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Sunday, 22 June 2025

 DOS MISSEIS, BUNKERS E BH PROTEGIDA

 

Conta a lenda que entre as cidades mais bem protegidas do mundo contra nuvem radioativa no caso de guerra nuclear está querida BH. Muitos europeus que emigraram para Brasil após a Segunda Guerra escolheram BH por causa desse medo. Isso não impediu um conterrâneo meu de construir no bairro de Floresta uma casa com bunker anti-nuclear. Aliás, a casa virou depois a sede do Sindicato de Professores. E UFMG também teve um dos mais importantes centros de pesquisas nucleares no Brasil, IPR. Mas, nada disso se compara à vivência do atual alcalde da capital mineira e mais alguns companheiros, que vivem com sons e em cores como é uma guerravisitando a Terra Santa. Deve ser uma experiência ímpar, mas esperando que não seja traduzida em querer preparar Belô para construir bunkers.

Entrar em uma guerra, é fácil, sair dela, eis a questão. Não tenho nenhuma dúvida de que a construção da capacidade bélica nuclear do Irã é uma ameaça direta a Israel e à sua existência. O regime dos xiitas que assumiu após a derrocada do Xá Reza Pahlevi, apoiado pelos Estados Unidos, é radical (lembramos da invasão daEmbaixada norte-americana na época de Carter) e anti-ocidente. Armado até os dentes, como se diz no popular, exerce uma influência anti-ocidental em todo Oriente Médio. Perdeuatravés da derrota de seus aliados do Hezbolah no Líbano, bastante espaço. Mas, continua sendo forte e alimentando os Houtis no Iemen, que continuam enviando mísseis para Israel.

Os logros militares de Israelincluindo aí os da inteligência, ainda não foram suficientes, mesmo destruído 15 mil centrífugas para o enriquecimento de urânio para produzir bombas atômicas, para o conflito terminar. É bom relembrar 8 anos de guerra entre Iraque e Irã, sem vencedor. Estamos nos primeiros dez dias, onde os apelos à paz e sem engajamento maior das grandes potências, pelo menos não publicamente, estão em alta. Rússia tem seu próprio conflito na Ucrânia, a China exerce sua diplomacia silenciosa esperando ganhar, e os europeus estão se rearmando com receio de Rússia. E Estados UnidosSe ficar o bicho come, se correr o bicho pega. Mas, deixar Israel enfrentar Irã, não podem.

No encontro do G7, grupo dos países mais ricos, no Canadá, a declaração final pediu o fim do conflito. O Brasil estava presente e preside os BRICS, dos quais o Irã agora faz parte. No Lula 1 tentou fazer um acordo com os iranianos, impedindo armas nucleares. Foi rechaçado pelos EUA. E agora só nos cabe rezar para que o estreito de Hormuz não esteja fechado, e com isso o comércio internacional e fluxo de petróleo não sejam prejudicados. No final é o petróleo que vai definir o desarranjo da economia mundial neste conflito.

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