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Friday, 4 September 2015

DA CRISE TUPINIQUIM MUNDIAL

DA CRISE TUPINIQUIM MUNDIAL

Um hábito absolutamente comum pelo mundo afora, e em especial em países emergentes, é achar o culpado fora das suas fronteiras, para a sua inépcia gerencial das contas públicas e dos negócios do estado. Há casos clássicos, como a inimizade do regime chavista versus os Estados Unidos, seu maior cliente de petróleo. Ou até, mais recentemente, de Cuba, também contra os Estados Unidos. Aliás, o imperialismo norte-americano é o preferido no mundo inteiro para ser culpado, o que não quer dizer que não tenha culpa nenhuma pelas mazelas do mundo. E, nesse rol de culpados, entram às vezes grupos religiosos, étnicos ou econômicos que atrapalham as economias e os governos. Nesse capítulo, os preferidos são os bancos.

A situação mundial está nestes tempos de fato destruindo a economia brasileira? A resposta não é linear. O Brasil, como oitava economia do mundo, está obviamente inserido nos fluxos comerciais, financeiros, econômicos  e nas variáveis políticas globais. Não há como dizer que o Brasil está fora do que acontece no mundo. Muito pelo contrário, o Brasil é um ator político e econômico importante no cenário internacional. Pode não ser o decisivo, mas é sem dúvida alguma importante. E no contexto das situações que o mundo vive, como conflitos armados na Ucrânia, Oriente Médio, Estado Islâmico, Afeganistão, Iraque, conflitos nos países  africanos, escaramuças entre China e Japão, e outros, a pergunta é: quanto eles afetam o Brasil? Ou a crise humanitária que hoje vivem a Europa e os países africanos?

Essas situações influenciam, mas não são decisivas no desempenho do estado brasileiro. As situações que mais nos afetam são as da nossa vizinhança, como a Argentina e a Venezuela, que deve muito ao Brasil e não se sabe como vai pagar, a inadimplência dos países africanos e suas políticas, como a sucessão presidencial em Angola, onde as empresas brasileiras privilegiadas sempre jogam as conta (aliás parece ser o caso de muitos países na América Latina) para Tesouro Nacional. Ou seja, o intercâmbio comercial é que nos afeta.

A valorização do dólar e a queda dos preços das matérias primas e produtos agrícolas são de fato uma desgraça para a nossa economia. Mas, todos os estudos mostram que eles afetam menos a economia nacional do que fatores internos.

Pode ser interessante para governantes jogarem toda a culpa nos gringos pelas nossas mazelas, mas a sua verdadeira raiz não está só fora , está dentro do país. Vale a pena conferir.

1 comment:

  1. O planalto é como a ilha da fantasia, os habitantes perdem completamente a noção do todo como um país. E pior a maior parte não tem a mínima noção de como funciona a economia, por isso é que estão matando a galinha de ovos de ouro!

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