Das eleições americanas
Daqui a uma semana, os
cidadãos dos Estados Unidos
voluntariamente irão às urnas para escolher um novo Congresso, uma parte do Senado e o
Presidente. A eleições para o Congresso ocorrem
a cada dois anos, para Presidente a cada quatro anos, e o mandato dos senadores
é, diferentemente dos deputados, que é de dois anos, de quatro
anos. A eleição mais visível é obviamente a eleição para Presidente.
Neste ano, o Partido
democrata apresenta seu candidato à ré-eleição Barack Obama e o Partido
Republicano, o ex-governador de
Massachutes, onde moram muitos brasileiros, Mitt Romney. Os três debates na televisão, ao vivo e a cores,
mostraram que os candidatos estão bem preparados e conhecem
os assuntos de interesse do eleitorado. Os debates foram vigorosos, o linguajar
educado porém muito agressivo e quase
sem tabu nos temas. Nenhum dos dois deu a mínima chance para o outro
ganhar um voto a mais. E o resultado das pesquisas é que Presidente Obama tem ligeira vantagem sobre Romney. Mas, essa
vantagem não permite nenhum erro até as urnas fecharem. O que vai definir o voto final serão ainda os dados econômicos, como emprego e o
custo de vida, especialmente de alimentos. A renda média dos americanos caiu 8 % nos últimos 50 anos.
Apesar de muito debate
sobre política externa, em que a América Latina foi mencionada só uma vez e de Cuba ninguém lembrou, o voto será decidido pela oportunidade
de criar empregos e com isso dinamizar a economia. Esta é a principal preocupação dos americanos, dos quais
aproximadamente 30 % já são de origem latina. Romney alega que vem do setor privado, onde na
realidade era especialista em reorganizar e fechar empresas falidas, e que
portanto é mais capaz de criar
empregos. Obama demonstra que não só trouxe de volta empresas que foram para China, mas que evitou a
quebra da General Motors, entre outras.
A escolha do presidente
norte-americano e, consequentemente, suas políticas econômicas e sua visão do mundo, é fundamental para o Brasil. Não se resume à questão de vistos. Os Estados
Unidos ainda são o gendarme do mundo e a
locomotiva da inovação e da economia. Os BRICS
podem ser importantes, podem ajudar muito, principalmente a China, mas estão longe de serem a locomotiva da economia mundial. O crescimento
norte-americano não só gera mais exportações brasileira, mas também mais investimentos. E os dois juntos pode gerar mais empregos no Brasil. E a atitude
militar americana como no exemplos de guerra do Iraque, pode gerar mais ou
menos paz no mundo.
Agora é esperar o resultado de urnas.
Stefan B. Salej