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Sunday, 10 July 2016

DOS AGRONEGÓCIOS E O MUNDO

DOS AGRONEGÓCIOS E O MUNDO


O Fórum Global de Agricultura, realizado nesta semana em São Paulo, mostrou, não só pela presença do Presidente da República, interino, Michel Temer, e seus ministros de agricultura, relações exteriores, energia, assim como dos governadores de São  Paulo e Mato Grosso, além de representantes de 27 países, onde o agronegócio brasileiro está e para onde vai. Menos do o que tradicional discurso sobre a importância econômica, financeira, social e também política do agronegócio, a discussão foi mais para onde o nosso negócio vai.

A CONAB prevê uma queda de safra  de grãos 2015/16  de 9.2 %, ou seja vamos produzir só 190 milhões de toneladas nos mesmos 58 milhões de hectares, no lugar de 213 milhões de toneladas previstas em outubro do ano passado.  Haverá queda de produção significativa de produção de arroz e feijão, 16 %, milho 18 %, mas trigo vai aumentar a produção. A exportação   de grãos e carnes, que corresponde a 40 % de nossas exportações, e a produção agropecuária, a 20 % do nosso PIB, não devem diminuir.

Mas a discussão mais importante do Fórum foi sobre o futuro do agronegócio no mundo. A população mundial vai crescer, deve atingir 7 bilhões em 2050, e a procura por alimentos vai continuar alta. Nos países desenvolvidos e na China, o crescimento da classe media requer alimentos mais saudáveis, o que vai obrigar a agropecuária e sua respectiva indústria a produzir e industrializar produtos diferentes dos que são sendo oferecidos hoje. Essa mudança está sendo considerada fundamental no agronegócio do futuro.

E a solução é produzir mais com menos e melhor. A agricultura tropical é diferente e o Brasil está conseguindo liderar esse processo de melhor aproveitamento das condições tropicais para produzir mais. Mas vai precisar de mais tecnologia e, em especial, da inclusão de tecnologias digitais em todos os processos de produção e processamento de alimentos. O número de start ups, por exemplo, nessa área, comparado com a área de saúde, é ínfimo. A inovação, para além da tradicional liderança da EMBRAPA,  é que vai liderar o desenvolvimento do setor, como bem demonstrou o representante israelense no evento. Numa terra seca, pouco fértil, fizeram um agronegócio de nível mundial.

E ai também entra a preocupação com o meio ambiente. Pelo que foi demonstrado, a agricultura e a pecuária ocupam parte menor do território brasileiro, sendo que a produtividade cresce mais do que a ocupação de território. Em resumo, precisamos nos conscientizar de vez que o agronegócio no Brasil lidera o nosso desenvolvimento.  Com uma aliança tecnológica e empresarial impar para conquistar mercados. Principalmente na Ásia.

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