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Sunday, 7 September 2025

OF DIPLOMACY AND DIPLOMATS


The time that the world is living, and Brazil is part of this world, is complex and is affecting our daily lives, in addition to obscuring our future. For complex times, the country needs qualified people to solve these situations. German Chancellor Bismarck said "that when diplomacy ends, the war begins". And how are we going to solve, for example, our most recent trade conflict with the United States? With diplomacy or with war?


To begin with, there is a mental confusion in using the terms diplomacy and diplomats, which only increases to the extent that the need to solve a situation is, as is the case nowadays, urgent to be resolved. Here is the definition of Wikipedia:


Diplomacy is a set of actions and practices used by representatives of countries to conduct international relations, including negotiations, conflict mediation, promotion of national interests (political, economic and cultural) and the construction of peaceful agreements and treaties between nations. Executed by diplomats, diplomacy seeks to maintain peace, global stability and international cooperation, using dialogue and non-violence as main tools.


In the government structure around the world, it is the Ministry of Foreign Affairs, in Brazil called Itamaraty, in France, Quai d'Orsay, in the USA, State Department, that takes care of the implementation of foreign policy. They are state employees, public servants who pursue a career. In Brazil, 30 candidates are admitted in a universe of 6000 who take the competition every year. With a completed higher education, they study for two years at the Rio Branco Institute, the third diplomatic academy created in the world (the first was that of Vienna and the second, of the Vatican) and begin their career as third secretary. And then, according to, first secretary, counselor, doing again a thesis to pass to second-class minister and then reach the peak with many years of career, First-class Minister, Ambassador or Ambassador. The wife is an Ambassador. That is, a good time of study, knowledge and sweat, changes through the countries to be able to represent Brazil.


The trivialization, even though there are more than 100 international relations courses in Brazil, of diplomacy and the distribution of the title of ambassador to players, dancers and others should not confuse us at a time like this, to understand that it is the professionals who will find the ways to solve the conflict. The others, with a lot of good will, can help, as is happening this week in the discussions in Washington, but the diplomats, who have information, channels of dialogue and by Constitution the burden of representing the country, are responsible for obtaining results. Of course, as long as the politicians on duty don't get in the way.

  DA DIPLOMACIA E DIPLOMATAS

 

O tempo que o mundo está vivendo, e o Brasil faz parte desse mundo, é complexo e está afetando o nosso cotidiano, além de obscurecer o nosso futuro. Para tempos complexos, o país precisa de pessoas qualificadas para resolver essas situações. O Chanceler alemão Bismarck disse que quando termina a diplomacia, começa a guerra”como vamos resolver por exemplo o nosso mais recente conflito comercial com os Estados Unidos? Com diplomacia ou com guerra?  

 

Para começar há uma confusão mental em utilizar os termos diplomacia e diplomatas, que só aumenta na medida em que a necessidade de resolver uma situação é, como é o caso nos dias de hoje, premente de se resolver.Eis a definição da Wikipédia:

 

A diplomacia é um conjunto de ações e práticas utilizadas por representantes de países para conduzir relações internacionais, incluindo negociações, mediação de conflitos, promoção de interesses nacionais (políticos, econômicos e culturais) e a construção de acordos e tratados pacíficos entre nações. Executada por diplomatas, a diplomacia busca manter a paz, a estabilidade global e a cooperação internacional, utilizando o diálogo e a não-violência como ferramentas principais. 

Na estrutura governamental no mundo inteiro, é Ministério das relações exteriores, no Brasil chamado Itamaraty, na França, Quai d’Orsay, nos EUA, State Department, que cuida da execução da política externa. São funcionários de Estado, servidores públicos concursados que seguem carreira. No Brasil são admitidos 30 candidatos num universo de 6000 que prestam o concurso todo anoCom curso superior concluído, estudam por dois anos no Instituto Rio Branco, a terceira academia diplomática criada no mundo (a primeira foi de Viena e  segunda, do Vaticanoe começam a carreira como terceiro secretário. E em seguida, segundo, primeiro secretário, conselheiro, fazendo de novo uma tese para passar para ministro de segunda classe e depois atingir com muitos anos de carreira o ápice, Ministro de primeira classe, Embaixador ou EmbaixadoraA esposa é Embaixatriz. Ou seja, um bom tempo de estudo, conhecimento e suor, mudanças pelos países para estar capacitado para representar o Brasil.

A banalização, mesmo havendo mais de 100 cursos de relações internacionais no Brasil, da diplomacia e a distribuição do título de embaixador aos jogadores, dançarinos e outros não nos deve confundirem uma hora como estapara entender que são os profissionais que vão  achar os caminhos para a solução do conflito. Os demais, com muita boa vontade podem ajudar, como está acontecendo esta semana nas discussões em Washington, mas os diplomatas, que têm informação, canais de diálogo e por Constituição o encargo de representar o país, é que os são responsáveis para obter resultados. Claro, desde que os políticos de plantão não atrapalhem.

Friday, 29 August 2025

EVERYTHING IS THE SAME AND EVERYTHING IS CHANGING


As for the American tariff, which is the topic of the day in Brazilian politics and economy, the seminar organized by the influential Council of the Americas and FIESP on the role of the private sector in relations with the United States was significant. Present businessmen from the two countries, but also Chancellor Mauro Vieira, who exposed the Brazilian position and the former US Ambassador to Brazil, Thomas Shannon. Everyone lowering the ball, looking for dialogue, indicating solutions like the President of JBS, who has 75,000 employees there, but it was Shannon who said clearly: he has to convince Trump that the data he uses are wrong and harm his voters and the US. Simple as that. And then the question is, who will put the stew in the cat. Everyone insists that Bolsonaro's issue and his coup attempt has nothing to do with the subject, but on the other hand this is the issue whose rope is being stretched all the time. While it is looking for a practical solution on the economic issue, the government is showing everywhere that the tariff conflict is good for its electoral objectives. It gets difficult. It seems that there are people rooting for the worse, the better. In the coming days there will be a public hearing in Washington regarding the discrimination of North American exports to Brazil, the so-called article 301, which will be an interesting test to see how much progress can be made.


The fact is that no one is standing still. Companies are turning around as they can, and the government, which is the negotiator, with its hands tied, largely by ineptie, ideology and economic stress, in addition to the destructuring of the parliamentary system. Looking for allies abroad is difficult, because everyone is having similar difficulties. India, which received an important Brazilian business mission a few days ago, is receiving a 50% tariff because it imports oil from Russia. And the peace negotiations in the Ukraine conflict, whose show we watched two weeks ago, are where they have always been: more war, less peace. And so, India, which with the peace in Ukraine and the eventual fall of sanctions against Russia would have solved the problem, can do nothing.


Peace in the Middle East is also not close and the conflict in Gaza, provoked by Hamas terrorists and exacerbated by Netanyahu's government, is splashing around the world. Iran was accused by Australia of fomenting attacks on synagogues there, and broke diplomatic relations. In Africa, conflicts in the Sahel region continue. And China, quietly, exports more and more and silently negotiates an agreement with Trump.


Returning to Brazil, both Ambassador Shannon and former Minister Jobim, in another matter, agree that as long as Lula does not sit down with Trump at the White House and hit the pointers, things continue as they are, with little chance of changing. But, we are in times when everything can also change.

DO TUDO IGUAL E TUDO MUDANDO

 

Quanto ao tarifaço americano, que é o assunto do dia na política e na economia brasileira, foi significativo o seminário organizado pelo influente Conselho das AméricasFIESP sobre papel do setor privado nas relações com os Estados Unidos. Presentes empresários dos dois países, mas também o Chanceler Mauro Vieira, que expôs a posição brasileira e o ex-Embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon. Todo mundo baixando bola, procurando diálogo, indicando soluções como o Presidente da JBS, que tem 75 mil funcionários lá, mas foi Shannon quem disse claramente: tem que convencer Trump de que os dados que ele usa estão errados e prejudicam seus eleitores e os EUA. Simples assim. E aí a pergunta é, quem vai colocar o guiso no gato. Todo mundo insiste em que a questão do Bolsonaro e sua tentativa de golpe nada tem a ver com o assunto, mas por outro lado essa é a questão cuja corda está sendo esticada toda horaEnquanto está procurando uma solução prática na questão econômicao governo está mostrando para todo lado que o conflito tarifário é bom para os seus objetivos eleitorais. Fica difícil. Parece que tem gente torcendo pelo quanto pior, melhor.Nos próximos dias haverá em Washington uma audiência pública referente àdiscriminação das exportações norte-americanas par o Brasil, o chamado artigo 301, que será um teste interessante para ver quanto se pode avançar

O fato é que ninguém está parado. As empresas estão se virando como podeme o governoque é o negociador, de mãos atadas, em grande parte pela inépcia, pela ideologia e pelo stress econômico, além da desestruturação do sistema parlamentar.Procurar aliados no exterior está difícil, porque todos estão com dificuldades similares. A Índia, que recebeu uma missão empresarial brasileira importante há poucos dias, está recebendo um tarifaço de 50 % porque importa oléo da Rússia. E as negociações de paz no conflito da Ucrânia, cujo show assistimos há duas semanas, estão onde sempre estiveram:  mais guerra, menos paz. E assim, a Índia,que com a paz na Ucrânia e a queda eventual das sanções contra a Rússia teria solucionado o problema, não pode fazer nada. 

A paz no Oriente Médio também não está próxima e o conflito em Gaza,provocado pelos terroristas do Hamas e exacerbado pelo governo de Netanyahu, está respingando no mundo inteiro. O Iran foi acusado pela Austrália de fomentarataques às sinagogas lá, e romperam  relações diplomáticas. Na Áfricaos conflitos na região do Sahel continuam. E China, quietaexporta cada vez mais e negocia silenciosamente um acordo com Trump.

Voltando ao Brasil, tanto o Embaixador Shannon como ex-Ministro Jobim, emoutra paletra, concordam que enquanto Lula não sentar com Trump na Casa Branca e acertar os ponteiros, as coisas continuam como estão, com pouca chance de mudar. Mas, estamos em tempos em que também tudo pode mudar.

 

Sunday, 24 August 2025

 OF DIPLOMACY (Mc)DONALD AND THE WORLD


It was a historical privilege to see the diplomatic movements related to the war in Ukraine in recent days. Meeting of Presidents Trump and Putin, two old friends, in Alaska, a territory that in the past belonged to Russia and was bought by the US. Then Trump's meeting with European leaders, called to the White House overnight together with President Zelensky of Ukraine. Everything live and in color. All in a diplomatic style rigorously choreographed so that nothing would get in the way. Something different for those who lived diplomacy and its protocols. With a respect from Europeans to the American president, who directed the show with the speed and quality of a unique McDonald's Drive-in. And if anyone had doubts, it is better to accept today's reality: the US, under Donald Trump commands, leads the world processes and has no talk.


The peace process in Ukraine, where the US has already put 300 billion dollars in two and a half years of the conflict, is far from over. Ukraine has the largest army in Europe, 900,000 soldiers, bought more than 90 billion dollars of US weapons and only advances in the war against the Russian invader with the help of the US intelligence services. And the Russians, who have the clear goal of keeping part of Ukraine's territory, will not stop. And Europeans want the end of the conflict, but with guarantees that Russia will not invade Ukraine or any other country again. And this means that the US has to participate in this defense ring of Ukraine and Europe.


This funeral dance will only end when the final agreement is concluded, which may still take time. Brazil saw that Trump, with the end of the war, opens the doors to business with Russia, which is very advantageous for both countries. The sanctions end and the world is well divided. Latin America is McDonald's. Brazil negotiates with Russia, which opens markets for US products, competing with Brazil. And Russia also balances its relations with the EU. Putin not only called Lula about the meeting in Alaska but also Modi, from India, Lukashenko from BieloRussia and the presidents of Kazakhstan and Krygikistan. But no one saw in this game Xi, from China, who supports Russia in this conflict or the North Koreans, who sent soldiers to fight against Ukraine.


Undoubtedly, peace in Ukraine, it is worth remembering that the owners of rare earths there are already the Americans, will only be achieved when the US achieves its economic and military goals, this also means a new relationship with Russia, and Europe knows that without the United States there is no security. And Brazil, observing what is happening, understands how the band plays. In the military, economic field, with tariffs and everything else.

DA DIPLOMACIA (Mc)DONALD E O MUNDO

 

Foi um privilégio histórico ver os movimentos diplomáticos referentes à guerra na Ucrânia nos últimos dias. Encontro dos Presidentes Trump e Putin, dois velhos amigos, no Alasca, território que no passado pertencia à Rússia e foi comprado pelos EUA. Em seguida a reunião de Trump com líderes europeus, chamados àCasa  Branca da noite para o dia junto com Presidente Zelenskyda Ucrânia. Tudo ao vivo e a cores. Tudo num estilo diplomático rigorosamente coreografado para que nada atrapalhasse. Algo diferente para quem viveu a diplomacia e seus protocolos. Com um respeito dos europeus ao presidente norte-americano, que dirigia o espetáculo com a velocidade e qualidade de um Drive-in do McDonald’s, ímpar. E se alguém teve duvida, é melhor aceitar a realidade de hoje: os EUA, sob Donald Trump mandam, lideram os processos mundiais e não tem conversa.

O processo de paz na Ucrânia, onde os EUA já colocaram 300 bilhões de dólares em dois anos e meio do conflito, está longe de terminar. Ucrânia tem o maior exército da Europa, 900 mil soldados, comprou mais de 90 bilhões de dólares de armamentos norte-americanos e só avança na guerra contra invasor russo com ajuda dos serviços de inteligência norte-americanos. E os russos, que têm o objetivo claro de ficar com parte do território da Ucrânia, não vão parar. E os europeus querem o fim do conflito, mas com garantias de que Rússia não vai voltar a invadir nem Ucrânia e nem qualquer outro país. E isso quer dizer que os EUA têm que participar desse anel de defesa da Ucrânia e Europa.

Essa dança fúnebre só vai terminar quando o acordo final for concluído, o que ainda pode levar tempo. Brasil viu que Trump, com o fim da guerra, abre asportas para negócios com Rússia, o que é muito vantajoso para ambos os países. Acabam as sanções e o mundo fica bem dividido. A América Latina é McDonald’sBrasil negocia com a Rússia, que abre mercados para produtos norte-americanos, concorrendo com Brasil. Rússia também equilibra suas relações com UE. Putin não só ligou para Lula sobre o encontro na Alasca como também para Modi, da Índia, Lukashenko da BieloRussia e os presidentes doKazaquistão e KrygiquistãoMas, ninguém viu nesse jogo Xi, da China, que sustenta a Rússia nesse conflito ou os norte-coreanos, que mandaram soldados para lutar contra a Ucrânia.

Sem dúvida, a paz na Ucrânia, vale a pena lembrar que os donos de terras raras lá já são os norte-americanos, só será conseguida quando os EUA alcançarem seus objetivos econômicos e militares, isso quer dizer também uma nova relação com Rússia, e Europa souber que sem os Estados Unidos não tem segurança. E oBrasil, observando o que está acontecendo, entender como a banda toca. No campo militar, econômico, com tarifas e tudo mais.

Friday, 15 August 2025

TARIFAÇO, SOLUÇÃO NÃO É SÓ GOVERNO

 

As medidas que o governo editou para aliviar a situação, não das empresas e empresários, mas da economia como um todo, são complexas e, em vista dasituação das empresas, demoradas. É essencialmente baseadas na ação do estado, dependendo de regulamentação, e principalmente de endividamento, mesmo com juros menores, aliás menores dos altos que temos, e na sua execução baseadas na desconfiança de que os empresários vão burlar o estado. E para evitar isso precisa criar mais burocracia.

O governo, representando o estado brasileiro, fez o que sabe fazer e é politicamente capaz de fazer. Mas, no chão de fábrica ou nas empresas de todos os tipos, as decisões têm que ser feitas com a mão no caixa, com olho no futuro e já. Então há efetivamente um hiato entre como age governo e como agem asempresas. E esse hiato vai criar desemprego, diminuição de negócios e efeitos colaterais ainda não medidos no seu todo. Inclusive porque ainda não se sabe o que vem, porque o que veio é a primeira trovoada de um tsunami econômico provocado pelos Estados Unidos no mundo.

A melhor defesa é o ataque. No campo interno, para o empresariado ter voz efetiva junto ao governo brasileiro, que é o negociador oficial e único junto aos Estados Unidos, precisa unir as divergências para construir convergência. Há muito tempo já devia ter um conselho de presidentes de entidades empresariais, onde todos os caciques, cheios de vaidades e também experiência e liderança, sentem numa mesa e coloquem os interesses do Brasil como interesse comum . Não é o governo que tem que mediar os interesses empresariais, porque sempre vai mediar a favor do ponto de vista do governo. Veja o Conselhão, que mais parece a reunião dos empresários na época de auto gestão do Marechal Tito na Iugoslávia do que uma entidade numa economia de mercado e democrática. E esse diálogo deve ser efetivo e produzir melhoria de competitividade da economia e portanto de todos os setores empresariais. empresariado, antes do governo, deve ter um plano para sair da crise, um plano que inclui cooperação com governo. E neste plano usar seus 50 bilhões de reais que administra o sistema S. É emergência, fazer tudo para reduzir a crise e aproveitar o momento para dar um passo à frente.

O segundo passo é ampliar os mercados. Primeiro, induzir as empresas a serem mais ativas nos mercados regionais. Quantos empresários do Piauí têm acesso e conhecem os mercados de Minas Gerais e vice-versa. E os mercados doMERCOSUL, da América do Sul. Qual é efetivamente a utilização de nossos excelentes serviços de promoção comercial, que uma rede extensa do Itamaraty nos oferece. Alias, essa rede também deve ser agora pró-ativa. Os diplomatas devem ir atrás de empresasDinheiro não falta à APEX, o que  falta é correremos atrás da procura com a oferta, mas também com oferta atrás de procura.

Ainda há uma aliança fundamental para ser feita, que é a de usar as emendas parlamentares na solução da crise. São 50 bilhões de reais, cujo efeito econômico é escasso, que com projetos feitos pelas entidades empresariais com parlamentares pode resolver muitos problemas e principalmente manter muitos empregos. Dinheiro não falta, falta uma visão diferente para a solução de uma situação grave, que não é temporária, mas uma mudança radical nas relações econômicas internacionais. Estamos enfrentando uma situação nova para cuja solução não podemos aplicar métodos do passado. Isso é só começo.