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Friday, 9 November 2012

A ELEICAO NA CHINA TAMBEM E IMPORTANTE



Dos camaradas Xi e Li

O  jogo de xadrez eleitoral mundial neste ano, com os lances de vitoria de Hollande na França, Chavez na Venezuela, Putin na Rússia e Obama nos Estados Unidos, entre outros, não terminou. Na próxima semana, será concluído o  18º Congresso do Partido Comunista Chinês,  e, com ele, a escolha dos novos dirigentes da maior nação do planeta. 2325 delegados do Congresso vão escolher o Comitê Central e Politburo e em seguida será escolhido, por voto secreto, o novo Líder do Partido Comunista chinês, que virá a ser Presidente da República Popular da China.

O escolhido será o Camarada Xi, que substituí Camarada Hu. E ele será acompanhado pelo Camarada Li, como Primeiro-Ministro. Começa a era de dez anos de uma nova geração dos líderes políticos de uma China cada vez mais poderosa, maior e, quem sabe, mais perigosa. Neste momento, os chineses estão em conflito aberto em torno de ilhas menores no Pacífico, com o Japão, Filipinas e Vietnã. É só exercício de poder militar e diplomático de um país que sempre foi grande, mas que ruma a ser potência mundial.

Os chineses têm seis mil anos de história. Não é um país uniforme, e a prosperidade das cidades litorâneas não é a mesma do interior. O modelo de economia socialista de mercado cria desenvolvimento, cria diferenças sociais enormes e sua orientação como fábrica do mundo, exportando mais e mais, cria também situações complicadas na própria China. Ela tem um modelo peculiar de organização política, em que o Exército Popular de Libertação é o que une país. Como disse um soldado chinês: eu tenho o fuzil, mas quem o dispara é o Partido. E por isso, a constante modernização das Forças Armadas e a  Presidência da Comissão militar determinam o verdadeiro rumo e a estabilidade política da China. E o Camarada Hu só deixará a presidência dessa comissão para Li daqui a dois anos. Aí é que começa a verdadeira troca de comando.

A China e os Estados Unidos concorrem mas não são inimigas. Na área econômica, estão encontrando uma cooperação competitiva, que obviamente tem problemas, como a desvalorização da moeda yuan e a manutenção de mil bilhões de dólares em reservas chinesas dos papéis americanos. No campo político, estão se acomodando para dividir o mundo economicamente e politicamente.

A política econômica chinesa terá que se dirigir também para o mercado interno, como força motriz de seu desenvolvimento, que hoje é a exportação. E se os chineses passarem para um modelo misto, o seu crescimento beneficiará a outros, inclusive o Brasil. A China hoje também sofre devido à crise na Europa e Estados Unidos, porque produz essencialmente para a exportação. Mas se mudar de modelo, vai se fortalecer internamente e externamente. Agora é pagar para ver o que vai acontecer.

Stefan B. Salej
7.11.2012.    

 

Thursday, 1 November 2012

VAMOS AJUDAR AOS AMERICANOS.NA TRISTEZA DOS FURACOES E NA DESTRUICAO DO PLANETA



Dos furacões

O mundo é um lugar perigoso para se viver, já diziam o nossos ancestrais. E, se você estivesse na semana passada morando ou trabalhando em Nova Iorque, seria ainda mais perigoso. Ou no Haiti, onde a devastação dos furacões foi ainda maior, mas menos noticiada, porque lá não é um dos centros do mundo. Muito mais gente morreu no Haiti do que nos Estados Unidos, mas o noticiário se concentrou, devido à importância estratégica da cidade norte-americana para o mundo, nas consequências do desastre natural naquela cidade.

Há um crescimento de desastres naturais no mundo. Tsunamis, furacões, terremotos, enchentes, invernos rigorosos, verões com temperaturas insuportáveis, incêndios florestais inclusive no  Brasil, secas, mortes, devastação sem-fim e tragédias humanas que contêm umas mais, outras nenhuma solidariedade. Com tecnologias avançadas, vivemos uma era de  previsilibidade  dos mesmos, mas não de capacidade de eliminar ou reduzir seu impacto de forma significativa na vida humana.

Não se podem desprezar os seus aspectos econômicos. O furacão Sandy custou à economia norte americana mais de 50 bilhões de reais. As seguradoras tem que se reposicionar e as atividades produtivas, empregos e de serviços sofrem. Mas é o drama humano e o custo de vidas que são mais importantes nessas tragédias.

A discussão sobre as origens destes desastres naturais e a participação do homem deve ser revigorada. E as mudanças climáticas, que sequer foram discutidas pelos candidatos presidenciais norte-americanos, como ficam? As intermináveis reuniões e discussões  sem muito resultado prático e sem engajamento dos Estados Unidos, o maior poluídor do mundo, secundado pela China, tem que ter um basta e um resultado. Se os políticos continuarem a defender um planeta marchando para a auto-destruição e se aproveitando dos desastres para fazer populismo barato, não temos nenhum futuro.

O nosso modo de vida em função dessa irresponsabilidade deve mudar. Primeiro nos engajando como cidadãos e depois materialmente. Haverá mais falta de eletricidade, de água, menos mobilidade e maior custo da vida. A nossa vida está sendo forçosamente modificada e não está sendo acompanhada pela arquitetura, construção, serviços de eletricidade e transporte, entre outros. Do jeito que o mundo vai, com irresponsabilidade política dos países ricos e a incapacidade financeira dos países em desenvolvimento para se preparar para os desastres chamados naturais, viver será ainda mais perigoso e desagradável, mesmo que cada um de nos procure só felicidade própria.

Stefan B. Salej
31.10.2012.