Dos novos negócios na África
Em um seminário sobre oportunidades de negócios na África, realizado na Cidade do
Cabo, na Africa do Sul, não houve nenhum orador que não mencionasse China e Brasil. Definitivamente, quem faz negócios no continente recentemente visitado pelo Presidente Obama,
tem que contar com a presença de empresas brasileiras.
Primeiro nos mercados de língua portuguesa, como
Angola e Moçambique, e depois nos países de língua inglesa e sem esquecer
de que, dos 54 países africanos, há 23 em que se fala francês. Esta diversidade lingüística significa também uma diversidade em
cultura de negócios e legislações, que se baseiam nas leis dos seus antigos colonizadores. Fazer
negócios neste continente é complexo, mas altamente
lucrativo.
É absolutamente incrível o crescimento econômico desses países. Há um grupo, principalmente
no norte da África, como o Egito, em
turbulência política. Há um outro grupo de países que também têm experimentado tempos incertos e conflitos armados. Mas,o grupo
de países sólidos politicamente e saudáveis em termos econômicos é maior do que o de países em dificuldade. E este grupo cresce mais de 5 % ao ano e
apresenta, como aliás todo o continente,
enormes oportunidades na área de infra-estrutura e
energia.
Esse crescimento esta sendo
bem aproveitado, não só pela China, omnipresente com investimentos e produtos, mas também pela India, Alemanha, Holanda e França, além da Grã-Bretanha. O Brasil ainda não é o principal parceiro de nenhum pais africano, mas é importante parceiro de todos.
Interessante é o papel da África do Sul no continente.
As empresas sul-africanas são grandes investidores na
região. Por exemplo, na área de telefonia móvel e internet, além da TV a cabo, dominam o
mercado africano. São fortes em engenharia e
construção civil. E mais: em serviços financeiros e educação. A rede financeira
sul-africana, com seu conhecimento,
garante tranqüilidade nas operações comerciais. É quase que impressionante
como os bancos e empresas de advocacia, além de consultores,
principalmente da Cidade de Cabo, são bem preparados para
oferecer estabilidade aos negócios de seus clientes na
Africa.
Aliás, a Cidade do Cabo está se tornando o principal
hub de negócios com o resto da África. Não é só o porto eficiente, o
aeroporto magnifico, mas a infra-estrutura de conhecimento do continente, que é impressionante. O caminho para empresas brasileiras, em especial
medias e pequenas, passa com mais sucesso por aqui, em aliança com sul-africanos.
Stefan B. Salej
25.7.2013.
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