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Sunday, 11 February 2024

A CONTA DO PADEIRO OU AÇOGUEIRO



O BC (Banco Central) divulgou os dados nesta 2ª feira (5.fev.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 508 kB). Os números constam no relatório de estatísticas do setor externo da autoridade monetária....

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/economia/contas-externas-tem-o-menor-deficit-em-3-anos-em-2023/)
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 Uma das grandes qualidades em comparação com outros povos é, que brasileiro não acredita que nada ruim possa acontecer. Sempre otimista, sempre bem humorado, sempre achando o lado bom da desgraça.E detesta realistas e pior os pessimistas. Quase pode se dizer que é engraçado, que essa componente cultural não é privilégio dos menos privilegiados. Ela faz parte também de cultura dos analistas econômicos,provavelmente para acharem que sempre da para ganhar dinheiro num país onde a maioria não ganha nada.


Asssim, estamos diante as contas externas. Um resultado extraordinário no balanço comercial, veja o relatório do Banco Central. Um superávit dos mais altos do mundo, quase 100 bilhões de dólares ou trilhões de reais. Como não sou do mercado financeiro e nem economista, mas do chão de fábrica e criado no modelo de negócio com meu pai, açougueiro, faço as contas de padeiro.

O superávit de balança comercial foi tão grande não só por causa de preços favoráveis de commodities, mas também por queda brutal de importações. Simplesmente, exportou muito e importou pouco.Porque as importações caíram, é outra questão a ser debatida.

Mas, balança comercial é dos itens das contas externas. A pergunta simples é, onde foram então os 100 bilhões de dólares de superávit comercial. As reservas cambiais, aumentaram na mesma proporção.Não, de um ano para outro aumentaram só 5 bilhões. 

O balanço de Banco Central mostra claramente que o superávit comercial, sustenta outras contas correntes de despesas internacionais como remessa de lucros dos investidores estrangeiros, 45 bilhões de dólares, serviços 40 bilhões. Viajamos muito, o real super valorizado, e Argentina barata no ano passado. 


Nesta simplificação analítica ainda há pergunta sobre a qualidade de capital que entra, quanto ele produz para gerar bem estar, emprego no país, Uma boa parte é capital de curto prazo, especulativo.

Ainda tem, essa análise de BC, na minha conta de açougueiro, a pergunta sobre endividamento.E endividamento não só do estado brasileiro, que é pelo que se diz baixo, mas de empresas brasileiras que ultrapassa em muito endividamento do país. Aliás, as reservas cambiais do país são também inferiores a total de depósitos de pessoas físicas brasileiras no exterior,

Essas notas, tecnicamente mal fundamentadas e facilmente contestadas por especialistas, lembram também que já tivemos euforias de saldos espetaculares no passado, e que já entramos em default e renegociação de dívida externa. Ainda lembram de Dra, Thereza do FMI e Bill Rhodes do Citi, que mandava e desmandava na economia brasileira como líder do grupo de negociadores? 


Mais recentemente no governo FHC, obcecado com estabilidade monetária, deram num momento uma olhada nas contas externas e se assustaram. Veio Embaixador Sérgio Amaral no MDIC e começou arrumar as exportações e equilibraram as contas para serem entregues ao governo Lula que viveu de euforia dos bons preços dos commodities  no seu primeiro mandato, como agora no seu primeiro ano.

Na minha visão, absolutamente na contra mão dos analistas mais competentes, acendeu o farol amarelo.Crise como de vodka, lembra de Orloff, tequila, são que nem tempestades de verão, repentinas e devastadoras. 


É impressionante que quase ninguém na imprensa brasileira analisou o relatório do BC sobre contas externas.Noticia é a pepita de 5 cm de tamanho de um político preso e solto para administrar um bilhão de fundo partidário.Mas, como um superávit de 100 bilhões de dólares que adicionou no final 5 bilhões para as reservas cambiais, conseguiu isso, ninguém comenta.

(Texto sem revisão)






  

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