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Sunday, 11 December 2016

DAS PREOCUPAÇÕES EUROPEIAS

DAS PREOCUPAÇÕES EUROPEIAS

Este ano que quase terminou foi um ano de muitas surpresas  na Europa. Não só não terminou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e portanto entre  a União Europeia e a Rússia, como também não terminaram as invasões de imigrantes africanos e do Oriente Médio, vindos através do Mediterrâneo ou via Turquia-Grécia. Também não foi fácil em relação aos atentados terroristas, este ano, especialmente na França e na Bélgica. Além de alguns desastres de trens, como os da Espanha e Itália. Em resumo, no  velho continente não houve guerra, mas em  compensação também não houve tranquilidade.

E entre as novas preocupações, está a eleição do novo presidente dos Estados Unidos. Na área do comércio, não se sabe ainda a postura do Trump em relação ao acordo de comercio entre União Europeia e Estados Unidos. Esse acordo aumentaria em muito as exportações europeias para um dos maiores mercados mundiais. Mas, também não se sabe como Trump vai agir na área de defesa, onde a maioria dos países europeus, junto com os Estados Unidos, formam a OTAN, aliança de defesa. Durante a campanha, Trump salientou que cada um se defenda como pode e que Estados Unidos não vão cuidar da defesa de terceiros. Nesse capítulo, também entra a questão da Ucrânia, apoiada pela União Europeia e os Estados Unidos, contra a Rússia. E quem sabe se Trump não se torna mais amigo do Putin do que os europeus gostariam.

No meio desse retrato, que mais parece um quebra cabeça, não se pode esquecer a saída de Grã Bretanha da União Europeia, processo chamado de  Brexit. Neste momento, tudo indica que ninguém de fato sabe  como isso vai acontecer, e nem os números foram fechados de lucros e perdas. E falando em referendum, tão em moda na Europa para aperfeiçoar a democracia, também não se sabe como se vai reorganizar a Itália após o referendum do último domingo, que rejeitou as reformas do sistema político propostas pelo jovem primeiro ministro Renzi. O incrível é  que, mesmo todo mundo criticando o sistema politico ineficaz e caro (a Itália tem 300 senadores), a população foi convencida pelos populistas que é preferível assim do que se modernizar.

Aliás, um dos cenários mais temidos na Europa é o crescimento do populismo e, em especial, da direita. Além dos governos de direita, como o de  Orban, na Hungria, o temor de crescimento da Le Pen na França  (que no caso de vitória nas eleições presidências no próximo ano levaria à saída da França da União Europeia), ou na Holanda,  tivemos a feliz derrota da extrema direita nas eleições presidenciais no domingo passado na Áustria. Se os extremistas da direita ganharem eleições importantes, o quadro europeu muda para um conflito de proporções nada desejáveis.

E a isso devemos adicionar a crise de desemprego, crescimento lento, reorganização do setor bancário italiano, para não dizer que não faltam problemas, mas soluções consensuais, seja pela União Europeia como conjunto de estados ou pelos países individualmente.

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