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Friday, 6 December 2024

DO REAL QUE BALANÇA E DO DÓLAR QUE FICA

 DO REAL QUE BALANÇA E DO DÓLAR QUE FICA

 

Nos últimos dias tremeu a República econômica com a paridade do dólar dos EUAestar a 6 reais. A desvalorização do real neste ano foi das maiores entre as moedas dos países emergentes, mas no Brasil as variações cambiais passam de efeito econômico para o campo da percepção tanto política como econômica. E em qualquer circunstância, real valorizado (dólar baixo) ou desvalorizado (dólar alto), sempre há insatisfeitos: os exportadores querem real desvalorizado e osimportadores, valorizado. Assim as importações ficam baratas e as exportações competitivas. E em um país onde o custo de produzir é alto, a manipulação da taxa de câmbio faz parte da política de oferecer aos exportadores melhores condições de competir. Também é mais atrativo para a vinda de investimentos estrangeiros.

A moeda é um ativo sujeito a especulações. A recente “subida” do dólar, ou seja, a desvalorização do real em função do debate sobre o corte de despesas públicas, foi sim aproveitada por especuladores e deu um valor mais real à moeda brasileira. Não devemos também esquecer que houve, com a eleição de Trump, umfortalecimento do dólar e que muitas moedas se desvalorizaram, não só o real.

Olhando as contas externas do Brasil, em geral vistas com euforia, mas com pouco realismo, www.bcb.gov.br, verificamos um déficit persistente nas contas correntes2023, 42.8 bilhões e em 2024, 49.2 bilhões de USD para o mesmo período de dez meses no ano. Nosso balanço comercial ainda é positivo, mas as despesas no exterior têm aumentado. A vinda de investimentos estrangeiros, 63.8 bilhões, se mantém, como também as remessas de lucros das empresas multinacionais em torno de 40 bilhões é igual nos dois últimos anos. Ou seja, vale a pena investir no Brasil.

A guerra comercial anunciada por Trump vai se tornar uma guerra de moedas. Odólar é ainda a moeda de trocas e totalmente administrada pelos EUANão temos qualquer interferência. E quando o Brasil começou a falar em fazer uma moeda dos BRICS, levou um soco preliminar de Trump, determinando as regras do jogo.

Em uma economia volátil politicamente como a nossa, o dólar se torna, na classe média, moeda de poupança, de segurança e por isso a sua volatilidade se torna um problema político. Enquanto o Brasil tem 366 bilhões de reservas cambiais, os brasileiros, número não confirmado oficialmente, 500 bilhões nos EUA e na Suíça. 

O valor do real em relação a outras moedas tem também influência na inflação,porque para cada dólar que entra há emissão correspondente em real. E como importamos muitohá aumento do custo de vida. 

O jogo de moedas, sobe e desce, será, no próximo ano, devido às políticas norte-americanas, ainda mais emocionante. Para termos serenidade é bom distinguirmosquê o governo pode fazer, e o quê não.

Sunday, 1 December 2024

FRANÇA : BRASIL, da guerra de lagosta à guerra da carne

 Q DA GUERRA DA LAGOSTA À GUERRA DA CARNE

 

francês arrogante, cuja empresa no Brasilque emprega 130 mil pessoasproduz um quarto do lucro da matriz parisiense, fez uma declaração inadequada, impropria e inoportuna. O que disseque não vão comprar mais carnes do MERCOSULfoi interpretado como ofensa e a reação no Brasil levou a um pedido de desculpas. Em outros países do cambalido MERCOSUL não houve a mesma reação, mas aqui se aproveitou para unir setor o agrícola e demonstrar que o governo cuida dointeresses dos fazendeiros, que andam muito desconfiados do pessoal de Brasília.

Tivemos certa sorte para que guerra do boi e do porco terminasse nas desculpas. O conflito sobre pesca da lagosta no início de 60 virou quase batalha naval entre Brasil e França. E durou três anos para ser resolvido. Da época, atribuem ao Presidente francês De Gaulle a frase de que Brasil não é um pais sério. Mas os dois conflitos na essência mostram que mesmo tendo a maior fronteira terrestre, a da França com Brasil, e interesses econômicos que vão além das ligações culturais e educacionais, com 500 mil brasileiros empregados nas empresas francesas, não existe uma parceria de desenvolvimento entre os dois países. Presidente Macron recebeu há um mês um grupo grande de empresários brasileiros no palácio do governo, para jantar comme il faut, liderados pela Lide do ex-governador de São Paulo, João Doria, onde só tinha amor regado a champanhe.

Mas isso não impede os franceses, unidos nessa questão da extrema direita aos ecologistas, de ser contra o acordo entre a UE e MERCOSUL. Os franceses preferem perder esse acordo e continuar fornecendo ao Brasil tecnologia nuclear, aviões e manter seus investimentos dominando o mercado brasileiro, como é o setor alimentar e de construção, além do de hotelaria. 

Quem precisa mais do acordo, por sinal em discussão sigilosa está semana em Brasília, são outros países da Europa, como a Alemanha. A crise profunda na UE e o novo protecionismo de Trump, além da ameaça russa e da invasão industrial chinesa, enfraqueceram Europa, que está demitindo milhares de trabalhadores.Ela precisa de novos mercados. E o MERCOSUL é esse mercado.

Brasil, aceitando esse acordo, destrói, com raras exceções, a sua indústria e não aumenta seu acesso ao mercado da UE. Torna-se uma colônia tecnológica da Europa em atraso e sem rumo para alcançar China ou os Estados Unidos. E nos afasta de outros mercados que hoje sustentam nosso desenvolvimento. De fato, aUE teve chance de fazer o acordo, mas exigiu demais, e perdeu o timing. E fazer o acordo sem França, que não é Chipre, é quebrar União Europeia.

O melhor caminho é achar um outro caminho para prosperar. O atual já era.


Saturday, 23 November 2024

DO BRASIL E DO MUNDO. ESTAMOS NO MUNDO OU NÃO ESTAMOS?

 

Andando pelo interior da China, em cada  esquina tinha um chapéu com o nome do Ronadiño,assim mesmo. Na Cidade do Cabo, na África do Sul, esbarrava com publicidade dasHavaianas em cada esquina e no hotel de 5 estrelas serviam cachaça Germana de Nova União, encontrada também em bares chiques de Notting Hills, em Londres. Caipirinha em Santa Mônica, Califórnia. Gilberto Gil em Ljubljana. Pelé é um símbolo de arte no futebol no mundo inteiro. Obras de Niemeyer, Brasília. Teve  época que novelas brasileiras eram hit na China, Europa e África.

Brasil e seu povo têm sim uma imagem e uma presença importantes e reconhecidas no mundo. O Brasil é respeitado independentemente de atos dos governos ou incidentes conjunturais. Com sua presença diplomática, é um dos países com maior número de embaixadas no mundo ecom reconhecida competência do seu quadro diplomático, é um player indispensável em qualquer assunto mundial. Veja oresultado da reunião do G20. Show de bola na diplomacia mas lamentável no futebol. Perdemos à liderança. Nossos atletasmesmo assim brilham em inúmeros outros esportes são campeões.

 

No campo comercial, paradoxalmente, oferecemos ao mundo o que temos. Uma  base produtiva agrícola sob domínio dacomercialização de empresas multinacionais, ou seja somos mais comprados do que vendemos. Na área de mineração, a situação é melhor com Vale, mas mesmo assim predominam empresas não brasileiras na comercialização. A nossa base industrial, que foi destruída durante anos, é predominantemente de empresas estrangeiras que são orientadas para o mercado local e quiças para o Mercosul. Poucas têm base industrial exportadora aqui. É devido ao custo Brasil e à carga tributária,além de o foco ser o mercado local.

Mas para quem tem o comando do capital no Brasil, pode-ser dizer que há bons exemplos de integração e sucesso no exterior. Para começar, na área de engenharia houve exemplos que por razões de práticas comerciais não foram edificantes, mas do ponto de vista de engenharia sim. Hoje há construtoras brasileiras nos Estados Unidos edificando casas com grande sucesso. Outro caso é Banco Inter. Pensando bem, saindo das alterosas e ser banqueiro nos EUA não é pouca coisa. Marco Polo e Randon são duas outras boas histórias. A WEG de Santa Catarina é líder mundial em motores. Miolo, com vinhos na China. Stefanini, com serviços de tecnologia, inclusive na Romênia. Farmacêutica na Sérvia. E outros exemplos bons.  Mas insuficientes para equilibrar o balanço de pagamentos dependente majoritariamente de commodities. O turismo, que tem um potencial enorme, com ministério e tudo, é maior na saída de brasileiros do que na entrada dos estrangeiros. Vamos seguir bons exemplos e nos integrar mais ao mundo para crescer no Brasil.

 

 

 

Friday, 15 November 2024

DO BRASIL LIDERANDO E SENDO,LIDERADO

 DO BRASIL LIDERANDO E SENDO LIDERADO

 

Rio de Janeiro continuará lindo, com o crime em recesso, chuvas e segurança total, quando 55 delegações de 40 países e 15 organismos internacionais debaterem sob o guarda-chuva do G 20 a situação atual do mundo e seu futuro. Brasil lidera esse seleto grupo pela primeira vez e escolheu o tema da inclusão social, com a aliança global contra a fome e a pobreza como prioritários, além da reforma do sistema multilateral que está aí desde Breton Woods, em 1944, Nações Unidas, FMI etc. e mais a sustentabilidade. A reunião, presidida por Lula no Rio de Janeiro, que vai também abordar o tema das guerras, é o jogo final de um campeonato diplomático que durante um ano reuniu, além dos diplomatas, também ministros de diversas áreas, como finanças, educação, economia, meio ambiente e também grupos empresariais.

Essa reunião, que terá a notável ausência do Presidente Putin, vai trazer outros presidentes e chefes de Estado, como Biden dos EUA, Xi da China, que ainda vai ficar depois em visita de estadopela primeira vez o Millei da Argentina, Macronda França, Melloni da Itália, Ishiba do Japão , Modi da Índia, Claudia Scheinbaum do México e outrosÉ bom observar que alguns vêm em pleno poder, como Melloni e Millei, melhores amigos do recém-eleito Trump, e outros como Scholz da Alemanha, Ishibae Macron, enfraquecidos nos seus próprios países. Mas ninguém tanto quanto Biden, a quem provavelmente pararam de servir até cafezinho na Casa Branca. E sobre a reunião vai o tempo todo pairar a sombra deTrump, que provavelmente não vai querer participar de próximas reuniões e nem concordar com o que for concluído nesta.

Brasil, que vai no próximo ano presidir os BRICS e organizar reunião sobre Clima COP-30 em Belém, só tem a ganhar com as divergências que vão surgir no Rio. Primeiro, porque liderou dezenas de reuniões com competência e abriu inúmeros temas e diálogos em níveis operacionais que só melhoraram o relacionamento político e econômico do país. Os temas que propôs são convergentes, mesmo que follow up não seja eficiente. E sobre temas não convergentes, como os conflitos em Gaza e na Ucrânia, a mensagem de paz será significativa.

A parte mais importante será a dos encontros bilaterais, o jogo não público. E nessecapítulo, como os países vão reagir ao isolacionismo de Trump e seu conflito com China. Se Trump subir as tarifas contra China, China desvaloriza o yuan e continua competitiva, mas também cresce a inflação nos EUAOu seja, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E no capítulo China, como fica se Brasil aderir à Rota da Seda

O final da reunião não será uma aliança pró ou contra Trump nem pró China. Mas, é a primeira vez que os chefes de estados e de governos vão se reunir após a eleição do presidente dos EUA. E certamente as conversas vão gerar diálogos. Sobos céus do Brasil.


E China  ganhou de presente na visita de estado, mais alto nível nas relações entre países, a elevação de tarifas de importação dos painéis solares, Vai entender, como um país que produz meia dúzia de painéis, aumenta tarifa de importação para aumentar o custo de implementação das usinas solares parte fundamental de transição energética e com isso aumenta o custo de energia. E cuspe na cara do seu principal comprador e parceiro comercial. O que ganhou com isso no Brasil deve ter não só ganho muito mas tem um poder de derrubar uma relação comercial com China. Ou se enganaram no varejo ou ganharam muito dinheiro ou não sabem o que estão fazendo, Para fazer chineses de bobos e dar um tapa na cara, deve ter muito interesse envolvido porque chinês não perdoa, não esquece e não deixa de apresentar fatura.


Thursday, 7 November 2024

DO MUSK E FLUSK, QUEM MANDA NOS ESTADOS UNIDOS

 DO MUSK E FLUSK

 

Uma história de sonho americano: imigrante da África do Sul nos EUA se torna o homem mais rico do planeta. Elon Musk, 53 anos, 11 filhos, 3 esposas, distribui seu esperma aos amigos para melhorarem a raça,

 

 

 

Criador da Tesla, SpaceX, Starlink e dono do ex-Twitter, agora X, onde tem um Brasil, 220 milhões, de seguidores. Não bastava ser mais rico, nem ser recebido com tapete vermelho pelo Presidente da China Xi, e outros, agora trabalha arduamente na campanha do candidato Trump para presidente dos EUA, para ser o homem mais influente da política norte-americana. Sem pudor, abusa do X emitindo mensagens falsas, participou da campanha, emitiu opiniões e inverdades e ofereceu 6 milhões de reais a quem votar em Trump.

Ele pode tudo, e no Brasil vivemos isso recentemente, e a ele nos EUA, tudo é permitido. Os acionistas da Tesla, carro elétrico, votaram um prêmio pedido por ele, de 46 bilhões de dólares. Isso é aproximadamente 15 % de reservas cambiais brasileiras, sendo que a fortuna dele representa três vezes o total das divisas que oBrasil possui.

Musk não é primeiro empresário que está envolvido na política. O sistema político norte-americano é uma aliança entre os interesses do capital e sua população. Mas, mesmo com alguns excessos que inclusive levaram o país a intervir na política interna dos outros, essa intervenção já foi levada de uma forma mais discreta e equilibrada. Nelson Rockefeller é um exemplo. O JP Morgan, titã das ferrovias, outro. Musk escancarou. Não tem limites, impõe suas ideias conservadoras ao extremo e usa todas as armas. Sem escrúpulo. E se fizer parte do eventual governo do também empresário Trump, vai ter uma influência pior do tinham Steve Bannon e outros no primeiro governo.

Na campanha presidencial, Trump ameaçou os adversários e em especial empresários. Muitos como Jeff Bezos da Amazon e do Washington Postse curvaram à ameça. O fato é que mesmo numa economia tão liberal como a dos EUA, está campanha mostrou como as empresas dependem do governo. E aí reside a força ou ousadia de Musk. As suas empresas dominam hoje as comunicações por satélite, sistema de inteligência depende deles, os seus foguetes  são mais eficazes do que os da Boeing e a NASA não vai a lugar nenhum sem a SpaceX, sem falar dos automóveis Tesla, que lideraram a transformação energética. Ele é arrogante sim, é perigoso sim, sem limites, mas renovou o capitalismo americano e com ele os bancos, fundos de pensão e indivíduos ganharam muito, muito dinheiro.

Como dinheiro move o mundo, ele está por cima enquanto os que ganharem com ele estiverem salvos. A questão que  fica é, até que ponto as sociedades permitem que os milionários que, às suas custas ou com benefícios dessas sociedades ganham trilhões, adquiram também o direito inalienável de dominar politicamente os estados, governos, sociedades. 

 

Exemplos como Berlusconi, lembre do bumba bumba, Piñera no Chile, Babish na Tchequia, Macri na Argentina e outros não faltam. Como as sociedades se organizam para um equilíbrio de governança democrática entre seus vários atores e seus interesses, está em inúmeros estudos. Mas, poucos estudiosos têm dedicado seu tempo aos modelos políticos que refletem predominantemente interesses de grupos econômicos ou indivíduos que acham que saber ganhar dinheiro lhes dá um privilégio absoluto de dominar a sociedade. Ou os políticos que, para estarem no poder e usufruirem dele, fazem alianças espúrias, representando interesses econômicos, sobrepondo-se aos interesses da sociedade. Os exemplos não faltam e os instrumentos das sociedades equilibrarem, também não. Historicamente o pêndulo vai mais para os interesses dos indivíduos economicamente fortes e não para os interesses da sociedade.

 

 

 

Friday, 1 November 2024

GANHA QUEM GANHA AS ELEIÇÕES NOS EE UU, COMO FICA BRASIL

DA INCERTEZA DA CERTEZA: ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS

 

As urnas nos Estados Unidos já foram abertas. Presidente Biden já votou e duas caixas que recolhem votos já foram destruídas. Mas, o dia D das eleições é 5 de novembro. Para começar, por mais que essas eleições definam não só os Estados Unidos, mas também como ainda será o mundo, a previsão sobre o resultado é absolutamente incerta. Os dois candidatos majoritários, Trump e Kamala Harris, ainda têm outros dois mais sem chances, estão empatados nas pesquisas e a decisão num complexo sistema eleitoral americano não depende só do voto popular, mas também dos votos no Colégio Eleitoral, votos por estados. O candidato pode ganhar em votos populares, aconteceu com Hillary Clinton, e perder no Colégio Eleitoral. Então, muita calma durante a espera de resultados.

A campanha foi absolutamente incomum, não só porque a candidata democrata Kamal Harris substituiu Presidente Biden apenas dois meses antes das eleições e, mesmo arrecadando 6 bilhões de reais para a campanha, deparou-se sobretudo com a agressividade e baixo nível que apresentou ex-Presidente Trump. Comparando com padrões eleitorais brasileiros, e olha que nossas campanhas também têm um viés baixo, os discursos de Trump e seus seguidores ultrapassam qualquer limite de decência! 

As ameaças dele aos empresários que não o apoiarem, também outros grupos,como os judeus, levam a um estado de medo. Está claro que se ele ganhar haverá retaliações pessoais e contra empresas. Ele também prometeu que vai não só ter uma política rigorosa contra os imigrantes (mas como o país vai, com a queda de natalidade e envelhecimento da população, achar mão de obra já que 60 % dos americanos não têm ensino superior) mas vai estabelecer tarifas aduaneiras que vão custar a cada família 10 mil dólares por ano, aumentar os custos e inflação além de sofrer retaliação dos países atingidos.

Em resumo, a escolha é entre dois modelos de concepção política, democrática e econômicaE o mundo já conturbado pode ficar pior, dependendo de quem ganhar. 

América Latina, fora da questão imigratória e a transferência de indústrias para México, e claro, a Venezuela, sequer é tema da campanha. Mas, o seu resultado vainos afetar em muito. Se Trump ganhar, o desacoplamento dos Estados Unidos do mundo vai nos empurrar ainda mais para Ásia. O aumento do endividamento também, e o uso de dólar como instrumento de pressão econômica, também vão pesar. E a nossa emigração para lá e respectiva repressão, seja emigração legal ou não, serão muito afetados.

Na eleição é melhor manter a calma, mas também se preparar para vários cenários. Não há vencedor antecipado, mas os Estados Unidos, após essa eleição, não serão mais os mesmos. Com qualquer resultado, terão que mudar radicalmente para continuarem líderes.

 

É impressionante a diferença entre a percepção e a realidade de dados econômicos. Enquanto Produto bruto está crescendo a taxa de 2.8 %, desemprego está em 4.1 %, e a inflação a 2.1 %, maioria de eleitorado acha que Estados Unidos vão muito mal e que governo Biden não foi bem na economia.O emprego industrial cresceu muito e os salários ainda mais. E inúmeras novas empresas abriram as portas.Mas, a memória dos recentes aumentos de preços dos alimentos, ficou na cabeça do eleitor.

Um outro ponto é a participação do Musk. Não houve, e olha que existiam titãs de empresas poderosos na história, nos últimos cento e vinte anos tão desprendido em ocupar os espaços e abusar de limites como Musk inclusive nesta eleição.Usa e abusa e permitem lhe, como ao Trump abusar de todos os limites legais, morais e éticos de uma democracia que deveria continuar sendo exemplar. V.pode imaginar, se já na campanha se permitem tudo, como será depois.

Interessante é observar que mesmo no meio de um conflito militar, os israelenses em sua maioria, 73 %, preferem Trump a Kamala Harris. Como disse um colunista de Times of Israel, ou enlouqueceram de vez ou não entenderam de nada.

Potencial vitória de Trump, já cantada em prosa e verso, vai ter um aliado, e arqui-inimigo do Lula, presidente argentino Millei, como sue grande parceiro na América Latina. Esse fato e  outros, devem ter levado governo brasileiro a ter um plano de convivência com Estados Unidos nos próximos anos. Enquanto o mandato do atual governo brasileiro dura mais dois anos, o mandatário americano, fica quatro anos. E a convivência é entre os dois países não só entre os governos. Então, não é convivência entre os diplomatas, é entre países.