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Saturday, 22 March 2025

 DA MEMÓRIA CURTA E DAS MORTES QUE NÃO ACABARAM

 

Há cinco anos atrás, começamos a usar máscarasque não tinhacomo não tinha vacina, não tinha respiradores, e a surpresa total com o que estava acontecendo. Era o início da COVID 19. Uma epidemia fatal, que até hoje não dizem de onde veio. Na época se especulava que a origem era a ChinaHospitais lotados, médicos e enfermeiros trabalhando sem descanso, faltando máscaras, remédios e cemitérios abrindo covas com tratores. Uma ao lado da outra, sem presença de parentes, uma identificação precária e os coveiros de branco parecendo astronautas.

Presos em casa, aulas suspensas, empresas sem trabalhadores, aviões vazios, restaurantes vazios. Fecha, abre, fecha. O governo na época dizendo que era uma gripezinhademite ministro da saúde que dizia que a coisa era séria e tomava providências sérias, coloca um general intendente no lugar, e assim morreram só no Brasil um milhão de pessoas. Medo de sair, desespero, preocupação com os idosos, vacina da China,  depois as norte-americanas. E as viagens internacionaisatingidas, com cada país tendo uma regra diferente, certificados, testes e vacinas. Vivemos um inferno do qual estamos hoje achando que saímos.

Não saímos, porque após o caos na saúde, os governos da crise aguda, não só no Brasil, deixaram de requer novas políticas de saúde pública. Saúde pública virou um item fundamental da nossa vida, mas de um lado tem que recuperar o que foi perdido na epidemia, de outro lado investir em saneamento, vacinações, pesquisa e mais e mais. Mas, pouco disso aconteceu. A impressão que se tem é que, se houver outra onda, porque a COVID ainda está aí, com diversos tipos de vírus, estamos tão mal preparados como foi há cinco anos.E ainda tem gente que politicamente explora a desgraça que nos atingiu, insistindo que o políticos da época estavam certos, era uma gripezinha.

Na área econômica, COVID nos obrigou a uma nova realidade. Trabalho adistância, também aulas a distância, e relações pessoais a distância. Alias, durante a epidemiaas famílias que tinham um bom convívio, continuaram. Mas, as que não, quebraram. O peso psicológico e suas consequências, inclusive na educação, nas crianças, e também nas relações de trabalho, ainda não foram totalmente pesquisadas. Uma outra atividade, além do zoom, que cresceu muito foi a entrega domiciliar. Quarentena, a palavra que estamos esquecendo, mas que vivemos.

O fato  que me assusta é como não melhoramos o mundo em que vivemos após essa catástrofeNos Estados Unidos tem uma epidemia de rubéola e um Secretário de Saúde negacionista até dizer chega. E os fundos de pesquisa congelados, diminuídos, OMS sem norte-americanos. Somosno mínimo, estranhos seres humanos, promovendo a desvalorização da vida humana, ao invés de cuidar da humanidade. É triste, mas é  real.

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