Do mundo sem estagnação
Esta semana visitaram Belo Horizonte, mas ainda não chegaram a Minas, vários embaixadores da União Européia. A comunidade econômica e política composta hoje por 27 países, à qual se associa em julho próximo a Croácia, vive a sua mais profunda crise financeira e econômica desde a sua criação. Os europeus são parceiros tradicionais de Minas desde a época da fundação da República. A ausência do Embaixador do Reino Unido na comitiva, liderada pelo Embaixador da Irlanda, não impediu a multidão no Mineirão de delirar quando Sir Paul McCarty bradava Uai, originário dos ingleses, perguntando aos peões mineiros quando não atendiam à maneira mineira de fazer as coisas, porque?Why?
Além da tradicional hospitalidade, bom marketing do Estado e suas potencialidades, cultura e dizer que agora tem dois atleticanos na seleção canarinho, além do estádio pronto, pouco ficou, porque pouco os europeus tem a oferecer. Oa alemães estiveram na mesma semana em São Paulo, onde o que menos se viu foi mineiros oferecendo oportunidade de investimentos. E eles são os que estão melhor. O big boss da Fiat, Sergio Marchione, visitou Betim, trabalhou muito e garantiu novos investimentos. Portanto a Europa se esgotou para ajudar no nosso desenvolvimento. Talvez nós os ajudemos mais do que eles a nós.
Mas, há outros mundos sobre os quais devemos lançar de novo os olhos. Comecemos pelos Estados Unidos. Mesmo com exagero de dados econômicos contraditórios, o gigante do norte das Américas está tendo crescimento econômico e de emprego e aumento de produtividade. Sem falar na inovação e competitividade. O Japão, que fez seu primeiro investimento estrangeiro após a guerra em Minas, está se reerguendo com políticas do novo Primeiro ministro Abe. A Coréia do Sul, já tradicional economia inovadora, tem na Indonésia, Filipinas e agora também na Tailândia, Vietnam e Myamar, novos parceiros, todos eles com crescimento acima de 5 % do produto bruto nacional. A Índia, que possui forte investimento na siderurgia mineira, também vai crescer.
E ainda há a China, que hoje é o nosso principal parceiro econômico. O crescimento de 8% ao ano, mesmo considerado baixo comparando com os índices passados, é significativo. Com a China é preciso encontrar caminhos de parceira e não de concorrência e isso muito pouca gente esta fazendo no Brasil.
Falta a África que, com seu bilhão de habitantes, tem se desenvolvido a ponto de ser investidor no Brasil e que possui um mercado de enorme potencial.
Em resumo, para o futuro de Minas, precisam-se desenvolver parcerias além da União Européia.
Stefan Salej
15.5.2013.
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