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Monday 7 November 2016

DAS ELEIÇÕES NA TERRA DO TIO SAM

DAS ELEIÇÕES NA TERRA DO TIO SAM

Mal saímos do segundo turno das eleições municipais, com troca de insultos da melhor qualidade,  e dívidas de campanha que ninguém sabe de onde vai sair dinheiro, e já estamos no final de uma eleição que não é nossa, mas não deixa de nos afetar. As eleições presidenciais e para o legislativo nos Estados Unidos são importantes e fundamentais para o nosso futuro. Não vamos exagerar e dizer que "para onde vão Estados Unidos, vai o Brasil", mas  que o resultado das eleições no irmão do norte (se podemos chamar os Estados Unidos de país irmão) nos afeta profundamente, afeta.

Primeiro, nos Estados Unidos há o maior contingente de brasileiros no exterior. Então as políticas de imigração, sejam para os imigrantes ilegais  ou legais, são de fundamental interesse para nós. As cidades como Catas Altas, Governador Valadares e outras vivem praticamente do dinheiro enviado pelos brasileiros trabalhando lá. E muitos deles são ilegais para o governo norte-americano, independentemente de quem for eleito. E mais, se a economia norte-americana americana vai mal, então, os trabalhadores,  e em especial os estrangeiros, vão pior.

Esse aspecto econômico, ou seja a recuperação econômica dos Estados Unidos,  tem muito a ver com a nossa economia. Se no novo governo os juros  nos Estados Unidos aumentarem, isso afeta não só o endividamento do governo federal e estadual, que tem dívidas em dólar, mas também das empresas que se endividaram muito porque os juros eram baixos. E já que falamos em dólar, se ele se mantiver valorizado, forte, nossas exportações são beneficiadas, porque aí a importação fica mais barata. Mas, dólar  valorizado também afeta o valor do real.

O mercado norte-americano que, dependendo de novos rumos da economia, pode ficar mais protegido do que está, é fundamental para as exportações brasileiras. E mais: os investimentos dos Estados Unidos são fundamentais para Brasil. Apesar de que hoje estamos todos encantados com o dinheiro chinês, são as empresas  norte-americanas  que mantêm os empregos e a competitividade da indústria brasileira. E, entre elas, há que se destacar agora a Fiat Chrysler, que deixou de ser italiana para ser um gigante da indústria automobilística norte-americana.
Sempre é bom esperar o que vai acontecer após as eleições, não só quem vai ganhar, mas se vai ter a maioria parlamentar para governar. Mas, seja como for, as incertezas eleitorais são grandes e elas se juntam às nossas incertezas. Portanto, agora é  hora de espera para ver o que acontece.

Friday 4 November 2016

DAS INCERTEZAS E CERTEZAS AMERICANAS

DAS INCERTEZAS E CERTEZAS AMERICANAS

Na próxima terça feira haverá eleições, aliás com a possibilidade de votação antecipada já em curso, nos Estados Unidos da América. No país mais desenvolvido, mais avançado tecnologicamente, mais forte militarmente e maior centro financeiro do mundo.  E mais: o exemplo de democracia ocidental com seus valores transportados aos quatro cantos deste planeta. E líder nas corrida espacial, conquistando Marte, Lua e não sei mais o quê. Em resumo: que manda no mundo de hoje.

Os quatro candidatos, dois de partidos tradicionais e fortes, democratas, cuja candidata é a esposa do ex-presidente Bill Clinton, Hillary, e republicanos cujo candidato é Donald Trump, empresário, hoteleiro. Os dois candidatos são igualmente mais detestáveis, ou como se diz no linguajar eleitoral, tem maior índice de rejeição da história das eleições norte-americanas. Em resumo, tem mais gente que não gosta deles, do que gente que admira, gosta e confia. A campanha foi um terror em termos de acusações pessoais, de baixaria, de qualificações e desqualificações. Quase poderíamos  dizer que  se existisse alguma censura para esse tipo de debates, seria proibido para qualquer pessoas honesta, de bom senso e educada, assistir. Falaram mais mal um do outro do que qualquer outra coisa, e olha que, na verdade, com razão os dois tem uma história de arrepiar cabelo quando se examina o que fizeram, deixaram de fazer ou pagar, ou como se comportaram.

Mas, o fato é que estão aí, e um deles será eleito o líder do mundo, como presidente dos Estados Unidos. As pesquisas balançam e de fato todas as previsões indicam imprevisibilidade de resultados.

A única certeza que temos é a total incerteza sobre o resultado de eleições, e mais o que de fato vai acontecer em seguida. Nenhum dos eleitos terá a maioria a favor, sendo que estão em curso também as eleições para a Câmara dos Deputados e Senado. E elas vão indicar a governabilidade do novo presidente. Se ganhar a democrata Hillary, mas a maioria republicana ganhar uma das duas casas legislativas, será um inferno para governar. E vice-versa, se ganhar Trump, também será.

Neste momento só nos cabe entender o nível de incertezas que nos cercam não só nas eleições, mas no período seguinte. A única certeza passa a ser a incerteza. E temos que estar preparados para isso. Novo governo, novas ideias, novos tempos. E nós continuamos abaixo de Equador, paralelo 20, onde sempre estivemos.

Sunday 30 October 2016

AS LIÇÕES DO CETA PARA O MERCOSUL

AS LIÇÕES DO CETA PARA O MERCOSUL

A semana agitada de negociações finais do CETA, sigla em inglês para o Acordo Abrangente Econômico e de Comércio entre o Canadá e a União Europeia, que ainda precisa ser ratificado pelos 36 parlamentos dos estados-membros da UE, deixou lições importantes para a realidade que enfrentamos nas negociações entre o Mercosul e o bloco europeu.
A primeira é que as declarações de ministros brasileiros, de que o acordo será concluído em 2018, demonstram claramente a falta de conhecimento sobre o que estão falando. E denunciam uma certa ignorância sobre o funcionamento do sistema. O acordo entre um único país — no caso, o Canadá — e a UE levou sete anos para ser fechado — e  sua assinatura foi adiada por uma razão que parece estranha aos ouvidos de quem imagina que acordos como esse se resolvem com uma ordem de cima para baixo. Uma única província da Bélgica, a Valonia, que abriga menos de 1% da população europeia, rejeitou o acordo. Isso obrigou à renegociação das 1600 páginas do acordo e levou à inclusão no documento de quatro novas páginas com as propostas dos valões.
O Mercosul não exige que os acordos internacionais sejam ratificados em referendos. Mas há divergências às vezes intransponíveis entre os pontos de vista dos países membros. A atual situação da Venezuela — país no qual a União Européia tem fortes interesses econômicos —, por exemplo, torna o processo de negociação especialmente complexo. No passado recente, a Comissão Européia, através de sua Direção de Comércio, tinha um mandato negociador que ignorava os movimentos sociais, os estados membros e o próprio Parlamento europeu.
Hoje a situação mudou. Não só pelo fato de a ratificação dos tratados precisar ser feita pelos parlamentos regionais (como o caso da Valonia, que abriga as comunidades germânica e flamenga da Bélgica), mas também porque muitos governos europeus levam a ratificação a consulta popular. Recentemente, a população holandesa rejeitou o acordo entre UE e Ucrânia. Em resumo: os burocratas da Comissão Europeia, adorados pelos burocratas do Mercosul, podem negociar o que quiserem. Mas o que eles acertam precisa do respaldo dos outros atores políticos da UE. Para usar a velha gíria do futebol, se não “combinar com os russos”, não tem acordo.
Como o Brail é, querendo ou não, o país líder do Mercosul e tem a maior rede e o maior peso diplomático entre os países membros da região, é provável que o papel de negociar os termos do acordo sobre para sua diplomacia. É ela quem terá que obter o mandato dos demais sócios do Mercosul e se desdobrar para convencer
Como o Brasil, é querendo ou não, país líder do Mercosul e tem a maior rede diplomática nos países da UE, é provável que esse papel sobre para convencer todos os atores políticos e econômicos na Europa de que o acordo é bom para eles.
O episódio envolvendo o Canada, um pais amigo "mal tratado", como disse a ministra canadense de comércio internacional, mostra a nova face dos acordos internacionais firmados pela União Europeia. Atualmente, a UE está negociando cerca de 20 acordos comerciais. Um deles, com os Estados Unidos.
O jogo mudou. Não começou um segundo tempo. Começou um novo jogo, diferente e mais complexo. E essa complexidade passa pela própria situação europeia mas pelas próprias mudanças ocorridas nos países do Mercosul. Prometer resultados num cenário como esses pode gerar frustrações. O acordo com o Canadá está aí para não nos deixar mentir.
Contar com o acordo entre o Mercosul e a UE para a expansão dos negócios internacionais do Brasil é difícil, senão impossível, a médio prazo. A solução, talvez, seja encontrar outros caminhos, como uma parceria estratégica entre o Brasil e a UE. Talvez seja mais fácil e rápido buscar acordos específicos, como na área de ciência, ou reforçar as relações bilaterais. Algo que, aliás alguns estados membros da UE, como a Itália, Franca, Alemanha, já estão fazendo. O tempo é de novos desafios. Sem ilusões e declarações sem fundamento.



DA RESPONSABILIDADE DE JOGAR E FAZER GOL

DA RESPONSABILIDADE DE JOGAR E FAZER GOL

Acabaram as eleições e dia 1° de janeiro os novos prefeitos e respectivas câmaras de vereadores tomam posse. Talvez seja para, como os dois candidatos a prefeito de Belo Horizonte, que vieram de futebol, o vencedor compreender que o jogo nem acabou e nem começou. O exercício do cargo do prefeito não é jogo de futebol e nem campeonato, é algo diferente. Nos próximos dois meses,  o novo prefeito da Capital terá que aprender mais sobre gestão pública , o que inclui orçamento, e tudo o mais de que foi falado campanha e agora se transforma em realidade. Falar mal do adversário, encontrar seus erros do passado, dizer que não é politico, terá sido brincadeira quando assumir uma entidade sem dinheiro, cheia de compromissos financeiros, e sem recorrer aos padrinhos, porque eles também estão com os bolsos vazios. E como a prefeitura de Belo Horizonte é o maior empregador da cidade, terá ainda que pagar e administrar 135 mil funcionários públicos, cuja perspectiva de melhorar de vida, a médio prazo, é zero.

Aliás, está difícil de achar prefeitura que não esteja quebrada, e mais difícil ainda, de encontrar prefeito que tem algum  plano para resolver essa situação. O repasse dos  impostos estaduais para as prefeituras está atrasado, porque o governo do estado primeiro olha para as suas necessidades e depois para as prefeituras. E os repasses vindos de Brasília são como promessas do Papai Noel. Os prefeitos que se gabaram que conversaram com ministros e eles prometeram ajudar, ou são mentirosos ou não sabem nada, porque os ministros só podem ajudar se houver dinheiro em caixa. E os caixas estão vazios.

Muitos dos prefeitos foram eleitos com câmaras de vereadores gulosas por benefícios de cargos e, com a corda da guilhotina na mão,  para puxar e declarar impeachment do prefeito se ele não der o que pedirem: empregos, cargos, bons salários e obras nas regiões deles que suplantam em imaginação as obras da Lava Jato.

Muita negociação ter que ser feita, incluindo os vereadores mais votados nos municípios. Mas, quem sabe se os eleitos, e em especial na Capital, fazem projetos de desenvolvimento. E para esses projetos, mais uma vez, as  entidades empresariais têm que ter sugestões. Não reivindicações e pedidos pessoais, mas projetos que desenvolvam os municípios para o bem comum. Você lembra de alguma entidade que nessa hora foi chamada para contribuir e contribuiu? Nem os prefeitos as chamam. Com exceções honrosas, dão um cargo de secretário de desenvolvimento, e a situação continua ruim até a próxima eleição.

Friday 28 October 2016

DO HORIZONTE INTERNACIONAL

DO HORIZONTE INTERNACIONAL

Se uma das medidas da internacionalização de Belo Horizonte fosse as campanhas políticas, e em especial a última para prefeito, nos estaríamos muito bem nas piores classificações mundiais. Para começar, o mensalão teve fortes raízes em Minas, e o nível  da campanha para prefeito em Belo Horizonte teve discussões em um  nível que até os marqueteiros dos candidatos norte americanos, onde as acusações pessoais predominam na campanha, achariam baixas. E se a isso juntar mais os Acrônimo, invasão da Federação das Indústrias pela Policia Federal, e que a sede da Andrade Gutierrez, uma das mais lavadas no processo Lava Jato, é em Belo Horizonte (sem falar nos outros atores políticos envolvidos já ou na fila esperando a vez), temos um retrato negativo de fazer inveja a qualquer um.

Mas, por mais que a campanha dos dois candidatos baixe o nível, há uma realidade no próprio município de Belo Horizonte, a primeira cidade brasileira planejada no inicio do século passado , que se sobrepõe de forma até animadora a tudo, e mais, descrito acima. A cidade possui um excelente plano de internacionalização, produzido pela ainda melhor e mundialmente reconhecida Fundação do Cabral, e executado pela centenária Associação comercial de Minas. Pode não estar andando na velocidade que precisaria, mas está em curso e em nada diminui a sua importância. A abertura de consulados dos Estados Unidos e da Grã Bretanha, mais recentemente, e da Câmara do Comércio Brasil-Israel, só confirmam esta realidade.

Falando em educação, além da Dom Cabral, já fazendo 40 anos, a UFMG, após um trabalho árduo e persistente, está colocada entre as melhores universidades da América Latina. Em vários setores, seus pesquisadores, como na física por exemplo, ou nas área profissional, como engenharia aeronáutica, se tornaram referenciais mundiais. Mesmo o Departamento de Ciência Política, que festejou 50, anos não deixa de ser uma das mais importantes referências científicas do país.

A onda de  inovação e tecnologia passa pela reestruturação eficaz do CETEC, hoje administrado pelo SENAI MG, e a continuidade de iniciativa pioneira na área de biotecnologia, BIOMINAS. Belo Horizonte é hoje um centro tecnológico e de movimento de start up, onde  muitos participam, ganham dinheiro e desaparecem. Mas, também continua sede de empresas nacionais como MRV, Kroton, Localiza, Tenda, Itambé, Cia.do Terno, escritórios de advocacia como Azevedo Sette e mais  alguns, como a pioneira em capital para empresas tecnológicas FIR.

Em resumo, nem tudo está perdido se medirmos pela campanha. O vencedor deve virar as páginas de acusações, para desenvolver melhor o que está desenvolvido e não perder de vista a Belo Horizonte do futuro.

Monday 24 October 2016

DA ÁSIA

Se para a maior parte  do mundo, a Ásia representa, com a China e a Índia como seus maiores países, parceria estratégica fundamental, podemos dizer que a visita do presidente brasileiro e seus ministros àquela região, se enquadra também nessa classificação. Aliás, esta já é, neste pouco tempo de permanência no governo, a segunda visita do Presidente Temer ao continente. A primeira foi para a China, na reunião dos países do grupo G 20, e agora, para a reunião do grupo BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Quanto  à importância para o Brasil, sem dúvida, o G 20 importa mais do que os BRICS. Aliás, os BRICS só são noticia uma vez por ano, porque, procurando e procurando algo que os una, não conseguem achar um elo da corrente. O último elo procurado é o de comercio livre entre os países membros. Bonito, mas o Brasil não consegue fechar nem o acordo de comércio mais ou menos livre com a África do Sul.

Nos dois grupos estão todos os países dos BRICS, o que teoricamente facilitaria os diálogos bilaterais e conhecimento melhor. Como disse recentemente um especialista chinês sobre as relações entre a China e os Estados Unidos, a relação pessoal entre os presidentes dos dois países conta muito na eficiência das relações. No nosso caso, a relação com a China, do ponto de vista econômico, é absolutamente fundamental. Não só pelo comércio, mas principalmente porque os chineses são hoje em dia um dos mais importantes investidores no Brasil. E olha que nossa ignorância do que acontece lá, como funciona o país, e para onde vai (pelo menos assim demonstrou recentemente um professor chinês para seleto público brasileiro), é de espantar.

Visitou a Índia e as notícias que vieram  de lá, é como se tivessem descoberto, após 500 anos, ao invés do Brasil, a Índia. E o acordo sobre genética do gado  zebu, que sem dúvida é importante, significa que a Índia tecnológica e parceira de desenvolvimento continua uma terra ignorada e incógnita. Sem esquecer que um bom pedaço da siderúrgica do Brasil hoje está nas mãos dos indianos.

Mas, a visita ao Japão foi o marco maior. As empresas japonesas se meteram em encrencas na área do petróleo, confiaram em programas energéticos do governo Dilma, e no crescimento do mercado para automóveis. Os investimentos japoneses no Brasil são significativos e entre eles está um dos maiores abacaxis de hoje, que é a disputa acionária na Usiminas, cujo controle Dilma e seus pupilos na área da indústria entregaram de mão beijada para os argentinos da Techint. Claro que a visita presidencial, com direito a audiência com o Imperador e o Primeiro-Ministro não trata disso, mas também não deixa de tratar.

Assim, a Ásia está na nossa rota prioritária e esperamos que nós também  continuemos sendo a preferência equilibrada para eles.

DO RACISMO E INTERNET

Entrou na sua loja um comprador que seu vendedor, sua segurança e seu gerente, acharam suspeito. Ao final das contas, o dever deles é cuidar bem da loja. Pelo menos eles acharam isso quando segurança puxou o cidadão e pediu para sair. Ai veio empurra –empurra,  bate boca, e as palavras são que nem pasta de dente: não voltam mais para dentro.

Cena seguinte é que o cidadão colocou na Facebook a sua descrição do episódio. Humilhado por ser negro, reagiu e recomendou que ninguém comprasse mais naquela loja que trata mal seus clientes. Em horas, o assunto teve mais de 7000 cliques e milhares de comentários sugerindo não só não comprar mais naquelas loja, mas contando episódios similares em outros estabelecimentos  da cidade. E a grande maioria recomendando que processasse  a empresa, que com certeza ganharia na justiça.

O episódio terminou aparentemente com bom senso do dono da empresa, que emprega milhares de funcionários tipicamente brasileiros, de várias raças, cores e religiões, sem distinção, que telefonou para o cliente mal atendido, pediu desculpas e tomou uma série de providencias, como código de conduta, melhor treinamento de funcionários, compromisso de todos na empresa com diversidade racial e cultural além de gênero, não só para que  o caso não se repetisse, mas para dizer que a empresa, seus sócios, entendem, assimilaram e respeitam as mudanças que aconteceram  e as leis que as acompanham.

A sociedade brasileira, apesar de muitos atrasos, mudou muito. Este episódio mostra claramente que, mesmo que nos orgulhemos da diversidade que domina a sociedade, há muito a fazer no sentido de que essa diversidade seja aceita. As empresas, e em especial comerciais, que têm contato direto com o comprador, desprezam isso lá na ponta, ou seja os vendedores não são treinados para entenderem isso. Em geral, são treinados para escolher bem o cliente que entra na loja, bem vestido, bem cuidado, que acham que tem dinheiro para comprar. Se não for este estereótipo, atendem mal e desprezam, quando não se tornam agressivos.

Com novas leis, e com a velocidade que a reclamação adquire via internet, o cenário mudou. Um episódio como o descrito no início pode acabar com o negócio, sem o dono sequer perceber. E foi até o pessoal da loja, não o dono, que agiu de forma errada, mas também não foi instruído de forma certa.

O mundo mudou e é bom prestar atenção, porque se não acompanhar as mudanças sociais e tecnológicas, o orgulho de achar estar certo, e pode até estar, não vai ajudar a manter o negócio .