DE ARMAS NUCLEARES E INVESTIMENTOS NO BRASIL
O mundo levou um susto, no meio de tantos, com o conflito entre o Paquistão e aÍndia, na região disputada pelos dois países, a Cachemira. Uma parte da Índia, encostada no Himalaia, com lindos lagos e seus hotéis flutuantes, montanhas deslumbrantes, com casas encostadas nos morros de tal maneira que os lobos não possam entrar. E visitando esse pedaço de céu muitos anos atrás, dominado pela Índia e habitado por muçulmanos, os rádios só transmitiam em paquistanês. Notícias e música. E as pessoas só falavam em independência ou em se juntar aoPaquistão. Os poucos indianos eram ou da administração pública, do exército ou dapolícia. A economia, além do turismo, tapetes e artesanato, era pobre e baseada em uma agricultura familiar. Não usavam tratores, porque isso gerava desemprego.
E esse pedaço de céu virou recentemente, com o assassinato de 27 indianos por um terrorista paquistanês, um conflito armado entre os dois países. A India, com 1.438 milhões de habitantes, dos quais 300 milhões são muçulmanos, e o Paquistão, com 212 milhões. Mas, essa comparação é enganosa, quanto falamos das armas nucleares que os países possuem: A India, 160 e Paquistão, 165. O conflito que mediu as forças e teve combates aéreos entre aviões franceses Rafale, que Brasil não quis comprar, por parte da Índia e caças chineses do lado paquistanês, mostrou como é fácil iniciar uma guerra. O mundo definitivamente estava à beira de um conflito nuclear, que felizmente não aconteceu. Mas, mesmo com a paz, o conflito não terminou e tem tudo para reacender. No final das contas, essa é a quinta vez que os dois países se confrontam por causa dessa região fronteiriça.
Mas, o que mais aconteceu? Os Estados Unidos disseram que não vão entrar na briga. A China observou atentamente o que acontece na sua fronteira. As NaçõesUnidas, nada. E o mundo continuou mais preocupado com o fim dos conflitos emGaza e na Ucrânia. Ou seja, estamos nos acostumando com guerras.
Para o Brasil, que vai hospedar a reunião dos BRICS, dos quais a Índia é membro fundador, a continuação do conflito seria um complicador político. Teria que tomar partido. Temos uma relação militar com a Índia, exercícios das marinhas indianas e da África do Sul com o Brasil, e um razoável intercâmbio comercial. Mas, mais do que isso: a maior siderúrgica brasileira, Arcelor Mittal é indiana. Outra gigante, Tata, está executando a reestruturação de sistemas de informática da PETROBRAS. E mais e mais. E esses investimentos, em caso de um conflito mais prolongado, seriam afetados. Assim, o que parece distante, se torna de repente próximo demais.
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