DOS BRICS E BRACS
A quinta
reunião dos chefes dos Estados do
Brasil, Rússia, India, China e Africa do
Sul, neste ultimo pais, um pouco mais desorganizada que normalmente, terminou
com vários acordos bilaterais e promessas de nova
cooperação. A reunião teve a sombra de cadáveres dos 13 soldados Sul
africanos mortos em combates na Republica Centro Africana e a crise do Chipre.
Mas uma reunião dos Cinco grandes,
comparando com os animais selvagens da
Africa e símbolo da vida, elefante,
rinoceronte, leão, girafa e Springboks,
mostrou que os responsáveis pelos destinos de 40 % da
população mundial tem um caminho longo
a percorrer numa associação inventada por um banqueiro há anos. Como os cinco grandes na selva coabitam na mesma
terra, mas não convivem, os cinco países dos BRICS, também estão na mesma terra, mas são
muito diferentes.
Os
competidores entre si procuram traços comuns para se tornarem
parceiros. Assim, através de estabelecimento de um
fundo de ajuda na crise financeira de 100 bilhões
de dólares vão procurar amenizar as crises financeiras. E com um banco
de desenvolvimento com o capital inicial
de 50 bilhões de dólares, vão financiar o desenvolvimento
da infra estrutura na Africa. As duas iniciativas são a resposta segundo os representantes dos BRICS a ineficiência do Fundo Monetário Internacional e Banco
Mundial. Nas duas instituições os países BRICS tem forte representação e principalmente
no Banco Mundial influencia, mas quem
manda são os Estados Unidos e Europa.
Alias, vale a pena ler recém publicadas transcrições de fundação destas instituições chamadas Breton Woods
em 1944 com ativa participação do Brasil.
Assim, os
BRICS se colocaram, apesar que falta muito para que os papeis se tornem ações, que pretendem ser uma
alternativa política e econômica ao status quo
estabelecido. Mas, a parceria esta longe de ser uma parceria. Primeiro a
predominância e o tamanho da China
pesam em todas as relações entre estes países. Entre China, Rússia e India, há assuntos mal resolvidos. Os africanos acusam China de ser
pior nas suas relações com eles que antigos
colonizadores. E muitas vezes nas pequenas coisas se vê que estas relações estão longe de serem a prioridade.
Estabelecimento
do Conselho Empresarial, por sinal com escolha excelente dos representantes
brasileiros, pode ser que o comercio aumente. Mas falta muito para que BRICS
sejam uma prioridade e compromisso de relações políticas e econômicas de cada um. Por
enquanto, ate próxima reunião no Brasil, é um acrônimo em gestação.
Stefan B.
Salej