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Friday, 2 May 2025

DAS GUERRAS DE SANGUE E SANGUE

 DAS GUERRAS DE SANGUE E SANGUE 

 

Estes dias um país relativamente pequeno, com dez milhões de habitantesestácomemorando ao mesmo tempo 77 anos de existência seu Yom Hazikaron, dia dalembrança dos caídos em guerra e vítimas do terrorismo. Israel não viveu um únicodia de paz nestes 77 anosTambém, em 9 de maioestamos comemorando os 82 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. E por graça do Tsar da RússiaPutin, os ataques russos à Ucrânia vão parar em homenagem à grande vitória russa naquelaguerra.

Com a Ucrânia temos, segundo Instituto ACLED, dez áreas de crises no mundoonde todos os segundos morrem pessoas. Para os brasileiros, que conheceram oúltimo conflito no seu território na Guerra do Paraguai,  150 anoshoje sãoconhecidos  os conflitos na Faixa de Gaza e na Ucrânia. Os demaiscomo noSahel, MiramarSudão e outros, é miragem de TV. Até os passados 50 anos do fimda Guerra do Vietnã, onde os Estados Unidos perderam um grande número de soldados, são mera reportagem da Globo. De vez em quando aparecem refugiadoscomo os do Líbano ou do Afeganistãopara nos lembrar que isso existe e quecomo por graça divinaestamos fora. Imunes.

Guerra, da qual sou filhosobreviventedeixa traumas para o resto da vida. Naoexiste conflito, guerra, mesmo cibernética, que não deixe sequelas profundas naspessoasNúmeros são números, mas sempre envolvem pessoas. É sangue para todo ladomorteferidos e perdas materiaisMesmo nos conflitos internoscomo são guerras entre criminosos nos países como o México e até Brasil.

Há aspectos econômicoscomo os da Ucrânia, que hoje despende 40 % do seu PIB para fins da guerra. Ou de desenvolvimento tecnológico para fins de defesa, queacabam beneficiando a sociedade como um todo. Paradoxalmentenão antes de ajudar matar todos. Lembre do filme Oppenheimer sobre bomba atômica. Eas despesas militares são, como nos EUA, com seu um trilhão de dólaresseguidospela China, com um terço desse valor, motor de existência econômica.

não vamos esquecer que enquanto uns perdemmesmo na guerra tarifária dos dias de hoje, outros ganhamOu territórios, ou, como a Argentina na SegundaGuerra, que teve  benefícios que perdeu em seguida, pela  gestão da paz .

mundo, como estánão vive sem conflitosMesmo com as Nações Unidas,fundadas para evitar esses conflitos e hoje em profunda crise existencialnãoconseguimos viver se elas.

Os estadistas, quando visitam outros países, se curvam perante um monumento aosoldado desconhecido. Vamos aplaudir e nos unir a todos os que lutam pela paz, e nos curvar perante um soldado desconhecido, que pode ser ser filho, seu irmão. Só dizer Shalom. E estar feliz que estamos no Brasil,  nos beneficiando da guerra tarifária e com a pergunta: para se defender a paz, tem que estar preparado para a guerra. Estamos?

 

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