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Sunday, 29 May 2016

DO OIAPOQUE AO CHUÍ

DO OIAPOQUE AO CHUÍ

No tempo do regime militar, havia repressão às pessoas e ideias, mas também havia (claro que não em compensação) algumas piadas sobre seus dirigentes, algo que hoje nem há mais. E uma delas era que o avião presidencial subia, subia, e o comandante informava a posição do avião: altitude, mil metros, posição geográfica, graus etc. Quanto atingiu atitude de cruzeiro do avião, algo como oito mil metros de altitude, a autoridade da república disse solenemente: "eu sabia que este país  era grande, mas não sabia que era tão alto".

E grande, quer dizer que se estende do Oiapoque, no  extremo norte, ao Chuí no extremo sul. Não custa repetir que somos um país de 8.5 milhões de quilômetros quadrados, e 200 milhões de habitantes, falando com sotaques diferentes, uma língua só. E por exemplo na África do Sul falam 22 línguas diferentes, e mesmo sendo o inglês uma delas, não é a única língua oficial. Sem falar na Índia ou na China, outros parceiros nossos, no quase falecido BRICS. Também vale a pena repetir pela milésima vez que Minas Gerais tem um território igual à França, mas com metade da população. Somos um país grande, pouco populoso e com todas as mazelas de oitava  economia do mundo.

Nesse retrato há uma necessidade de vender certos produtos no exterior. Café, é um exemplo clássico. Carnes, soja, milho, e mais produtos industriais. Hoje se produz para o mercado global e a nossa visão de negócios tem que ser global, porque somos afetados profundamente por essa tal de globalização.

Ultimamente, e nisso se incluem programas do governo do estado com a FIEMG, há um amor exagerado pela internacionalização da economia mineira. Vamos internacionalizar tudo e todos. Mas, qual é a realidade das pequenas e médias empresas para o tal passo a ser dado? O fato é que a absoluta maioria das empresas mineiras não vende no mercado mineiro. Quantas empresas  da Zona da Mata vendem no norte de Minas? E daí, quantas vendem em São Paulo, um mercado sofisticado e de difícil conquista? E quantas vendem, por exemplo no Piauí, ou no Rio Grande do Sul?

Primeiro o mercado nosso é regional, depois nacional e em seguida internacional. Promover internacionalização das empresas cujo inglês não passa de mororless, sem qualidade e sem testes no mercado nacional, é jogar dinheiro fora, enganar o empresário e nutrir uma esperança que não se realiza. É bonito viajar para o exterior às custas de terceiros, mas, sem uma base competitiva, não é eficaz. Internacionalização é um estágio, aliás o pessoal da Dom Cabral é o maior especialista no Brasil no assunto, mas um estágio a mais, e não um pulo de cabrito doido gastando dinheiro público.

Friday, 27 May 2016

A FRANÇA REVOLTA

A FRANÇA REVOLTA

O estado de emergência, desde novembro, devido a ataques terroristas continua, 16 centrais nucleares, das 19, paradas, 6 das 8 refinarias de petróleo, paradas, 50 % dos postos de gasolina à sec, sem combustível, e o governo começa a usar reservas estratégicas de combustíveis. O transporte aéreo, reduzido em 15  %, a maioria dos portos, em greve, o transporte ferroviário reduzido, e o país, há três semanas sob comando das centrais sindicais, em polvorosa.

Bem, cabe mais uma explicação: o governo é socialista. E onde acontece tudo isso? Essa desorganização social, onde o primeiro ministro brada “os sindicatos não fazem leis!”? Se você pensou que é um país latino-americano, enganou-se. Caso fosse, nos chamaríamos isso de ruptura democrática, caos total, e mais, que só um país em desenvolvimento seria capaz dessas atrocidades, mas um país desenvolvido, não.

Engano. Isso é democracia exercida em sua plenitude num dos berços da democracia moderna: a França. E a razão dessa convulsão social é simples: com 10 % de desemprego, o governo socialista submeteu à Assembleia Nacional uma nova lei de relações de trabalho. A França, desde 2000, quando também reinava um governo socialista, tem uma lei de 35 horas semanais de trabalho e relativa inflexibilidade nas relações de trabalho. Na Grã Bretanha, são 48 horas semanais, e, enquanto o trabalhador alemão, onde o desemprego é de 4.8%, tem 20 dias de férias, o francês tem 30 dias. Em resumo, o francês tem mais privilégios do que qualquer um.

A nova lei, que depois de muita discussão no parlamento, não foi votada, acabou sendo promulgada pelo governo, que usou um artigo da constituição francesa que lhe permite isso. Esse artigo foi usado desde 1958, início da constituição que inaugurou a Quinta República Francesa, 50 vezes. E a nova lei flexibiliza em muito as relações de trabalho, mantendo 35 horas semanais, mas permitindo aumentar até 60 horas. Em resumo, pende mais para lado o da empresa e confronta diretamente os direitos adquiridos na lei promulgada em 2000. Também induz mais a  um diálogo entre as partes, de certa maneira reduzindo a força dos sindicatos.

Por que devemos observar com atenção essas mudanças? Porque  não há nenhuma possibilidade de o Brasil reduzir o desemprego e aumentar a renda do trabalhador com o modelo de relações de trabalho que possuímos  hoje. A A França, com seu modelo atual, apesar da alta produtividade dos trabalhadores franceses, é oposto ao hire and fire (emprega e desemprega) do modelo norte-americano. E qual será o nosso? De certa maneira, nós não estamos longe do modelo francês de benefícios ao trabalhador, que ultrapassam a capacidade das empresas de pagar e manter emprego. Então, onde estão os limites que vamos escolher, entre progresso social e econômico?

Sunday, 22 May 2016

DAS START UPS SUSTENTÁVEIS

DAS START UPS SUSTENTÁVEIS

Virou moda no Brasil promover empresas inovadoras chamadas start-up. Recentemente, a moda ou onda eram parques tecnológicos, antes cidades industriais, depois vieram os clusters, que passaram a se chamar APL-arranjos produtivos locais, e agora é a onda das start-ups. Incubadoras, aceleradoras, e pitch e farm start-up e não sei mais o que. Jovens levados a lutar pelos recursos fartamente oferecidos pela Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas, a FAPEMIG, a UFMG, o BDMG e demais universidades e inúmeras outras entidades. Ninguém quer ficar fora desse movimento porque parece que você não entendeu para onde vai o nosso desenvolvimento e o futuro.

Quando em um desses programas, cheio de entusiasmo e de ideais, foi perguntado a uma multidão de jovens inovadores e empreendedores, após um genial discurso desses profissionais de vender os lotes em Marte, se conheciam a frase do Churchill que "para chegar a vitória teremos suor, lagrimas e sangue" (porque assim é a vida de empresário), veio uma vaia ruidosa e um sonoro não. Nos não conhecemos a senhor Churchill e amem, O nosso mundo é outro.

Ninguém sabe quantos empregos foram criados pelos subsídios dados pelo governo do estado e outras entidades para start-ups. Nem quanto de faturamento e impostos foram devolvidos aos cofres públicos. Nas verdade, tem algumas start-ups que iniciaram bem mas em seguida foram vendidas  para se incorporarem aos conglomerados maiores ou então, como a Biominas, um projeto pioneiro na área de tecnologia no Brasil, continuam crescendo e apresentando os resultados. Mas, são as exceções que confirmam a regra.

Mas, os tempos estão mudando. Segundo o jornal New York Times, os investidores exigem resultados, o dinheiro não anda mais fácil para empresas novas. Não só a ideia, e nem só o canvas, que substituiu o plano de negócio, devem ser convincentes, mas também os resultados. Mas, isso também esta mudando no Brasil, mais precisamente em São Paulo.

A FAPESP, fundação de amparo a pesquisa de São Paulo que entre outros projetos financiou 176 start-ups, com valor inicial de 200 mil, introduziu com apoio da FIESP, uma nova metodologia para avaliar a possibilidade de uma start-up se tornar uma empresa sustentável. 21 start-ups fizeram um curso chamado I Corps, que é a metodologia do governo dos  Estados Unidos para validar as ideias. Os empreendedores têm que validar seu projeto através de 100 entrevistas e um trabalho árduo na composição de seu canvas. Três meses para saber se o projeto é viável ou não. E ai, sim o investidor, seja governo ou privado, vem.

O dinheiro pelas boas ideias só, com macacos empreendedores  pulando de galho a galho, tem que  acabar. O mercado tem que dizer se a sua ideia é valida ou não. Comprove!

Friday, 20 May 2016

DAS POLÍTICAS EXTERNAS E COMERCIAIS

DAS POLÍTICAS EXTERNAS E COMERCIAIS

Com a posse do Senador José Serra no Itamaraty, e o seu enfático discurso  com dez pontos sobre como será a política externa do Brasil neste governo, iniciou-se não só um debate novo sobre política externa, como também um novo ciclo na posição brasileira no mundo. Em resumo, vamos ter uma política de estado que privilegia os interesses nacionais e não particulares, seja de grupos ideológicos ou econômicos. E, na sequência dessa política  externa, uma política econômica internacional e uma política comercial.

Alias, dizer que o Itamaraty nunca foi preocupado com políticas econômicas internacionais é distorcer a história. O próprio fundador da nossa diplomacia, o Barão do Rio Branco, ajudava na exportações de café, inclusive abrindo mercados novos, como o da Rússia, que não era consumidora do café na época. E, recentemente, comemoraram 50 anos da fundação do DPR-Departamento de Promoção Comercial, que entre seus mais ativos chefes teve o Embaixador Paulo Tarso Flexa de Lima, mineiro de Belo Horizonte.

Mas, com 123  cursos de  relações internacionais  no país, e um número incontável de especialistas na área, inclusive em Minas, o debate sobre as funções ampliadas do nosso Ministério de Relações Exteriores ou Itamaraty para a área do comercio exterior será intenso. A anexação de APEX, agência de promoção de exportações, ao Itamaraty, deve ser vista como uma necessária racionalização de recursos humanos e financeiros na área. A APEX ganha com o Itamaraty uma estrutura externa da melhor qualidade, experiente e extensa. E as  ações de comércio internacional no capítulo de política externa ganham mais flexibilidade e também recursos financeiros que hoje não possuem. A fusão, que não pode provocar muita confusão, devera ser eficaz e eficiente ao mesmo tempo.

Nessa fórmula de agitar mais a política comercial e a promoção comercial, só falta um ingrediente, mas que é fundamental: produtos para exportar em qualidade e quantidade, com preços aceitáveis para o mercado mundial. Em primeiro lugar, não há nada no horizonte que nos diga que o chamado custo Brasil vai diminuir radicalmente. Nada, nada. Em segundo lugar, nossa competitividade só tem piorado. Níveis baixos de inovação e de uso de tecnologias, mesmo no campo em que é mais competitivo. E não por último, a total predominância de empresas de capital externo nas nossas exportações. Mais do que só incentivar promoção de exportação, temos que ter uma indústria e uma agricultura capazes de competir. Aliás, algo que o novo Chanceler José Serra também enfatizou no seu discurso de posse.

Sunday, 15 May 2016

DA JUSTIÇA, TRABALHO E EMPREGO

DA JUSTIÇA, TRABALHO E EMPREGO

Os 11 milhões de desempregados no Brasil são um dos maiores problemas que vivemos hoje no país.  E esse número vai crescer mais ainda nestes dois anos, por causa dos ajustes econômico-financeiros do estado brasileiro, e também da adequação das empresas a um novo paradigma de produtividade, que requer cada vez mais automatização e robotização para que as empresas passem a  ser produtivas no mercado internacional. E o grande empregador são os serviços e o comércio, depois a indústria e, em escala menor, o agro-negócio. E recuperar esses empregos vai levar muitos anos, senão décadas. E mais: temos uma nova situação de envelhecimento da população brasileira que vai nos levar, como já foi no passado, a importar mão de obra.

Nesse contexto complexo, onde se inclui a educação para o trabalho e a atração de novos investimentos, temos também o custo de trabalho no Brasil. Mesmo que a produtividade seja alta em certos setores, o custo é alto por fatores externos, provocados pela legislação trabalhista em vigor, pela força dos sindicatos dos trabalhadores, que forçam, em nome dos seus associados (alias o papel de sindicato é este mesmo), salários e condições mais vantajosas para os trabalhadores, e, não no final, pela justiça do trabalho.

Não se encontra ninguém que pague salário, seja em casa, seja nas empresas, que não esteja convencido de que a nossa justiça do trabalho julga sempre contra o empregador. Pode ser sentimento, porque inclusive são raros os estudos e estatísticas que dizem o contrário, mas os empregadores consideram que todo o nosso sistema de relações de trabalho só favorece o empregado, e torna a gestão do negócio, seja qual for, oneroso, complexo e ineficiente. Em outras palavras, os empregadores fazem o diabo para reduzir o número de empregados.

Cinco milhões de ações trabalhistas por ano mostram como o custo dessas ações é alto. Em resumo, o operário ganha pouco, e custa muito. E temos um sistema sindical que é oneroso, ineficiente e também prejudicial ao próprio operário. Ele, com raras exceções, engana, como todo sistema, com uma proteção falsa ao trabalhador, quando na realidade restringe o emprego de qualidade e com dignidade.

As juntas de conciliação, aliás iniciadas em Minas na FIEMG, ajudam a resolver as disputas. Mas, se o sistema como um todo não for revisto, e essa revisão depende da capacidade das lideranças empresariais e dos trabalhadores, a situação só vai piorar. Não adianta a CNI e outros pedirem ao governo que faça isso. Tem que sentar, discutir e propor ao Congresso e ao governo. Mas, temos lideranças para fazer isso?

Saturday, 14 May 2016

DO MUNDO E DAS MUDANÇAS POLÍTICAS NO BRASIL

DO MUNDO E DAS MUDANÇAS POLÍTICAS NO BRASIL

O entendimento no exterior, em geral, das mudanças políticas no Brasil, é simples: de acordo com a Constituição em vigor, os parlamentares decidiram remover a Presidente da República e assumiu seu Vice-Presidente, como Presidente interino, até o processo de impeachment terminar.

Uns no exterior, como a UNASUL, fundada por sinal pelo Brasil, unindo países da América do Sul, consideram essa situação um grande perigo para a democracia no País. O secretario-geral da Organização dos Estados Americanos, também. Os países com governos da esquerda na América Latina, também, e na Venezuela estão até organizando protestos (com falta de cerveja, medicamentos , luz e tudo mais, um protesto a mais não faz diferença).

Cada um vê esse processo de acordo com os próprios interesses e visão. Por exemplo, muitos jornais falam mais da esposa do Presidente em exercício, Temer, do que do seu currículo político. Alguns jornais destacam a mudança no Planalto como a derrota flagrante da esquerda no continente e a chegada de direita ao poder. De fato, a saída de uma guerrilheira, que não deixou de lembrar ao mundo essa sua condição até o ultimo momento no governo, e a chegada de um professor de direito, político de centro-direita tradicional, é uma mudança de conteúdo e estilo.

A grande preocupação em vários segmentos, sejam diplomatas, banqueiros ou investidores, não é a interinidade do presidente, mas a sua capacidade de colocar  a economia nos trilhos. E para isso precisa do Congresso. E ficam as perguntas, como vão reagir a nova oposição , o ex-presidente Lula, e os movimentos sociais. Com que velocidade o novo governo vai demonstrar que é capaz de liderar as mudanças que foram exigidas pela população, independentemente do processo constitucional?

A cara e expectativas do novo governo também são seus ministros. Só dois deles são conhecidos globalmente, Serra como Chanceler, e Meirelles como Ministro da Fazenda. Talvez Biaggi, como destruidor do meio ambiente e grande produtor de soja. E assim, o movimento dos primeiros dois será bem observado. O Ministro Serra já inflingiu derrotas importantes e obteve vitórias ainda mais importantes na área do comercio internacional. Essa área vai mudar, com visão e, operacionalmente, muito rápido e de uma forma que não estamos acostumados a ver há décadas. E ai o Ministro Serra, além de sua  estatura política e a sua capacidade profissional, também tem um espaço menos dependente, por exemplo, do Congresso.

Nas área econômica, os resultados das mudanças dependem de um conjunto dos atores políticos. Então, o mundo espera suas oportunidades no Brasil, que resultem dos próximos atos e não só de wishfull  thinking.

Monday, 9 May 2016

Da falta e desastre da política econômica em Minas

Os números da queda do PIB de Minas são de chorar: queda de 4.9 % em 2015 e previsão de queda, novamente, neste ano, de 4.3 %. A queda da produção industrial de fevereiro do ano passado a este  ano  foi de 11.6 %. As exportações, de março  de 2015 a março de 2016, caíram 21.2 %. O desemprego nas região metropolitana de Belo Horizonte foi, em fevereiro deste ano, de  8.2 %. E as vendas no varejo caíram, em fevereiro deste ano, 9.1 %, comparado com fevereiro do ano passado. A produção industrial no setor eletro-eletrônico caiu nos últimos 12 meses em 31 % e a das máquinas e equipamentos, 42 %. O total  da produção industrial no estado caiu, em  2013, 1.5%, em 2014, 2.6 % (o governo de Anastásia)  e em 2015, já no governo Pimentel, a queda foi bem maior: 9.1 %. Os dados são todos de estudos da equipe econômica da FIEMG.

Qual é o remédio para que a situação não piore? Política econômica regional. Segundo os professores Mauro Borges e Marco Aurélio Crocco, dois economistas oriundos da UFMG, sempre citados quando se trata de políticas regionais de desenvolvimento, junto com Clelio Campolina, Paulo Haddad e Paulo Paiva, a solução é uma política econômica regional consensual que atende aos objetivos de todos os cidadãos.

Bem, Minas tem essa política hoje? Não. Tem retalhos sem visão do conjunto do futuro do estado. Faltam dados, faltam informações, faltam análises? Não. Faltam experiência e administradores experientes? Não. O governador do estado foi ministro de desenvolvimento e presidente do conselho do BNDES, presidente da CEMIG, e respeitado professor universitário. O secretario da fazenda, pela segunda vez, é um dos mais competentes economistas matemáticos que o país conhece. Conhece finanças públicas como ninguém. E sabe que a arrecadação vem do aumento da atividade econômica.

Nas entidades de classe há pessoas experientes. E muitas delas querem colaborar, além do seu e só seu interesse pessoal. Nunca um governo de Minas teve, incluindo o governador, tantas pessoas com graduação acadêmica mais alta do que este governo. E é justamente este governo que está propondo na reforma administrativa a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a criação da Secretaria de Administração Penitenciaria. Ou seja, o nosso futuro será administrar bem as prisões e não a economia.

O que será decidido na Assembleia, não se sabe e espera-se mais sabedoria dos deputados, em especial do PMDB, do que dos que colocaram a proposta na mesa. Pelo jeito, ainda vamos chorar por muito tempo, porque sem política econômica mas com Secretaria de Desenvolvimento, pelo menos algum rumo temos. Mas, sem esta, e transferindo as políticas públicas para o âmbito de  uma empresa estatal, só nos esperam mais interesses privados do que públicos. Alias, onde estão as vozes das entidades privadas nesta hora? Concordam com isso? Bem, então peço perdão, e salve-se quem puder!