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Monday, 10 December 2012

BRASIL, BRAZIL, GRANDE,PODEROSO,POTENCIA




Do Brasil potência

A dimensão territorial e populacional do Brasil já tornam o país grande. E como é o maior do continente sul-americano, surgem constantes críticas a suas políticas, quaisquer que sejam, porque se parte do princípio de que Brasil faz de tudo para ganhar sempre,  prejudicando a terceiros. Acusações de hegemonia brasileira no continente e seu avanço  no cenário internacional geram resistências  e reações que dificultam a cooperação do Brasil com os países vizinhos.

No campo regional, a cooperação entre países ocorre através de instrumentos de integração  como o MERCOSUL  e a UNASUL, que são absolutamente naturais e usados também em outros continentes. Os exemplos mais gritantes são a União Européia e o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. É normal que o Brasil exerça nessas agremiações um papel ativo, levando em consideração interesses de todos os sócios, caso contrário o funcionamento do sistema seria prejudicado. Comparando, todos reconhecem o papel importante da Alemanha na UE, porque ela representa a economia mais forte da Europa. É algo natural nos dois casos.

A integração energética da América do Sul gera benefícios para todos na região e é fundamental para todos os parceiros. É claro que o aproveitamento energético pode ser maior onde existe uso maior de energia, ou seja, onde tem maior população e mais indústria. E também fica claro que essas alianças energéticas são alianças políticas. Enquanto o Brasil tem uma perspectiva de longo prazo na região, com países como o Paraguay, Argentina, Peru e Bolívia, os movimentos democráticos nos mesmos mudam muitas vezes a sua relação com o Brasil a cada eleição. Como é legitimo que eles queiram sempre condições diferentes nos contratos, também é legitimo que o Brasil defenda seus interesses.

Outro campo de cooperação é a área militar. Fronteiras comuns nas áreas dominadas por narcotráfico exigem uma ação comum, caso contrário o vencedor é o inimigo. As forças  de defesa desses países só podem colaborar. Não há outra alternativa para vencer o  adversário. E aí vale a pena observar que os investimentos brasileiros nessa área estão bastante abaixo dos seus parceiros da UNASUL.

O mundo é dividido em países líderes regionais. A sua liderança é determinada pelo seu desenvolvimento econômico e social e sua capacidade de cooperação. Há casos em que prevalece a liderança militar como braço prolongado de interesses econômicos. Não é o caso do Brasil, portanto não há ação hegemônica mas procura de parceria estratégica,  nos melhores ensinamentos do Barão do Rio Branco.

Stefan B. Salej
5.12.2012.   





Friday, 30 November 2012

DE NOVO!!! ANTI SEMITISMO NA EUROPA.



Do anti-semitismo

Sessenta anos após os aliados terem descoberto, no fim da segunda guerra mundial, os campos de concentração e a morte de seis milhões de judeus, entre os quais 600 mil de Hungria, aparece na União Européia um deputado que pede o censo de judeus no seu país. Como Hitler fez com ajuda de tecnologia da IBM na Alemanha da época. O deputado é húngaro, do partido de extrema direita Jobbik e seu nome é Marton Gyangyosi. Aliás, foi na Hungria que conseguiram, após denúncia do jornal britânico The Sun, achar um criminoso de guerra que mandou para a morte mais de quinze mil pessoas e vivia  tranqüilamente. A Hungria é hoje o país europeu com maior índice de xenofobia e anti-semitismo, segundo uma pesquisa realizada em março pela Liga Anti-Difamação, entre dez países europeus.

O mais extraordinário na história é que o governo húngaro demorou a dizer que não concorda com seu deputado e a Comissão Européia, tão zelosa com direitos humanos em terceiros países,  sequer se pronunciou nos primeiros dias. Alias, a Europa esta tolerante com  governo húngaro no seu intuito antidemocrático e a sua xenofobia, que se reflete inclusive no trato com suas minorias e seus ciganos.

A tolerância dos europeus com atitudes do governo húngaro é a própria mesma demonstrada com o anti-semitismo e outras formas de intolerância que estão crescendo na Europa. Assassinatos de crianças judias recentemente na França e ataques a sinagogas são outra face dessa intolerância. Aliás, a pesquisa acima mencionada mostrou que o anti-semitismo cresceu, de 2009 para 2012, em dez países da Europa, de forma desproporcional na Espanha, Hungria e Reino Unido. E que 46 % dos poloneses acham que os judeus mataram Jesus Cristo, ele judeu, de pais judeus.

Na América Latina, o mais conhecido é o ataque à comunidade judaica em Buenos Aires, mistério até hoje não esclarecido.  O Brasil, com seu altamente desenvolvido dialogo inter-religioso e com a sua convivência entre raças e religiões, pode ser até agora um bom exemplo para a Europa. Desprezar essa crescente intolerância húngara e européia é desprezar a história e transformar o futuro em refém dos conflitos religiosos e raciais. Os países cujos políticos conseguem liderar a paz e a tolerância progridem mais em todos os campos, inclusive o social. Este é um dos grandes ativos, além do território e língua comum do Brasil, que tem que ser preservado. Por isso, o irresponsável húngaro, com seu discurso, passa a ser um problema de todos, não só da comunidade judaica.

Stefan B. Salej