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Friday 1 November 2024

GANHA QUEM GANHA AS ELEIÇÕES NOS EE UU, COMO FICA BRASIL

DA INCERTEZA DA CERTEZA: ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS

 

As urnas nos Estados Unidos já foram abertas. Presidente Biden já votou e duas caixas que recolhem votos já foram destruídas. Mas, o dia D das eleições é 5 de novembro. Para começar, por mais que essas eleições definam não só os Estados Unidos, mas também como ainda será o mundo, a previsão sobre o resultado é absolutamente incerta. Os dois candidatos majoritários, Trump e Kamala Harris, ainda têm outros dois mais sem chances, estão empatados nas pesquisas e a decisão num complexo sistema eleitoral americano não depende só do voto popular, mas também dos votos no Colégio Eleitoral, votos por estados. O candidato pode ganhar em votos populares, aconteceu com Hillary Clinton, e perder no Colégio Eleitoral. Então, muita calma durante a espera de resultados.

A campanha foi absolutamente incomum, não só porque a candidata democrata Kamal Harris substituiu Presidente Biden apenas dois meses antes das eleições e, mesmo arrecadando 6 bilhões de reais para a campanha, deparou-se sobretudo com a agressividade e baixo nível que apresentou ex-Presidente Trump. Comparando com padrões eleitorais brasileiros, e olha que nossas campanhas também têm um viés baixo, os discursos de Trump e seus seguidores ultrapassam qualquer limite de decência! 

As ameaças dele aos empresários que não o apoiarem, também outros grupos,como os judeus, levam a um estado de medo. Está claro que se ele ganhar haverá retaliações pessoais e contra empresas. Ele também prometeu que vai não só ter uma política rigorosa contra os imigrantes (mas como o país vai, com a queda de natalidade e envelhecimento da população, achar mão de obra já que 60 % dos americanos não têm ensino superior) mas vai estabelecer tarifas aduaneiras que vão custar a cada família 10 mil dólares por ano, aumentar os custos e inflação além de sofrer retaliação dos países atingidos.

Em resumo, a escolha é entre dois modelos de concepção política, democrática e econômicaE o mundo já conturbado pode ficar pior, dependendo de quem ganhar. 

América Latina, fora da questão imigratória e a transferência de indústrias para México, e claro, a Venezuela, sequer é tema da campanha. Mas, o seu resultado vainos afetar em muito. Se Trump ganhar, o desacoplamento dos Estados Unidos do mundo vai nos empurrar ainda mais para Ásia. O aumento do endividamento também, e o uso de dólar como instrumento de pressão econômica, também vão pesar. E a nossa emigração para lá e respectiva repressão, seja emigração legal ou não, serão muito afetados.

Na eleição é melhor manter a calma, mas também se preparar para vários cenários. Não há vencedor antecipado, mas os Estados Unidos, após essa eleição, não serão mais os mesmos. Com qualquer resultado, terão que mudar radicalmente para continuarem líderes.

 

É impressionante a diferença entre a percepção e a realidade de dados econômicos. Enquanto Produto bruto está crescendo a taxa de 2.8 %, desemprego está em 4.1 %, e a inflação a 2.1 %, maioria de eleitorado acha que Estados Unidos vão muito mal e que governo Biden não foi bem na economia.O emprego industrial cresceu muito e os salários ainda mais. E inúmeras novas empresas abriram as portas.Mas, a memória dos recentes aumentos de preços dos alimentos, ficou na cabeça do eleitor.

Um outro ponto é a participação do Musk. Não houve, e olha que existiam titãs de empresas poderosos na história, nos últimos cento e vinte anos tão desprendido em ocupar os espaços e abusar de limites como Musk inclusive nesta eleição.Usa e abusa e permitem lhe, como ao Trump abusar de todos os limites legais, morais e éticos de uma democracia que deveria continuar sendo exemplar. V.pode imaginar, se já na campanha se permitem tudo, como será depois.

Interessante é observar que mesmo no meio de um conflito militar, os israelenses em sua maioria, 73 %, preferem Trump a Kamala Harris. Como disse um colunista de Times of Israel, ou enlouqueceram de vez ou não entenderam de nada.

Potencial vitória de Trump, já cantada em prosa e verso, vai ter um aliado, e arqui-inimigo do Lula, presidente argentino Millei, como sue grande parceiro na América Latina. Esse fato e  outros, devem ter levado governo brasileiro a ter um plano de convivência com Estados Unidos nos próximos anos. Enquanto o mandato do atual governo brasileiro dura mais dois anos, o mandatário americano, fica quatro anos. E a convivência é entre os dois países não só entre os governos. Então, não é convivência entre os diplomatas, é entre países.

 

 

Saturday 26 October 2024

DA GUERRA E PAZ

 DA GUERRA E PAZ e a desgraça dos outros

Festa em grande escala em Kazan, maior evento diplomático de todos os tempos que Rússia já organizou, a reunião dos BRICS, parece com os Jogos Olimpicos de 1936 na Alemanha nazista. Cortina de fumaça para agressão russa de Ucrânia em 2022. Mesmo que os diplomatas e seus superiores em Kazan falem de paz, as declarações jamais condenam a Rússia como invasora, a guerra continua com todo o seu vigor. Segundo várias estimativas, um total de 1 milhão de soldados foram mortos ou feridos. Dos dois lados. E a população da Ucrânia, que antes da guerra era de 43 milhões de habitantes, hoje é de 3milhões. Cidades, vidas destruídas, e nenhuma perspectiva de paz. 

Uma parte do território da Ucrânia está invadido pela Rússia e as forças ucranianas estão de um lado defendendo o território ainda não invadido e por outro lado atacando as forças russas para reconquistar os territórios invadidos. E a guerra também já se instalou no território russo. Rússia que, segundo inúmeros conhecedores ocidentais do país, achava que ia fazer um blitz krieg, guerra rápida, um passeio pela Ucrânia, foi surpreendida pela reação ucraniana e seus aliados ocidentais liderados pelos Estados Unidos e União Europeia, que se sentiu territorialmente ameaçada pela Rússia.

A reação ocidental é que sustenta a reação ucraniana. Com armamentos, munições, aviões e ajuda financeira em torno de 50 bilhões de dólares, 280 bilhões de reaisdesta semana, que países do G 7,países mais industrializados do Ocidente, vão fornecer.

Esse dinheiro provém de recursos russos depositados no Ocidente, que serão desviados para apoio à Ucrânia. Ou seja, aparentemente os dólares russos estão financiando a defesa ucraniana. As sanções contra Rússia paradoxalmente só fortaleceram o país, a compensação foi a alta de preços de petróleo e matérias primas, e mais: criaram uma aliança com China e outros países, que surpreendeu o mundo ocidental. paradoxo é que invasão russa da Ucrânia mudou a geopolítica mundial. Se a Rússia fosse vencedora de uma blitz krieg, poderia se imaginar que a mudança da estrutura do poder que estamos vivendo não aconteceria? Mas aconteceu.

Veja o caso do Brasil, que nem apoia, nem condena a invasão russa. Por causa do conflito passou comprar fertilizantes na Rússia, o que lhe permite produzir os alimentos para exportar para outro aliado do Putin, a China. E no imbróglio diplomático que se criou, só pode ficar neutro.

Alguns analistas estão esperando o resultado das eleições norte-americanas com a esperança de um acordo de paz. O imprevisível Trump já disse que não apoia aUcrânia. Mas a Europa não concorda com um tratado de paz que  garanta que aRússia, que com exemplo de interferência nas eleições da vizinha Moldava na semana passada, ciberataques pelo mundo e aliança com o Irãnão vá invadir outros países. Enquanto isso, morrem crianças, os jovens não têm futuro, as mães choram os filhos e maridos, é a guerra onde a vida humana não vale nada. E neste quesito, é bom lembrar que no Brasil, pelo menos dessa desgraça estamos no momento livres.


É sempre bom lembrar a história de Argentina, grande benfeitora de Segunda Guerra mundial cuja elite política r econômica achava que a desgraça de outros ia durar eternamente e quando acabou, com ela o país ficou-se se recuperando até os dias de hoje,


 

 

Thursday 17 October 2024

DO TUNEL SEM LUZ NO FIM: DESASTRES NATURAIS E CRISE DE CONCESSSŌES

 DO JOGA PEDRA NA GENY

 

O caos provocado pela tempestade e falta de energia na cidade de São Paulo é simplesmente inacreditável. A cidade está parada. E no meio do segundo turno das eleições municipais, todos acharam um culpado: a concessionária de energia. É impressionante o caos verbal sobre a responsabilidade do desastre.

O caso de São Paulo levanta problema das concessões de serviços públicos. No caso específico, a concessionária é uma empresa estatal italiana. Tendo assumido a concessão em São Paulo em 2018, fatura hoje mais de 45 bilhões de reais, com atuação também no Rio e Ceará. Possui um pouco mais de 8 mil funcionários diretos e mais de 38 mil terceirizados. Quem tem um mínimo de conhecimento do setor sabe que esse nível de terceirização reduz a qualidade dos serviços, o que leva ao desastre que São Paulo está passando.

A questão que se coloca é, se temos uma concessionária apresentada ao Presidente da República em presença do Presidente e da Primeira-Ministra da Itália, a qual diz no seu site que é leading company in Italy’s geopoliticso que de fato podemos esperar dessa empresa no atendimento aos consumidores no Brasil? A ENEL declara que são três os pilares do seu desenvolvimento: lucratividade, eficiência com máximo de caixa e sustentabilidade financeira e ambiental. E pagandodividendos de 8 % ao ano. E os investimentos no mundo diminuíram no ano passado 11.4 %, sendo que a promessa deaumentar investimentos nos próximos três anos no Brasil é de 47 %, de 2.5 bilhões de dólares nos últimos, anos para 3.7 bilhões nos próximos três anos. Ou seja, não investiram o suficiente no passado, e o que prometem não é suficiente para futuro.

 

Em resumo, com caos entre entidades federais para controlar a concessão e a incapacidade do atual prefeito para gerenciar essa relação, o consumidor é sujeito a um serviço determinado pelos objetivos exclusivamente financeiros da empresa. É claro que a empresa investe para ter a remuneração pelo seu capital. Mas, essas concessões, o da ENEL é exemplar, mostram que há algo podre no reino das concessões. Além da incompetência intencional, porque setor elétrico brasileiro foi bem estruturado há dezenas de anos atrás, politicamente estamos entregando as empresas estatais brasileiras a estatais estrangeiras cujo poder político no Brasil é muito maior do que pensamos. Estou esperando para ver quem vai enfrentar governo italiano para tirar ENEL de São Paulo. Alem do claro, se tirar, fazer o quê. O caso de São Paulo não é únicoele se repete em vários outros setores e pelo Brasil afora. Rever isso não seria insegurança jurídica, mas, ao contrário colocar ordem no galinheiro.

 

 As concessões no Brasil são uma gangorra, vai e vem, as empresas que vem raramente ficam por dezenas de anos. As condições mudam, políticas tarifárias são populistas, interesses pessoais se sobrepõe aos interesses públicos.E nas últimas décadas mal analisam quem é com que recursos compra a concessão.E vem o clássico: pagar juros altos, tem que espremer os custos, terceiriza e manda embora as pessoas que conhecem o trabalho e não investe. E as entes que controlam, não controlam nada.


Convivi com Gov.Antonio Carlos Magalhães que quando vendeu Coelba, em seguida enquadrou os novos donos, espanhóis, que fizeram como foi descrito inclusive ameaçando intervir na empresa. No Rio os franceses saíram da Light por pura incompetência. AES fez na Cemig de gato e sapato deixando Itamar Franco apavorado e sob pressão do governo federal e dos norte americanos.


A falta de coordenação, atual prefeito e seu staff  não se falam com diretores de Enel,e caos em São Paulo, já segundo em pouco tempo, tem enormes efeitos econômicos. Ninguém ousa fazer esse cálculo e as pessoas estão com medo o que possa acontecer para frente.


Mas também pode ter um desfecho politico, no mínimo paradoxal. Se esse evento mudar o humor de eleitor paulista e Boulos ganha, que quer matar entre outros Enel, como fica a situação? 


Na semana passada esteve no Brasil, e claro na Fiesp, Ministro de Relações exteriores da Itália, influente Trajano, ultra direita. Foi embora antes de acabar luz e claro cuidou de interesses econômicos italianos no Brasil. TIM, Stelanfis, Pirelli, Ferrero Rocher etc.etc. Acordo UE Mercosul. 


O fato é que enquanto o lado brasileiro não se organizar e saber o que quer desta e outras concessionárias, a economia é cidadão vão sofrer.E não adianta jogar pedra.


Stefan Salej

15.10.2024.


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Friday 11 October 2024

DA GUERRA E GUERRA

 DA GUERRA E GUERRA

 

Assasinatos, estupros, mutilações, sequestros, crianças, jovens, adultos, idosos, sem restrição, civis e militares, perpetrados há exatamente um ano pelo grupo terrorista Hamas em Israel, provocaram um conflito cujo fim não está à vista. É absolutamente surpreendente que Israel, com os melhores serviços de inteligência e forças armadas, não tenha detectado ataque dos terroristas e tenha subestimado a sua força militar. Eo desastre humanitário iniciado pelo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, continua cada vez mais intenso, expandindo-se para Líbano, onde outra força terrorista islâmica, o Hezbollah,domina a política, o estado e o território de onde ataca diariamente Israel.

As origens desse conflito sangrento estão na divisão de Oriente Medio  após a Primeira Guerra Mundial, com a queda doImpério Otomano. Essa divisão artificial dividiu povos, religiões, nações  e criou estados artificiais. E a criação de Israel em 1948, em que o Brasil teve na votação na ONU um papel importante, ao reconhecer o direito do povo judeu a ter seu próprio estado, também não resolveu a questão dos palestinos.Mas, já durante Segunda Guerra Mundial, o Mufti de Jerusalém, líder muçulmano na então Palestina, se uniu a Hitler para dizimar os judeus. E desde a sua fundação o Estado de Israel sofreu inúmeros ataques.

O conflito de hoje ultrapassa as fronteiras de Israel, que tem todo o direito de se defender de grupos como o Hamas, que querem a destruição de Israel e morte de todos os judeus. O extremismo árabe, alimentado por potências regionais com infinitos recursos em armas e dinheiro, alimenta também umextremismo que vai além da luta para sobrevivência, do lado do Israel. É luta de um estado democrático mas dominado por extremistas contra um grupo terrorista religioso. É difícil achar diálogo quando não os povos, mas seus dirigentes políticos,sobrevivem de conflito e não de paz.

conflito hoje envolve proxies do Irã, que querem destruir Israel, e alimenta vários grupos terroristas. A instabilidade no Oriente Médio afeta  os preços de petróleo, as rotas de comércio, ou seja a economia mundial. As grandes potências estão envolvidas e os políticos estão divididos. É tema da eleiçãonorte-americana. O Presidente francês Mácron exige a proibição de venda de armas a Israel, mas ninguém by the way jamais disse onde os terroristas do Hamas obtém dinheiro e armas, mas Primeiro Ministro da França disse que apoio a Israel e sua sobrevivência estão fora de debate.

O anti-semitismo cresceu de forma assustadora. Ser judeu no mundo hoje , e maioria quer paz, é difícil. O conflito só será resolvido por meios de negociação de uma paz em que Israel esteja em segurança, e palestinos tenham a sua sobrevivência assegurada. Ou seja a solução de dois estados. Shalom.

 

Friday 27 September 2024

SEPTEMBR IN NEW YORK, UN

 SEPTEMBER IN NEW YORK: UN


Every year is the same in September in New York: there is a General Assembly of the United Nations, Brazil is the first speaker and for this accompanied by the President of the Republic not only those in the branch, that is, diplomats, but an endless number of ministers, advisors and a significant number of parliamentarians, also with advisors, and more all those who have a chance to be there, with moreoless English, to do year-end shopping and spend without paying taxes.


This has nothing to do with the political importance of the event, because the event is important. In a way, the Brazilian discourse sets the tone for the debates. This year was a clear speech about how the world is not well, with climate change knocking on everyone's door and three conflicts, Ukraine, the Middle East and Sudan, with no prospect of a solution in sight. And Brazil's questioning about the effectiveness of multilateralism to resolve these conflicts is real and at the same time frightening.


This UN directed by the Portuguese Gutterez really doesn't solve anything. Clumsy statements, actions that do not solve armed conflicts or disarm others, demoralization of the blue helmets and there goes the list, far from being short. But, is all this the fault only of the UN executives or the member countries, especially the permanent members of the most important political body, which is the Security Council? A little of each, but undoubtedly of the members of the CS, with the right to veto. In the world there is a lack of leaders who want peace and there are those who have adopted the doctrine that armed conflict brings them more benefits. Simple as that. And with Gutterez's weak leadership, maybe he was put there precisely for that, things only get worse.


Putting the entire organization in the laundry basket, which has already played an important role and still has it and works well in specific areas, such as health, development, human rights, is not fair. But it is also not fair that the organization is not renewed, either in the Security Council or in other bodies. Or will we need another war like the last world war to create a forum for conflict resolution. There are numerous regional forums, but there are also the BRICS, that is, the search for entities that through geographical and even ideological diversity seek a channel of dialogue. But nothing replaces the old, worn and now almost inoperative UN. So yes, it's right, Brazil pronounces and says in a good tone and loud and haughty voice, the situation is serious, let's work on solutions. And it is not right to take away the legitimacy of Brazil to express itself in the UN and by the UN, if some internal issues, even in the field of the environment, are not resolved. One thing is one thing, another is another.

DE SETEMBRO EM NOVA IORQUE:O N U

 DE SETEMBRO EM NOVA IORQUE: ONU

 

Todo ano é igual em setembro em Nova Iorque: tem Assembleia Geral das Nações Unidas, Brasil é primeiro orador e para isso acompanham o Presidente da República não só os do ramo, ou seja, diplomatas, mas um sem-fim de ministros, assessores e uma quantidade significativa de parlamentares, também com assessores, e mais todos os que têm  chance de estar lá, com moreolesss de inglês,para fazer compras de fim de ano e passar sem pagar impostos.

Isso nada tem que ver com a importância política do evento, porque o evento é sim importante. De certa maneira, o discurso brasileiro dá o tom aos debates. Este ano foi um discurso claro sobre como o mundo não está bem, com mudanças climáticas batendo à porta de todo mundo e de três conflitos, Ucrânia, Oriente Médio e Sudão, sem perspectiva de solução à vista. E o questionamento do Brasil sobre a eficácia do multilateralismo para resolver esses conflitos é real e ao mesmo assustador. 

Essa ONU dirigida pelo português Gutterez realmente não resolve nada. Declarações desastradas, ações que não solucionam os conflitos armados nemdesarmam os outros, desmoralização dos capacetes azuis e vai aí a lista, longe de ser curta. Mas, a culpa disso tudo é só dos executivos da ONU ou dos países membros, em especial os membros permanentes do órgão político mais importante,que é Conselho de Seguraça? Um pouco de cada, mas sem dúvida dos membros do CS, com direito a veto. No mundo faltam líderes que queiram paz sobram os que adotaram a doutrina de que conflito armado lhes traz mais benefícios. Simples assim. E com liderança fraca do Gutterez, quem sabe ele foi colocado lájustamente por isso, as coisas só pioram.

Colocar no cesto de roupa suja toda a organização, que já teve um papel importante e ainda o tem e funciona bem em áreas específicas, como saúde, desenvolvimento, direitos humanos, não é justo. Mas também não é justo que a organização não seja renovada, seja no Conselho de Segurança, seja nos outros organismos. Ou será que vamos precisar uma outra guerra como foi a última guerra mundial para criar um fórum para solução de conflitos. Há inúmeros fóruns regionais, mas também há os BRICS, ou seja procura de entidades que através ddiversidade geográfica e até ideológica procuram um canal de diálogo. Mas nada substitui a velha, desgastada e hoje quase inoperante ONU. Então é certo sim, Brasil se pronunciar e dizer de bom tom e voz alta altiva, a situação é grave, vamos trabalhar para as soluções. E não é certo tirar a legitimidade do Brasil se expressar na ONU e pela ONU, se algumas questões internas, mesmo no campo do meio ambiente, não estão resolvidas. Uma coisa é uma coisa, outra é outra.

Sunday 22 September 2024

THE KING IS NAKED: EU

 OF THE AGING, VAIDED AND AIMLESS EUROPE


THE KING IS NAKED: EU


The torrential rains, after the summer fires in much of Europe on a well-deserved vacation in July and August, and the full attention to the American elections, made us forget about the parliamentary elections in the European Union and the formation of its executive arm, the European Commission. Deep down, we are left with the charming Europe in our minds, evoked with the Olympic Games in France bringing some novelty, historical and beautiful even to emigrate there.


The summer is over, the Games are over, and in the midst of the formation of the new EU management, led again by the German Von den Lauren, who will have 40% of women on the team, with the conflict in Ukraine with no prospect of ending, a bombs report on the current state and the future of the European economy was presented by the former President of the European Central Bank, the Italian Mário Draghi.


The report simply says as in the play: the king is naked. That is, either Europe invests more than a trillion reais a year to raise its productivity and be more competitive, or it's not going anywhere. In fact, it was no longer, because, since 2000, the per capita income of Europeans has grown 50% less than that of Americans. Europe does not have technological giants, like those that changed the American economy, and its automotive industry, which was the driving force of development, is being devastated by the Chinese. And in the area of education, while in the United States universities produce science and technology, Europeans produce science, paper and little technology. While 42% of Europeans are digital illiterate, in the US, for one million inhabitants, there are 1100 who have high knowledge of mathematics. In Europe this number drops to 850. In the technological area, Europeans dominate only in the area of wind, hydrogen and water energy. The other technologies are dominated by North Americans and Asians.


It is a continent aged not only by the population, which does not renew its workforce and rejects emigrants, aged in its development model and, even with social well-being, will have to change. Already in the 70s, the Frenchman Jean Jacques Servan-Schreiber warned about the American challenge and predominance. With the bureaucratized European Union, the uncoordinated political division between the countries, the conflict with Russia and the lack of raw materials, not to mention the lack of coordination in the area of defense, Europe has to reinvent itself. And to reinvent yourself, you also have to have alliances like the agreement with Mercosur. Without arrogance, but with realism, cooperation alliances to get out of the hole where, according to Mário Draghi, he got into. He is today an important ally but who was far, very, very far behind. Change Europe.


The report is frightening and little commented by experts in Europe. He talks a lot about technology, decarbonization and energy (electricity in the EU is three times more expensive and gas, five times more than in the United States) and security, whether it's amilitary or dependence on raw materials. But it says little about agricultural dependence or migration policies. The lack of skilled labor is also linked to education and it seems that the reform called Bologna also did not produce the desired results.


The Russian invasion of Crimea did not awaken Europeans to the dependence they had on Russia in terms of energy. They were forced to reorganize in the energy area. Review all its fragility in relation to Russia in the economic and defense area. It increased its dependence on the United States, which was already great. Europe has not made technological alliances with American companies that, as in the case of Google, will now have to pay an additional fourteen billion euros in taxes, instead of being a partner of European technological development.


Europe will also have to review every supply in the changes that needs raw materials. And in this chapter Latin America enters not as a supporting actor, but as an equal partner. New agreements will have to be made, but certainly Europe depends more on LA than the opposite.


Draghi's study points out another weakness, which is the common market that does not exist and does not work. This refers us to Brazil, which is a large market and to Mercosur, which does not work.


And more, how a study like this is needed in Brazil.


Stefan Salej


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Article published in the Diário do Comércio 20.9.2024.