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Friday, 9 August 2024

DO ESTÚPIDO, NÃO É ECONOMIA , É ESPECULAÇÃO

 DO ESTÚPIDO, NÃO É ECONOMIA 

 

O mundo financeiro balançou feio nesta semana. Num terremoto nas bolsas de valores, sumiram 6.4 trilhões de dólaresou seja,três vezes o PIB abrasileiro, as bolsas caíram na segunda-feira feira e foram recuperando devagar na semana. Todo mundo pedindo calma, e cheio de especialistas explicando que está tudo bem. Bem, perdendo dinheiro nunca fica bem. A pergunta mesmo assim é por que aconteceu.

A desculpa foi a divulgação de dados do emprego nos Estados Unidos, que indicou que o desemprego lá está em 4.3 %ou seja,dos mais altos dos últimos tempos. Outro sinal foi que FED, Banco Central, não baixou os juros. E aí vem o outro sinal, que indicava que os preços de empresas de tecnologia estavam supervalorizados e se esperava uma correção. E o chute na correção foi a venda de 90 bilhões de dólares de ações da Apple pelo trilionário Buffet, ícone dos investidores americanos. O fundo de investimento dele possui um total de ativos de 3.3 bilhões de dólares e 277 bilhões em caixa (aproximadamentedois terços das reservas cambiais brasileiras).

Nessa gangorra financeira, onde os números são assustadores, mesmo para um país como o Brasil, há também uso de algoritmos que acionam os computadores e geram sem presença humana uma avalanche de compra e venda de ativos absolutamente fora de controle. Mesmo com os chamados circuit breakers, ou seja, corta circuitos que, quando as ações baixam muito de valor, param as operações, estamos vivendo num mundo de especulações cada vez mais sofisticado, vulnerável e assustador.

O mercado de capitais alimenta as empresas, democratiza os capitais, mas como disse o físico Isaac Newton, que inventou loteria, é um jogo para os tolos. O modelo econômico que foi fundado junto com as corporações é um modelo onde os ganhos provêm mais de especulação do que do real valor da empresa, do seu produto ou serviço, ou até de quanto ela produz de lucro.Chegamos ao ponto em que um executivo, Musk, da Tesla, cujo lucro é ínfimo em relação ao capital, convence seus acionistas, fundos de pensão entre eles, de que é merecedor de um salário anual de 46 bilhões de dólares. Merece porque o valor das ações vai subir, não porque a empresa será mais lucrativa.

Teremos ainda muitos terremotos, porque o modelo econômico, de livre mercado, adotado não só pelas democracias, mas também por países como China, é sistema que escolhemos é um sistema especulativo. Individualmente, investir no mercado acionário exige pelo menos um pouco de conhecimento. Mas os maiores investidores são os fundos de pensão, e seus resultados afetam em muito as pessoas e suas vidas. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

imprevisibilidade no mercado acionárioapesar de análises sofisticadas, é enorme. Às vezes empresas com excelentes resultados operacionais e boa gestão, não satisfazem os analistas, que procuram uma agulha no celeiro para poder aumentar o valor da ação ou baixar, são desvalorizadas e, presa dos especuladores, de forma assustadora. Esses mercados não funcionam com cabeça de pessoas cujos valores de trabalho seriam considerados normais. É um outro mundo. Um mundo que inclui sofisticação matemática e equipamentos que há muito superam inteligência humana. Vários episódios na história econômica, basta lembrar o crash de 1929 e as muitas crises posteriores e o episódio desta semana, onde se vê que os fundamentos econômicos da maior economia do planeta são sólidos, mas sujeitos a uma manipulação livre do mercado financeiro simplesmente assustadora. E os governos ficaram pequenos comparando com esse poderio. Sem poder regulador. É um desafio que temos como sociedade. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Friday, 2 August 2024

Quote of the Day

 

Quote of the Day

“We want more schoolhouses and less jails; more books and less arsenals; more learning and less vice; more constant work and less crime; more leisure and less greed; more justice and less revenge; in fact, more of the opportunities to cultivate our better natures, to make manhood more noble, womanhood more beautiful, and childhood more happy and bright. These in brief are the primary demands made by the Trade Unions in the name of labor.”

— Samuel Gompers, president of the American Federation of Labor, “What Does Labor Want?” (1893)

Thursday, 1 August 2024

DAS JOGADAS DOS JOGOS

 DAS JOGADAS DOS JOGOS

 

Nestes meses de férias, mais longas no hemisfério norte do que por aqui, há guerras mais intensas entre a Rússia e Ucrânia e entre Israel e os movimentos terroristas do Hamas e Hezbollah. A esses dois conflitos ainda se somam os vários conflitos na África, onde milhares de pessoas estão sendo mortas, no Myanmar, e revoltas como na Venezuela, após a fraude nas eleições. Mas, os olhos do mundo estavam grudados nas telas das televisões, naturalmente chinesaspatrocinadoras, no campeonato europeu de futebol Euro 2024, na Alemanha.Depois, o campeonato latino-americano, com direito a ver Messi no final da sua carreira e Argentina levando o título, nos Estados Unidos. 

E na França, o Tour de France, a corrida mais famosa de ciclismo, vencida pela terceira vez pelo esloveno Pogačar, no meio a recepção ao menino Endrick pelo campeão europeu de futebol Real Madrid e já estamos no meio de Jogos Olímpicos de Paris. Fabulosa festa, mesma com chuva, de inauguração,com uma maravilhosa Celine Dion nos encantando novamente Igreja Católica protestando contra apresentações de diversidades de gêneros e interpretação da Santa Ceia. O mundo hoje é mais diverso, mais inclusivo, menos racista e maisabrangente. É isso que os organizadores queriam apresentar. A França,  berço da primeira revolução democrática, liberté, égalité, fraternité, ao que se adicionou solidarité.

Nos jogos esportivos entram em campo emoções que só aumentam quando as competições são internacionais. E entra também a política. Lembremos dos jogos olímpicos de Berlin,em 1936, em que, na véspera da Segunda Guerra Mundial do massacre de milhões de judeus e da morte de mais de 45 milhões de pessoas, o mundo admirava a organização alemã,representada pela máquina nazista, cujo líder se negou acumprimentar Jesse Owens, negro medalhista  americano. E  em Paris não temos atletas da Rússia, sancionada por causa da invasão da Ucrânia.

Nos embrulhamos na bandeira nacional e os ganhadores são nossos heróis e os perdedores, lamento, fizeram o nosso Brasil perder. E essas competições também dão asas a todo tipo de extremismos. Um jamais esquecido é massacre, em 1972, nos jogos olímpicos de Munique, de atletas israelenses, por terroristas palestinos.  Assim,  a passagem um tanto quanto tranquila da Euro na Alemanha foi um alívio. Já na França, que vai receber durante os jogos olímpicos 3 milhões de espectadores e 10714 atletas de 206 nações, há oficialmente 55 mil forças de segurança em campo para garantir a tranquilidade.E mesmo assim houve acidentes nas ferrovias e corte de cabos de fibra ótica. E ainda estamos no meio dos jogos.E sem a falar no mal explicado roubo do Zico, andando com 3 milhões de reais no táxi, como se fossem 50 reais.

A complexidade tecnológica de organizar jogos olímpicos, que foram realizados no Brasil em 2016, está aliada também àcapacidade econômica. Não há dúvida de que há uma promoção do país e dos lugares onde estão sendo realizados os eventos. No caso da França, com 329 eventos em 32 modalidades, em 16 cidades e mais no Tahitipintado para a eternidade por Paul Gauguin, mas também onde além de ondas para surf temos que lembrar que era o lugar de testes nucleares, estes jogos devem trazer benefícios econômicos avaliados para, em alguns anos,em 40 a 50 bilhões de reais. Os turistas devem gastar durante os jogos uns 15 bilhões de reais.

E os jogos vão custar, pela expectativa, meros 50 bilhões de reais, dos quais o governo francês vai contribuir com um terço e o resto vem dos patrocínios, parcerias, etc. E no caso francês tem que incluir a despoluição do rio Sena, que foi o maior investimento dos jogos.E tanto no Euro2024 na Alemanha como agora na França, os maiores patrocinadores são empresas chinesas, e cada vez mais aparecem as empresas de apostas.

Falando em jogos em Paris, lembramos do Rio 2016, quando a previsão de investimento era de 5 bilhões de dólares e o realizado, o maior de todos os jogos olímpicos modernos, passou de 24 bilhões ou seja quase 5 vezes mais. Essa questão está sendo colocada cada vez mais como determinante na de escolha de novas sedes de jogos. Seja como for, neste mundo conturbado, vemos estes jogos ainda como uma esperança de paz e convivência entre os povos mesmo que competindo e cada um torcendo por atletas do seu país eportanto, torcendo pelo seus país.

 

 

 

 

Thursday, 25 July 2024

DO MADURO QUE CAI OU NÃO CAÍ

 DO MADURO QUE CAI OU NAO CAI

 

Vizinho não se escolhe, você convive. Com os países também é assim. Um vizinho que há doze anos tinha dinheiro, pagava as importações bem, em especial serviços e equipamentos, e nos deixava no balanço comercial um saldo de 4 bilhões de dólares, era, apesar das discordâncias sobre democracia, um bom vizinho. Assim era a Venezuela. Mas, depois da morte do então presidente Chavez, impertinente arqui-inimigo dos Estados Unidos e que se manteve no poder após um golpe com ajuda dos Amigos da Venezuela, grupo fundado pela diplomacia brasileira, veio um sucessor em 2013 , Nicolas Maduro e o que sobrou daquela Venezuela foi um outro país.

A inflação em 2022 atingiu 305 % ao ano. Com a queda do consumo e medidas restritivas de toda natureza, a inflação agora está em 85 %. Em 2022, 190 mil alunos abandonaram as escolas. A produção de petróleo, o país tem maiores reservas do mundo, caiu em 12 anos de 2.49 milhões de barris/dia para, em 2021,527 mil barris/dia. E do total de 28 milhões de habitantes , um quarto, 7 milhões,saíram. Você deve se lembrar das cenas da vinda de venezuelanos para Roraima.

As liberdades políticas foram restringidas, a oposição esmagada no melhor estilo soviético, o sistema eleitoral corroído e feito para só ganhar sempre o partido do Maduro. Prisões, exílio e eliminação de adversários políticos, assim como a fome ea miséria, se tornaram rotina. E o narcotráfico organizado tomou conta do país. Bandidos tomaram conta de rotas de tráfico em cooperação com o ELN, ex-guerrilheiros colombianos, transformando-se em organização criminosa internacional mandando no país.

A renda per capita, segundo FMI, caiu de, em 2015, 10.568 dólares, parano ano passado, 3.459 dólares. E completando, Maduro resolveu, no final do ano passado,anexar Esquibo, com reservas de petróleo enormes, mas do lado da Guiana. Por um triz e sabedoria militar e diplomática brasileira, foi evitado um conflito armado na nossa fronteira norte.

Nesse retrato tem que inserir a dívida de um bilhão de dólares e nossa dependência de fornecimento de energia elétrica para Roraima. Então, é mais do que legítimo que nos preocupemos com o resultado das eleições venezuelanas. comentário do Presidente Lula de que Maduro deve aceitar o resultado das eleições é legítimo, oportuno e cabe ao Brasil sim exercer seu papel de democracia líder na região.

Agora, pesquisas a parte, a única previsão das eleições é que o grupelho do Maduro dificilmente vai aceitar derrota. E com apoio da Rússia e China. E ninguém sabe como vão reagir forças armadas. E Maduro permanecendo, teremos um êxodo que vai afetar as eleições americanas, porque os venezuelanos vão primeiro para Estados Unidos, mas também vão emigrar para Brasil e mais, se perder, quem sabe se não inventa um ação militar. A oposição ofereceu todas as alternativas para ele sair bem, mas os ditadores só saem mortosO cenário é absolutamente incerto e muito complexo.

 

 No fundo o povo venezuelano está diante uma escolha de Sofia. Os últimos dias da campanha ainda acentuaram ainda mais a prepotência do Maduro e sua clique. O atentado a líder da oposição Corina Machado é gota d’água no oceano de maldades que Maduro está produzindo para impedir eleições honestas. E definitivamente a declaração dele referindo se ao Lula que expressou a preocupação com respeito ao resultado de urnas, dizendo para ele tomar chá de camomila e duvidando das urnas mostram que Brasil perdeu a vez em influenciar Maduro. Ele não precisa mais do Lula e Brasil para se manter no poder. Aliás, repudiou, e para quem sabe ler, o pingo é letra, qualquer interferência ou conselho do Lula,


Na análise de situação venezuelana não devemos esquecer como Maduro acabou com todos os opositores e como foi o episódio Guaido, consagrado como vencedor de eleições e como presidente paralelo do país. União Europeia, Estados Unidos e na época Brasil do Bolsonaro, praticamente romperam com Venezuela do Maduro ( Brasil fechou embaixada), mas no final de contas hoje em dia acho que só Maduro sabe onde está Guaido no meio de 4.5 milhões de exilados venezuelanos que nem podem votar. Do bilhão de dólares que Venezuela deve ao Brasil, está tudo escrito no gelo e assim será.


Se oposição ganhar terá que ter apoio financeiro maciço para ré erguer país. E se perder, vai tudo ladeira abaixo.E enquanto isso aguardar urnas e forças armadas, que mudas hoje, podem mudar amanhã tudo.Ou nada.


Sunday, 21 July 2024

Nuvens e poiitica

 Um velho ditado diz, que a política é que nem nuvens: você olha e vê um céu de brigadeiro.Depois voce olha de novo, os nuvens já mudaram e você vê um retrato bem diferente.

A desistência, esperada ou não, anunciada ou não, do Presidente Biden, como candidato a re eleição nos Estados Unidos, muda o quadro. Primeiro independente de confirmação da sua vice, ex senadora por Califórnia, Kamala Harris, e seu endosso, terá que passar por um processo de confirmação na convenção do Partido democrático. Espera se que houve articulação antes do anúncio do Biden e em especial que os financiadores da campanha, concordem colocar bilhões de dólares na campanha dela ou outro candidato democrata. Sem dinheiro, e campanha nos Estados Unidos é movida mais por dinheiro que por qualquer programa, é difícil de ganhar.


O jogo mudou, o dinamismo da campanha mudou. O sofrimento por que passava Biden, fritura é nome brando por processo que ele passou nos últimos dias, doloroso para um homem com sérvios prestados a sua nação nas décadas de atuação política, acabou, 

Ele e a equipe pode ser dedicar totalmente a gestão das situações e problemas que estão enfrentando seja no plano interno ou externo. E isso pode ajudar em muito a nova candidatura e as candidaturas democratas para deputados e senadores. Seja como for, no linguajar de política  da roça, o governo tem caneta cheia e pode ajudar mais ao seu candidato quando não está envolvido diretamente na re eleição. Exemplos disso estão na solução do conflito  de Gaza, melhoria de saúde e créditos escolares que estão só focando famílias.

Trump já reagiu, e a sua maneira reagiu de forma radical como sempre. Certamente o debate será diferente. Mas, não vamos esquecer também como foi a não eleição de Hillary Clinton. Ganhou no voto popular e perdeu  no voto de representações estaduais. Portanto, as nuvens estão indo muito rápido.



Thursday, 18 July 2024

DOS ESTADOS UNIDOS E SEUS TIROS

 DOS ESTADOS UNIDOS E SEUS TIROS

 

Entre tantas eleições que se processaram nestes meses, Índia, França, Iran, Rússia, Reino Unido, Parlamento Europeu, Holanda, México, a única que teve um tiro na orelha do candidato foi dos Estados Unidos. Trump. E a única que teve um candidato que balbuciou no debate, trocou os nomes e começaram pedir a sua saída, Biden, também foi lá.

Para começar, não devemos achar que a eleição americana, cujo resultado afeta profundamente todos nós, é uma eleição em Sucupira, cidade imaginária da novela O bem amado, onde o Prefeito Odorico Paraguassu cria o fato com um atentado para elevar a sua popularidade. A realidade eleitoral americana é muito complexa sofisticada, bemdiferente dos sistemas eleitorais em outros países. O tiro no candidato republicano Trump ou os desastres nos discursos do democrata Biden, um ex outro atual presidente, podem dar algumas indicações de como será a campanha, mas vale a pena seguir a sabedoria política mineira que diz que o resultado das urnas, só depois de abertas. Ou seja, vamos ter muita emoção até as urnas serem fechadas.

Os democratas terão que decidir se continuam com Biden, que por incrível que parece ainda é o candidato mais firme. Os pedidos para que renuncie e ceda lugar à sua vice, Kamala Harris, ajudam a enfraquecer a candidatura democrata. O bom senso deve vir do próprio Biden e das pesquisas eleitorais.

Trump, cuja eleição com tiro na orelha foi festejada, é o que. Aliás, a disputa é muito mais sobre o que Estados Unidos querem ser no futuro. O passado dos dois é conhecido. Trump jamais seria candidato com a lei da ficha limpa do Brasil. A justiça americana o está livrando de todos os processos para ele pelo menos parecer honesto. E nada pega nele.

A gestão do Biden, com elevados índices de emprego, baixa inflação, reindustrialização do país, melhoria da saúde pública e perdão dasdívidas dos empréstimos estudantis, não valem muito para o eleitor que está preocupado com o futuro quando terá num mundo conturbado um presidente não idoso, mas incapaz de mostrar liderança.

Independentemente de como interpretemos o processo eleitoral americano, a decisão cabe aos eleitores dos Estados Unidos. Mas, ainda pela força que o país tem no mundo, os afetados somos todos nós. A escolha de Trump pode ser conveniente para os ditadores como Putin, mas seja quem for eleito, vai continuar com uma política protecionista e administrar a continua inimizade com a China. Ou seja, vai cuidar dos interesses dos Estados Unidos. E neste ínterim, nem América Latina e nem Brasil estão, para qualquer dos candidatos, no primeiro círculo dosseus interesses. A eleição americana é movida também por bilhões de dólares, não tem financiamento público, mas só privado, e aí pesa quem apoia. O apoio moral não tem o peso do apoio financeiro. É hora de muita calma eapesar de que as apostas são 65 porcento a favor de Trumpde esperar um pouco mais. E saber que nenhum dos dois candidatos defende nada mais e nada menos do que só os Estados Unidos. 

 

Friday, 12 July 2024

DO MUNDO EM MINAS

 DO MUNDO EM MINAS

 

Minas Gerais nasceu no mundo quando o Brasil foi descoberto. Foi de Minas que saíram as primeiras riquezas que sustentaram império português por séculos. Estrada Real foi o rio terrestre de escoamento de diamantes aos quais se juntaram ouro, prata e mais e mais até chegar nos dias de hoje, quando o estado é terceiro maior exportador, mas oprimeiro em ajudar o Brasil a formar seu superávit comercial, que sustenta a economia brasileira. Em quatro meses, Minas exportou 13.4 bilhões de dólares, importou um quarto disso, 4.9 bilhões e produziu com suas exportações de minérios, ligas de alumínio, café e soja e manufaturados, 8.5 bilhões de superávit comercial. Resultado formidável para o Brasil ter recursos externos para seu desenvolvimento.

 

Mas, números não são tudo. Há uma integração internacional invejável. Um corpo consular, com Itália, Argentina, EUA, entre outros consulados presentes, câmaras de comércio como de Israel e Índia, escolas internacionais como a Fundação Torino e a NorteAmericana. Uma Fundação Dom Cabral que é referência mundial em ensino gerencial, Escola gerencial do SEBRAE, comemorando 30 anos, outra referência global, a UFMG, com seus centros de pesquisa de nível mundial e o primeiro centro Google de pesquisa no Brasil.

A riqueza cultural que transcende as fronteiras, como os Grupos Corpo, Skank e Sepultura, além dos inúmeros artistas como Milton Nascimento e outros de sua geração.  Nesta área pouco reconhecida, Minas tem uma fama mundial que é totalmente subestimada. Diria que mais pela modéstia mineira do que pela ignorância.

Poucas são as regiões na América Latina que têm com seus produtos uma marca como Minas, café Minas,  pão de queijo e cachaça. No Hollywood boulevard em Los Angelestepão de queijo. Em Nothing Hills, em Londres, você encontra cachaça Germana. Em Ljubljana você encontra café de Minas da mais alta qualidade.

O estoque de capital estrangeiro no Estado, em alianças com capital local ou não, tem tradição. Lembra da expressão Uai, que veio do inglês Why?, e tem crescido nas novas áreas como de lítio. É só lembrar que o primeiro investimento japonês, após a Segunda Guerra Mundial, foi na Usiminas. E sem misturar os itens econômicos, lembremos de inúmeros imigrantes japoneses, italianos,alemães, judeus, árabes e de todo parte,que construíram e constroem um estado solidamente mineiro, mas inserido no mundoEsquecemos as empresas mineiras, em especial de engenharia, como a Mendes Júnior, que se expandiram pelos quatro cantos.

Por isso tudo, se Minas quer continuar crescendo, sua sociedade tem que estar mais e mais atenta aque acontece nessa aldeia global. Minas está no mundo e o mundo está em Minas. Intrinsicamente ligados. O que acontece atrás das montanhas de Minas tem efeitos benéficos ou desastrosos para o cidadão mineiro, para seu bem estar, para seu emprego e para a sua família.