DOS 70 ANOS DE ISRAEL
Há setenta anos foi fundado Israel, uma república democrática com democracia representativa, único país não árabe no meio de um mundo árabe, e único país democrático num mundo de países autocráticos, monarquias e democracias autocráticas. Um país que surgiu de uma resolução das Nações Unidas, na sua Assembleia Geral presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha. Nasceu um país cujos habitantes tanto sobreviveram à luta contra a ocupação britânica, (que não hesitou em enforcar judeus lutando pela independência, além de outras barbaridades, como fazer de tudo para que a convivência entre judeus e árabes se transformasse em ódio, facilitando a sua administração) como vieram de uma Europa onde foram assinados seis milhões de judeus, além de outros chamados inimigos do Reich alemão.
A história milenar dos judeus errantes, perambulando pelo mundo (ainda hoje só 50 % dos judeus no mundo vivem em Israel), de repente parou com a fundação do Estado de Israel. Um país cujos habitantes na sua maioria vieram das várias partes do mundo, cujas terras eram pouco férteis e sem comunicação com o mundo. Os judeus que as habitavam fizeram universidades, e começaram, através dos kibutzim, comunidades de trabalho, produção e comercialização, a transformar, com o uso eficaz da água, o deserto em terra fértil. Das universidades saíram empresas de tecnologia, e, com senso comum, foi construído um estado democrático, forte e avançado.
Como para os judeus nunca nada foi dado, ou foi fácil, também a construção do Estado de Israel não o foi. A construção do Estado de Israel, várias vezes atacado pelos vizinhos árabes, exigia uma força militar de defesa eficaz e eficiente. Mas, sobre tudo, uma força cuja base é o serviço militar obrigatório de jovens de ambos os sexos, antes de entrarem na universidade. Em Israel, como disse o já falecido Primeiro-Ministro e Presidente Shimon Peres (nascido na Polônia), não há espaço para sonhos pequenos.
O país hoje é admirado no mundo inteiro pelo seu sucesso tecnológico e econômico. E também pela sua força militar. Geograficamente, é o centro de três religiões, judaísmo, islamismo e cristianismo. A sua capital, Jerusalém (entre os judeus existe a frase, No ano que vem em Yerushalaim), é a síntese da evolução do mundo. Mas, os setenta anos não são nada em relação à historia milenar dos próprios judeus e dos povos árabes vivendo na região. Israel tem uma população árabe significativa, com seus representantes no parlamento, a Knesset, e uma situação ainda não resolvida com os palestinos vivendo em Gaza e nos territórios palestinos autônomos com sede em Ramalah.
Como disse o Rabino Michel Schlesinger, existe um Israel de poemas e de imperfeições. Ainda há um caminho a ser percorrido para a paz entre judeus e árabes, os dois reconhecendo a necessidade de coexistência (em especial os radicais palestinos que não querem reconhecer o estado de Israel e lutam para destruir o mesmo). Israel festeja bem os primeiros 70 anos como estado independente, inclusive como exemplo de transformação de uma terra e agora de uma sociedade de convivência e paz. Mazal Tov!
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