especial na Colômbia, onde, com Plano Colômbia para combatê-losos EUA investiram mais de 15 bilhões de dólares com resultados pífios na redução de produção e distribuição de coca. Agora, com cessão da cooperação entre os dois países, como vai ficar o narcotráfico que já está se expandindo pelo Brasil afora?

A reação dos EUA, que não se podem permitir nem que China lhes tome os recursos e nem os mercados, era previsível, apesar de que os dirigentes sul-americanos alegam que estão surpreendidos. Tarifas, força militar, ajuda financeirae mais e mais, até ação secreta, vão fazer parte do cardápio para que, legitimamente ou não, consigam seus objetivos. Algumas ações, como ajuda financeira à Argentina, caso produzam resultados, são bons para Brasil. Argentina sólida é um bom mercado para nós. A briga com Colômbia é ruim, emuito preocupante. E com a Venezuelasó Deus sabe o que pode acontecer. Você se lembra da última crise na fronteira, milhares de refugiados. É bom que química funcione na conversa na Malásia entre Lula e Trump, porque a situação é bem complexa.


A questão é simples: como equilibrar a necessidade de ser independente, inclusive não só para os fins econômicos e sociais, mas para manter a chama viva de nacionalismo, que traz votos e dependência que o país tem de um parceiro ou não como EUA?? 


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