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Thursday, 26 April 2018

DOS 70 ANOS DE ISRAEL


DOS 70 ANOS DE ISRAEL

Há setenta anos foi fundado Israel, uma república democrática com democracia representativa, único país não árabe no meio de um mundo árabe, e único país democrático num mundo de países autocráticos, monarquias e democracias autocráticas. Um país que surgiu de uma resolução das Nações Unidas, na sua Assembleia Geral presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha. Nasceu um país cujos habitantes tanto sobreviveram à luta contra a ocupação britânica, (que não hesitou em enforcar judeus lutando pela independência, além de outras barbaridades, como fazer de tudo para que a convivência entre judeus e árabes se transformasse em ódio, facilitando a sua administração) como vieram de uma Europa onde foram assinados seis milhões de judeus, além de outros chamados inimigos do Reich alemão. 

A história milenar dos judeus errantes, perambulando pelo mundo (ainda hoje só 50 % dos judeus no mundo vivem em  Israel), de repente parou com a fundação do Estado de Israel. Um país cujos habitantes na sua maioria vieram das várias partes do mundo, cujas terras eram pouco férteis e sem comunicação com o mundo. Os judeus que as habitavam fizeram universidades, e começaram, através dos kibutzim, comunidades de trabalho, produção e comercialização, a transformar, com o uso eficaz da água, o deserto em terra fértil. Das universidades saíram empresas de tecnologia, e, com senso comum, foi construído um estado democrático, forte  e avançado.

Como para os judeus nunca nada foi dado, ou foi fácil, também a construção do Estado de Israel não o foi. A construção do Estado de Israel, várias vezes atacado pelos vizinhos árabes, exigia uma força militar de defesa eficaz e eficiente. Mas, sobre tudo, uma força cuja base é o serviço militar obrigatório de jovens de ambos os sexos, antes de entrarem na universidade. Em Israel, como disse o já falecido Primeiro-Ministro e Presidente Shimon Peres (nascido na  Polônia), não há espaço para sonhos pequenos.

O país hoje é admirado no mundo inteiro pelo seu sucesso tecnológico e econômico. E também pela sua força  militar. Geograficamente, é o centro de três religiões, judaísmo, islamismo e cristianismo. A sua capital, Jerusalém (entre os judeus existe a frase, No ano que vem em Yerushalaim), é a síntese da evolução do mundo. Mas, os setenta anos não são nada em relação à historia milenar dos próprios judeus e dos povos árabes vivendo na região. Israel tem uma população árabe significativa, com seus representantes no parlamento, a Knesset, e uma situação ainda não resolvida com os palestinos vivendo em Gaza e nos territórios palestinos autônomos com sede em Ramalah. 

Como disse o Rabino Michel Schlesinger, existe um Israel de poemas e de imperfeições. Ainda há um caminho a ser percorrido para a paz entre judeus e árabes, os dois reconhecendo a necessidade de coexistência (em especial os radicais palestinos que não querem reconhecer o estado de Israel e lutam para destruir o mesmo). Israel festeja bem os primeiros 70 anos como estado independente, inclusive como exemplo de transformação de uma terra e agora de uma sociedade de convivência e paz. Mazal Tov!

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