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Friday, 2 January 2015

DA ECONOMIA ESTUPIDA

Da economia estúpida Oh espelho meu, me diz: tem Estado mais bonito do que eu? A pergunta para avaliar os investimentos no Estado brasileiro pelo investidor, seja nacional ou estrangeiro, é mais do que válida! Mesmo com a economia brasileira em crise, com baixo crescimento e um aperto fiscal à vista, a Europa em recuperação e os Estados Unidos se recuperando, existem oportunidades de investimento no Brasil. O fato é que quem souber, no ditado clássico, fazer da crise oportunidade, ou do limão limonada, vai ganhar espaço, vai ganhar mercado e vai ganhar dinheiro. Não há dúvida alguma de que o saneamento fiscal e financeiro do Estado é bem visto pelo investidor. Estado falido como o nosso é um desastre para o trabalhador e péssimo para o empresário. Não é só por causa dos investimentos que o governo estadual lidera ainda, mas entre outras coisas, pela má prestação de serviços públicos, inclusive de saúde, educação e segurança, que prejudicam toda a população. Manter as finanças públicas em ordem não é opção, é obrigação dos governantes. Mas, aí entra a estupidez da economia. Aliás, algo que um governo composto por próceres econômicos facilmente entende. As finanças públicas só vão ser acertadas se a economia produtiva ou aquela que produz pagamento de impostos for bem sucedida. No popular, as empresas quebradas não pagam impostos. E haja no estado empresas quebradas. Ou mais, haja nas Gerais empresas em vias de quebrar por causa do mercado externo e seus preços aviltados, por causa de fuga de capital que transformou Miami em sede do capitalismo mineiro, ou por diminuição dos negócios e a sua qualidade no país inteiro. E ninguém, fora algumas frases de efeito, viu uma meta de crescimento do PIB mineiro nos próximos anos e muito menos um consistente plano que inclua um acordo entre o governo, trabalhadores e empresários para, após 12 anos de marketing de ilusão de crescimento, chegar à hora de um crescimento sustentável. Muitas das iniciativas, como o pioneirismo mineiro no projeto Cresce Minas, introduzindo a metodologia de clusters no país, foram bem sucedidas. Tem que continuar com o que foi bem feito, melhorar as condições de desenvolvimento de empresas existentes e não privilegiar só a vinda de novos investimentos que recebem tudo enquanto os empresários que estão lutando para sobreviver perdem tudo. É mais barato para o estado apoiar os que estão aí do que dar incentivos a que vem. Mas, os novos investimentos não devem ser desprezados. E nem os novos mercados. Minas tem uma relação especial com China, que deixará de importar as mesmas quantidades de minérios para investir em siderúrgicas e produtos sofisticados fora. E aí a nossa visão não pode ser só de valorização de zebu, enquanto uma Xiaomi, a empresa de maior sucesso na era de telecomunicações do mundo, que tem em um mineiro, Hugo Barra, seu principal executivo, está se instalando no Brasil e em Minas nem sabem que o nosso conterrâneo está aí! Haja visão e haja ação para voltar crescer. É a economia, estúpido! Stefan Salej 2.1.2015.

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