DA SEMANA DO TRUMP
Na arena internacional, a cada segundo acontece algo que pode afetar o mundo inteiro. Mas nada comparável à primeira semana do novo Presidente dos Estados Unidos da América first, Donald Trump. O empresário do setor imobiliário criado no mercado do grito de Nova Iorque, conforme explica com competência, sua característica básica, o Embaixador e ex-Ministro Rubens Ricupero, começou a fazer tudo o que prometeu na campanha eleitoral.
Tirou seu país do Tratado Transpacífico, que reuniria 40 % da riqueza mundial, atacou o sistema de saúde do governo anterior, começando a desmontar o seguro saúde universal, chamou os três grandes de indústria automobilística e mandou aumentar a produção nos Estados Unidos, começou a construir um muro na fronteira com o México (por enquanto pagando ele mesmo, mas com firme intenção de cobrar dos mexicanos), cancelou o decreto de Obama que proibia construção do oleoduto chamado Keystone, que será um desastre ecológico, e limitou a entrada de refugiados sírios, como se seu país nada tivesse a ver com a guerra lá fortemente apoiada pelos Estados Unidos. Bem, teve mais a proibição de recursos para as ONG que promovessem aborto, seja onde for, e independentemente de necessidades médicas , como Aids, Zica e violações de guerra.
Em resumo, o governo tweeter está a pleno vapor, inclusive convidando o primeiro ministro indiano Modi para visitar a Casa Branca, recebendo a Primeira-Ministra do Reino Unido, Thereza May, demonstrando assim que a Grã Bretanha, saindo da União Europeia não precisa se preocupar, porque a aliança entre os dois países anglo-saxões vai continuar cada vez mais forte.
Bem, espanta-se com Trump e seu modo de governar (lembra de Aprentice na TV, quando ele com voz sádica gritava Fired, demitido?) só quem não o acompanhou estes anos todos. Por quanto tempo o modo de governar essencialmente construído no contraditório e com uma agressividade impar, mas sem resultados, vai ser aceita pelo eleitorado americano, ninguém sabe. A marcha das mulheres, no primeiro domingo do imperial governo do Trump, mostrou que nem todos estão felizes com o seu modo de governar e as suas idéias. Há também um conflito com a imprensa, inclusive com alguns jornalistas que acompanharam os protestos sendo presos e ameaçados da prisão, como arruaceiros e provocadores, desrespeitando-se a famosa emenda constitucional numero 1 que garante a liberdade da imprensa. Segundo o influente New York Times, ela não será suficiente para segurar o ímpeto contra a liberdade do Trump.
E ainda há um mistério a ser descoberto: o partido republicano, sob cuja égide Trump se elegeu, vai apoiar incondicionalmente suas teses que, como no caso de protecionismo, nunca foram defendidos por ele? Trump não faz parte do partido e os políticos têm novas eleições em dois anos que podem levar a uma mudança radical no Congresso americano e no destino do Trump. E no nosso.
Stefan Salej
27.1.2017.