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Thursday, 4 October 2012

DO HUGO A CAPRILES-ELEICOES NA VENEZUELA



Do Hugo e Capriles  

Hoje haverá outra eleição disputada, além das municipais no Brasil. Na Venezuela, o atual Presidente Hugo Chaves, lutando pela terceira ré-eleição, enfrenta o jovem Capriles Radonski, candidato oposicionista. O mundo inteiro vai estar de olho nessa eleição, já que a Venezuela, com seus quase 30 milhões de habitantes, e sendo a décima riqueza em petróleo no mundo, ganhou sob, a presidência do Chavez, um destaque peculiar.

Chavez assumiu o governo pelas urnas após uma tentativa frustrada de golpe. E permaneceu no governo apesar de inúmeras tentativas de o retirarem de lá. Como ele mesmo disse numa conversa particular, ficou porque se convenceu de que a democracia é a melhor forma de se governar. E por isso foi difícil de tirá-lo, apesar do enorme esforço dos Estados Unidos, que financiaram até camisetas dos opositores, na palavra de um diplomata norte-americano. Imagine o que mais fizeram para tirar o Chavez da Presidência, como se não  bastasse ele estar com  câncer.



Independentemente de visão externa da gestão do Chavez, ele fez algo simples para o país mais rico da América Latina em petróleo: tentou distribuir a renda. Ele criou, com base nos valores do libertador da América espanhola Bolívar, uma ideologia diferente, chamada socialismo do século 21. A guarda presidencial no Palácio Miraflores exclama para o espanto dos visitantes "Socialismo o Muerte". Ele enfrentou os Estados  Unidos, se aliou a Cuba e chacoalhou a política latino-americana. E conseguiu com sua política econômica que faltassem alimentos, nacionalizou bancos e empresas de energia e pagou a conta diferentemente de alguns outros países da região. E entrou no Mercosul.

A campanha não indica com clareza o vencedor.  O opositor Capriles, de forma inteligente, promete continuar com as conquistas sociais do Chavez e fala do modelo de Lula. Para a Venezuela, o Brasil é o modelo. Estas eleições são importantes para Brasil. Primeiro porque somos importantes parceiros econômicos. Exportamos bem, recebemos bem e temos um bom saldo comercial. E somos investidores. Há muito dinheiro brasileiro na Venezuela e quebra a desse fluxo, após o desastre econômico argentino, pode afetar e em muito a economia brasileira. Com Chavez ou com Capriles, o Brasil deve prestar muita atenção nessas eleições, porque está em jogo muito mais do que amor e ódio a uma ideologia.

Stefan B. Salej
4.10.2012. 


Tuesday, 11 September 2012

DAS ELEICOES PELO MUNDO





Sem dúvida, as eleições na minha cidade são as mais importantes. Mas eleições também existem em outros lugares, e este ano haverá algumas outras que também têm a ver com o nosso mundo. Daqui  até o final, haverá eleições em países absolutamente fundamentais para o nosso futuro. Claro que não podemos desprezar as eleições já realizadas, como na França, a com vitória do socialista Hollande. Ou a volta do Putin à Presidência da Federação Russa.

A mais esperada e propagada será a eleição do Presidente dos Estados Unidos, em novembro. As eleições americanas interessam a todo mundo, mas também são as mais noticiadas. O atual presidente Obama não vai derrotar, apesar de pequena vantagem de hoje, facilmente, o candidato republicano Romney. A eleição será decidida no último minuto e os resultados econômicos, principalmente a taxa de desemprego, vão pesar muito na decisão do eleitorado. E mais: a eleição pode ter prorrogação nos tribunais e batalhas jurídicas com recontagem de votos como nunca antes vistos. Os republicanos não vão entregar a vitoria fácil aos democratas.

Outra eleição que pode mudar a face do mundo é a chinesa. Mas lá o processo de escolha do principal dirigente do país é bem diferente do americano. Não há sufrágio universal. A escolha de chefe do partido comunista e de seus dirigentes é feita pelo congresso do partido, em geral em outubro. O congresso confirma a escolha do seu líder, que ocupa também a presidência do país e da poderosa comissão militar. O problema é que até agora os chineses ainda não anunciaram a data do congresso do partido e o principal candidato, Camarada XI, sumiu de circulação. E a China está também enfrentando situações econômicas que vão exigir uma nova postura de suas lideranças.

Mais perto do Brasil haverá a eleição presidencial na Venezuela. O candidato oposicionista Capriles esta enfrentando a máquina de Chaves, com apoio dos Estados Unidos. Chances de ganhar, inclusive porque Chaves conta com apoio de marqueteiros
brasileiros, são poucas. Mas o resultado da  eleição só se sabe após a abertura de urnas.

Não última em importância, será a escolha do Presidente do Congresso Nacional Africano na África do Sul, que se torna o candidato do partido que tem pelo sistema eleitoral 70 % dos votos e portanto será eleito o Presidente do país. O atual presidente Zuma é candidato à reeleição, mas o massacre dos mineiros, o desemprego alto  e mais alguns deslizes, criaram uma oposição que dará trabalho ao hábil Zuma.

Stefan B. Salej
11.9.2012.