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Saturday, 26 October 2024

DA GUERRA E PAZ

 DA GUERRA E PAZ e a desgraça dos outros

Festa em grande escala em Kazan, maior evento diplomático de todos os tempos que Rússia já organizou, a reunião dos BRICS, parece com os Jogos Olimpicos de 1936 na Alemanha nazista. Cortina de fumaça para agressão russa de Ucrânia em 2022. Mesmo que os diplomatas e seus superiores em Kazan falem de paz, as declarações jamais condenam a Rússia como invasora, a guerra continua com todo o seu vigor. Segundo várias estimativas, um total de 1 milhão de soldados foram mortos ou feridos. Dos dois lados. E a população da Ucrânia, que antes da guerra era de 43 milhões de habitantes, hoje é de 3milhões. Cidades, vidas destruídas, e nenhuma perspectiva de paz. 

Uma parte do território da Ucrânia está invadido pela Rússia e as forças ucranianas estão de um lado defendendo o território ainda não invadido e por outro lado atacando as forças russas para reconquistar os territórios invadidos. E a guerra também já se instalou no território russo. Rússia que, segundo inúmeros conhecedores ocidentais do país, achava que ia fazer um blitz krieg, guerra rápida, um passeio pela Ucrânia, foi surpreendida pela reação ucraniana e seus aliados ocidentais liderados pelos Estados Unidos e União Europeia, que se sentiu territorialmente ameaçada pela Rússia.

A reação ocidental é que sustenta a reação ucraniana. Com armamentos, munições, aviões e ajuda financeira em torno de 50 bilhões de dólares, 280 bilhões de reaisdesta semana, que países do G 7,países mais industrializados do Ocidente, vão fornecer.

Esse dinheiro provém de recursos russos depositados no Ocidente, que serão desviados para apoio à Ucrânia. Ou seja, aparentemente os dólares russos estão financiando a defesa ucraniana. As sanções contra Rússia paradoxalmente só fortaleceram o país, a compensação foi a alta de preços de petróleo e matérias primas, e mais: criaram uma aliança com China e outros países, que surpreendeu o mundo ocidental. paradoxo é que invasão russa da Ucrânia mudou a geopolítica mundial. Se a Rússia fosse vencedora de uma blitz krieg, poderia se imaginar que a mudança da estrutura do poder que estamos vivendo não aconteceria? Mas aconteceu.

Veja o caso do Brasil, que nem apoia, nem condena a invasão russa. Por causa do conflito passou comprar fertilizantes na Rússia, o que lhe permite produzir os alimentos para exportar para outro aliado do Putin, a China. E no imbróglio diplomático que se criou, só pode ficar neutro.

Alguns analistas estão esperando o resultado das eleições norte-americanas com a esperança de um acordo de paz. O imprevisível Trump já disse que não apoia aUcrânia. Mas a Europa não concorda com um tratado de paz que  garanta que aRússia, que com exemplo de interferência nas eleições da vizinha Moldava na semana passada, ciberataques pelo mundo e aliança com o Irãnão vá invadir outros países. Enquanto isso, morrem crianças, os jovens não têm futuro, as mães choram os filhos e maridos, é a guerra onde a vida humana não vale nada. E neste quesito, é bom lembrar que no Brasil, pelo menos dessa desgraça estamos no momento livres.


É sempre bom lembrar a história de Argentina, grande benfeitora de Segunda Guerra mundial cuja elite política r econômica achava que a desgraça de outros ia durar eternamente e quando acabou, com ela o país ficou-se se recuperando até os dias de hoje,


 

 

Thursday, 17 October 2024

DO TUNEL SEM LUZ NO FIM: DESASTRES NATURAIS E CRISE DE CONCESSSŌES

 DO JOGA PEDRA NA GENY

 

O caos provocado pela tempestade e falta de energia na cidade de São Paulo é simplesmente inacreditável. A cidade está parada. E no meio do segundo turno das eleições municipais, todos acharam um culpado: a concessionária de energia. É impressionante o caos verbal sobre a responsabilidade do desastre.

O caso de São Paulo levanta problema das concessões de serviços públicos. No caso específico, a concessionária é uma empresa estatal italiana. Tendo assumido a concessão em São Paulo em 2018, fatura hoje mais de 45 bilhões de reais, com atuação também no Rio e Ceará. Possui um pouco mais de 8 mil funcionários diretos e mais de 38 mil terceirizados. Quem tem um mínimo de conhecimento do setor sabe que esse nível de terceirização reduz a qualidade dos serviços, o que leva ao desastre que São Paulo está passando.

A questão que se coloca é, se temos uma concessionária apresentada ao Presidente da República em presença do Presidente e da Primeira-Ministra da Itália, a qual diz no seu site que é leading company in Italy’s geopoliticso que de fato podemos esperar dessa empresa no atendimento aos consumidores no Brasil? A ENEL declara que são três os pilares do seu desenvolvimento: lucratividade, eficiência com máximo de caixa e sustentabilidade financeira e ambiental. E pagandodividendos de 8 % ao ano. E os investimentos no mundo diminuíram no ano passado 11.4 %, sendo que a promessa deaumentar investimentos nos próximos três anos no Brasil é de 47 %, de 2.5 bilhões de dólares nos últimos, anos para 3.7 bilhões nos próximos três anos. Ou seja, não investiram o suficiente no passado, e o que prometem não é suficiente para futuro.

 

Em resumo, com caos entre entidades federais para controlar a concessão e a incapacidade do atual prefeito para gerenciar essa relação, o consumidor é sujeito a um serviço determinado pelos objetivos exclusivamente financeiros da empresa. É claro que a empresa investe para ter a remuneração pelo seu capital. Mas, essas concessões, o da ENEL é exemplar, mostram que há algo podre no reino das concessões. Além da incompetência intencional, porque setor elétrico brasileiro foi bem estruturado há dezenas de anos atrás, politicamente estamos entregando as empresas estatais brasileiras a estatais estrangeiras cujo poder político no Brasil é muito maior do que pensamos. Estou esperando para ver quem vai enfrentar governo italiano para tirar ENEL de São Paulo. Alem do claro, se tirar, fazer o quê. O caso de São Paulo não é únicoele se repete em vários outros setores e pelo Brasil afora. Rever isso não seria insegurança jurídica, mas, ao contrário colocar ordem no galinheiro.

 

 As concessões no Brasil são uma gangorra, vai e vem, as empresas que vem raramente ficam por dezenas de anos. As condições mudam, políticas tarifárias são populistas, interesses pessoais se sobrepõe aos interesses públicos.E nas últimas décadas mal analisam quem é com que recursos compra a concessão.E vem o clássico: pagar juros altos, tem que espremer os custos, terceiriza e manda embora as pessoas que conhecem o trabalho e não investe. E as entes que controlam, não controlam nada.


Convivi com Gov.Antonio Carlos Magalhães que quando vendeu Coelba, em seguida enquadrou os novos donos, espanhóis, que fizeram como foi descrito inclusive ameaçando intervir na empresa. No Rio os franceses saíram da Light por pura incompetência. AES fez na Cemig de gato e sapato deixando Itamar Franco apavorado e sob pressão do governo federal e dos norte americanos.


A falta de coordenação, atual prefeito e seu staff  não se falam com diretores de Enel,e caos em São Paulo, já segundo em pouco tempo, tem enormes efeitos econômicos. Ninguém ousa fazer esse cálculo e as pessoas estão com medo o que possa acontecer para frente.


Mas também pode ter um desfecho politico, no mínimo paradoxal. Se esse evento mudar o humor de eleitor paulista e Boulos ganha, que quer matar entre outros Enel, como fica a situação? 


Na semana passada esteve no Brasil, e claro na Fiesp, Ministro de Relações exteriores da Itália, influente Trajano, ultra direita. Foi embora antes de acabar luz e claro cuidou de interesses econômicos italianos no Brasil. TIM, Stelanfis, Pirelli, Ferrero Rocher etc.etc. Acordo UE Mercosul. 


O fato é que enquanto o lado brasileiro não se organizar e saber o que quer desta e outras concessionárias, a economia é cidadão vão sofrer.E não adianta jogar pedra.


Stefan Salej

15.10.2024.


Www.salejcomment.blogspot.com



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Friday, 11 October 2024

DA GUERRA E GUERRA

 DA GUERRA E GUERRA

 

Assasinatos, estupros, mutilações, sequestros, crianças, jovens, adultos, idosos, sem restrição, civis e militares, perpetrados há exatamente um ano pelo grupo terrorista Hamas em Israel, provocaram um conflito cujo fim não está à vista. É absolutamente surpreendente que Israel, com os melhores serviços de inteligência e forças armadas, não tenha detectado ataque dos terroristas e tenha subestimado a sua força militar. Eo desastre humanitário iniciado pelo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, continua cada vez mais intenso, expandindo-se para Líbano, onde outra força terrorista islâmica, o Hezbollah,domina a política, o estado e o território de onde ataca diariamente Israel.

As origens desse conflito sangrento estão na divisão de Oriente Medio  após a Primeira Guerra Mundial, com a queda doImpério Otomano. Essa divisão artificial dividiu povos, religiões, nações  e criou estados artificiais. E a criação de Israel em 1948, em que o Brasil teve na votação na ONU um papel importante, ao reconhecer o direito do povo judeu a ter seu próprio estado, também não resolveu a questão dos palestinos.Mas, já durante Segunda Guerra Mundial, o Mufti de Jerusalém, líder muçulmano na então Palestina, se uniu a Hitler para dizimar os judeus. E desde a sua fundação o Estado de Israel sofreu inúmeros ataques.

O conflito de hoje ultrapassa as fronteiras de Israel, que tem todo o direito de se defender de grupos como o Hamas, que querem a destruição de Israel e morte de todos os judeus. O extremismo árabe, alimentado por potências regionais com infinitos recursos em armas e dinheiro, alimenta também umextremismo que vai além da luta para sobrevivência, do lado do Israel. É luta de um estado democrático mas dominado por extremistas contra um grupo terrorista religioso. É difícil achar diálogo quando não os povos, mas seus dirigentes políticos,sobrevivem de conflito e não de paz.

conflito hoje envolve proxies do Irã, que querem destruir Israel, e alimenta vários grupos terroristas. A instabilidade no Oriente Médio afeta  os preços de petróleo, as rotas de comércio, ou seja a economia mundial. As grandes potências estão envolvidas e os políticos estão divididos. É tema da eleiçãonorte-americana. O Presidente francês Mácron exige a proibição de venda de armas a Israel, mas ninguém by the way jamais disse onde os terroristas do Hamas obtém dinheiro e armas, mas Primeiro Ministro da França disse que apoio a Israel e sua sobrevivência estão fora de debate.

O anti-semitismo cresceu de forma assustadora. Ser judeu no mundo hoje , e maioria quer paz, é difícil. O conflito só será resolvido por meios de negociação de uma paz em que Israel esteja em segurança, e palestinos tenham a sua sobrevivência assegurada. Ou seja a solução de dois estados. Shalom.