DA HILLARY RODHAM CLINTON
O show da Convenção do Partido Democrata dos Estados Unidos da América em Filadélfia, que escolheu a advogada formada na prestigiosa Universidade de Yale, ex-primeira dama do 42º Presidente dos EUA, Bill Clinton, e ex-Secretária de Estado do Governo Obama, como a primeira mulher candidata à presidência do país por um partido majoritário, foi impressionante, mas acabou. A moça pobre chegou lá endossada por seu marido, sua filha, os atuais presidente e vice-presidente dos Estados Unidos e pela popular atual Primeira Dama, Michelle Obama. E por seu adversário nas eleições preliminares chamadas de primárias, Senador Bernie Sanders, cujas propostas e ideais socialistas incorporou à sua campanha.
Agora começa a campanha para valer. Os discursos na Convenção Democrata de muitos republicanos, entre eles o ex-prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg e o General Allen, ex-comandante das forças americanas no Afeganistão, foram, ao lado do discurso do Presidente Obama, o endosso de sua capacidade para ser Comandante em Chefe da mais poderosa nação do mundo. Sua história, seja do episódio do marido que, por deslizes amorosos quase perdeu o cargo, ou seja do descuido com uso de celular não protegido quando Secretária de Estado, ou então da política americana no Oriente Médio, que está um caos total ou do conflito entre a Rússia e o Mundo Ocidental, foi reforçada com fatos que fortalecem sua capacidade de liderar.
O que oferecem os democratas aos Estados Unidos, após oito anos de governo Obama, que salvou o país de uma crise econômica sem precedentes? Um partido de trabalhadores, como disse ela (mas não o nosso PT), preocupado em fazer mais e melhor. Mais inovação, mais emprego, mais justiça social em todos os sentidos e mais integração, juntos seremos mais fortes. É a campanha da esperança contra a do medo que adversário republicano Trump advoga, é um país unido, versus o país dividido do adversário.
Os dois candidatos enfrentam problema de rejeição praticamente igual, ou seja 50 %. Hillary tem também alto grau de desconfiança do eleitorado: 67 % acham ela desonesta. Então, a eleição será difícil e sem dúvida não vai bastar ser a primeira mulher candidata, terá que mostrar que fará um governo melhor do que Obama, que será grande eleitor, com a sua popularidade em alta, e ser mais confiável do que o adversário republicano.
Em um mundo em que o terrorismo está crescendo, os conflitos regionais, como do Afeganistão, Oriente Médio e África, o crescimento da China e as tensões na Ásia não se acalmam, como não está em curso o crescimento da economia mundial, a presidência dos Estados Unidos nos afeta e muito. Mas, alea jacta est, a sorte está lançada. Só nos cabe torcer para que os eleitores americanos escolhem o melhor. Para eles e para o mundo.